quarta-feira, fevereiro 29, 2012

Ornamentos da mulher adventista

Recentemente recebemos uma pergunta de uma querida leitora, sobre o tema da modéstia cristã. Sabemos que a pergunta dela é também a de centenas de outras mulheres que nos visitam diariamente, por isso, decidimos escrever um post específico sobre esse assunto. Desde já, agradecemos à amiga que nos enviou a pergunta, por contribuir conosco, sugerindo que escrevêssemos mais sobre o tema! 
A dúvida de nossa amiga é: “não posso colocar nem um brinquinho de bolinha pra ficar mais feminina??”
Esse assunto, como todo assunto que envolve o abandono do EU e de suas próprias vontades, não é um assunto fácil de se tratar. Mas nem por isso, deixaremos de falar sobre ele.
Vamos começar então com uma orientação bíblica: “O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura dos vestidos; Mas o homem encoberto no coração; no incorruptível traje de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus. Porque assim se adornavam também antigamente as santas mulheres que esperavam em Deus, e estavam sujeitas aos seus próprios maridos;” I Pedro 3: 3-5.
Nesse texto, nós, mulheres cristãs, somos chamadas a tomar posse de um adorno diferente. Um adorno que não se vende em lojas, o qual dinheiro algum pode pagar – um caráter aperfeiçoado no Senhor! Esse texto pode ser usado tanto para a questão das jóias como para o adono em geral.
Alguns argumentam que o adorno é importante para que as mulheres fiquem mais femininas. Bem… jóias não são importantes para garantir a feminilidade de ninguém! Deus fez a mulher diferente do homem, e em cada um colocou as características necessárias para garantir que houvesse disitinção, e que ela fosse feminina através das formas corporais distintas dadas por Deus. Além disso, hoje, diversos homens utilizam jóias. Sendo assim, uma mulher que use um brinco não se torna mais feminina devido ao brinco, do que um homem que também usa brinco. Compreende que a marca do feminino não depende desse tipo de adorno? Cintura, seios, quadril e diversos traços já nos foram dados por Deus para que fôssemos femininas na medida que Ele deseja.
Outros argumentam que o uso de jóias colabora para uma boa autoestima. Não vou negar que o cuidado com a aparência pode ajudar de alguma forma a autoestima de alguém. Na verdade, considero muito importante o autocuidado e a valorização do corpo que nos foi confiado por Deus para administração. “Deus ama o belo.” A Ciência do Bom Viver, p. 370. Ele não deseja que andemos por aí descuidadas e feias. O problema é: qual o conceio de feio e bonito que temos usado?
Muitas vezes, os padrões de beleza e felicidade pelos quais nos guiamos são os padrões mundanos. Padrões criados por homens, e que mudam de acordo com seus interesses. Diferente de Deus que é eterno e possui padrões eternos. Quando reconhecemos quão belas fomos criadas por Deus, e que ao cuidarmos de nosso corpo, o templo de Seu Santo Espírito, estamos valorizando a beleza de Sua criação, nosso conceito de beleza muda e nossa autoestima torna-se coerente com esse novo conceito!
No Éden, Adão e Eva andavam nús. Quando o pecado entrou no mundo, eles receberam roupas e não adornos. Eles receberam aquilo que lhes era necessário, e não o supérfulo. Isso não tornava Eva menos feminina ou menos bonita que as mulheres que vieram depois dela e que iniciaram a utilização de jóias e adornos.
Tendo como base as orientações divinas sobre modéstia, a Igreja Adventista do Sétimo Dia permite o uso de jóias funcionais (aquelas que possuem outra função que não o adorno). Um exemplo clássico das jóias funcionais é a aliança de casamento, que possui significado em nossa cultura. Contudo, mesmo no uso da aliança de casamento devemos observar os princípios da modéstia cristã. Essa jóia possui uma única função – ser símbolo de uma união matrimonial. Infelizmente, muitas irmãs têm se aproveitado dessa permissão para tornar suas alianças verdadeiros anéis adornados com pedras e texturas as mais diversas, que além de chamar a atenção, tornam-se financeiramente dispendiosas.
No livro “Adventistas e Jóias“, o Dr. Angel Manuel Rodriguez, ao falar sobre as jóias funcionais, chama a atenção para dois bons exemplos: “Por exemplo, oficiais militares usualmente expõem insígnias e medalhas que identificam suas patentes e atos de bravura. Esta é uma prática cultural bem aceita e a igreja pode considerar este tipo de jóia como funcional. Outro exemplo: o anel de formatura parece apenas servir para mostrar nossa superioridade sobre outros que, por inúmeras razões, não alcançaram o mesmo que nós, academicamente. É esta uma jóia funcional propícia? Provavelmente não.”. Eu acrescentaria, ainda, que poucas pessoas ao olharem uma mão com um anel de formatura identificam exatamente o que aquilo significa. O diploma recebido na formatura já é a nossa confirmação do grau cursado. Quando as pessoas nos vêem com uma aliança no dedo anelar da mão esquerda elas deduzem que somos casadas, mas quando nos vêem com um anel em qualquer um dos dedos, deduzem o que? Elas olham e pensam “ah, essa moça é formada em direito”, ou “em jornalismo”, etc..? Não. Sabemos que não! 
“A abnegação no vestir faz parte de nosso dever cristão. Trajar-se com simplicidade, e abster-se de ostentação de jóias e ornamentos de toda espécie, está em harmonia com nossa fé. Somos nós do número dos que vêem a loucura dos mundanos em condescender com a extravagância do vestuário, bem como com o amor das diversões? Se assim é, cumpre-nos ser daquela classe que foge a tudo quanto sanciona esse espírito que se apodera da mente e coração dos que vivem apenas para este mundo, e que não pensam nem cuidam no que respeita ao mundo vindouro.”Testemunhos Seletos, vol. 1, p. 350.
“Muitos se enganam pensando que a boa aparência e os vistosos atavios lhes conquistam a consideração do mundo. Mas os encantos que consistem apenas no adorno exterior, são superficiais e mutáveis; não se pode confiar neles. O adorno recomendado por Cristo a Seus seguidores, nunca desmerecerá. Diz Ele: “O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura de vestes, mas o homem encoberto no coração, no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus.” I Ped. 3:3 e 4.” Mensagem aos Jovens, p. 345
Queridas amigas. Nosso objetivo nesse mundo é mais nobre do que imaginamos. Somos chamadas a refletir o caráter de Cristo. Enquanto viveu aqui, Jesus não ostentou nada para si, mas viveu em função das pessoas e por fim, morreu em função da minha e da sua Salvação! O mesmo Deus que nos criou lindas e com adornos naturais, expressos em tonalidades de pele, olhos, cabelo, entre outros aspectos corporais, também nos salvou da escravidão do Eu e da vaidade. Ele nos chama a ter um caráter tão belo que sobressai a qualquer jóia que o mundo possa admirar.
“Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos, mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras.” I Timóteo 2:9. A simplicidade no vestir (incluindo o uso de qualquer tipo de ornamento) nos é solicitada por Deus! Muitas vezes, a jóia que você deseja usar é muito barata, e você pode me dizer “é simples Karyne!”. Mas nada que satisfaça somente ao EU deve ser considerado simples. Por menor que seja o adorno, Ele pode ser uma enorme porta fechada para o Senhor!
Ore a Deus, peça orientação diretamente dEle. Ele está disposto a te orientar como deve agir, o que deve usar e vestir! Quando Ele te disser o que deve fazer, faça, sem hesitar! 
Fonte: Mulher Adventista

Onde você mora? Reflita…

CASA e LAR
Casa é uma construção de cimento e tijolos
Lar é uma construção de valores e princípios.
Casa é o nosso abrigo da chuva do calor do frio…
Lar é o abrigo do medo da dor e da solidão.
Numa casa criamos e alimentamos problemas.
Um Lar é o centro de resolução de problemas.
Numa casa moram pessoas que mal se cumprimentam e se suportam.
Num Lar vivem companheiros que mesmo na divergência, se apoiam
E nas lutas se solidarizam.
Casa é local de dissensões, conflitos, discórdia…
No lar as dissensões, os conflitos, existindo, servirão para esclarecer e engrandecer.
Numa casa desdenha-se dos nossos valores.
No lar sonhamos juntos.
Numa casa há azedume e destrato.
Num lar sempre há lugar para a alegria.
Numa casa nascem muitas lágrimas.
Num lar plantam-se sorrisos.
A casa é um nó que oprime, sufoca…
O lar é um ninho que aconchega.
Se você ainda mora em uma casa, Te convido a transformá-la, com urgência, em um lar…
E que JESUS seja sempre seu convidado Especial!
(inspirada numa reflexão de Alba Magalhães David)

quinta-feira, fevereiro 16, 2012

Missão Adventista

Ellen White contradiz Apocalipse 21:22?

Um internauta acusou a Sra. White de “falsa profetisa” por ela supostamente contradizer o texto de Apocalipse 21:22. A seguir, você verá que essa é mais uma falácia de quem não quer aceitar o dom profético dado a ela (claro: as Verdades bíblicas que ela traz incomodam…).
Vou estudar com você a citação de Ellen White e verá que ela de forma alguma contradiz a Bíblia em Apocalipse 21:22. A Sra. White é tão sincera e verdadeira que aconselhou: “Se os Testemunhos[livros dela] não falarem de acordo com a Palavra de Deus, pode rejeitá-los” – Testemunhos Para a Igreja, pág. 97 (2007). Não há no mundo um profeta que tenha coragem e sinceridade suficiente para fazer tal afirmação e desafio! Ela é uma profetisa verdadeira, sem dúvidas.
Vamos analisar a afirmação de João em partes:
1) O próprio João viu um santuário no Céu: “Abriu-se, então, o santuário de Deus, que se acha no céu, e foi vista a arca da Aliança no seu santuário, e sobrevieram relâmpagos, vozes, trovões, terremoto e grande saraivada.” Apocalipse 11:19.
Estaria ele se contradizendo? Não. O contexto é outro, e não o de Apocalipse 21:22. E, assim como João em Apocalipse 11:19, Ellen White no livro “Vida e Ensinos”, pág. 91, está se referindo ao santuário atual que existe no Céu. Veja a citação da referida página e compare-a com Apocalipse 11:19:
“No lugar santíssimo vi uma arca, cujo cimo e lados eram de ouro puríssimo. Em cada uma de suas extremidades estava um lindo querubim, com as asas estendidas sobre ela. Tinham o rosto voltado um para o outro, e olhavam para baixo. Entre os anjos havia um incensário de ouro. Por cima da arca, onde os anjos estavam, havia uma glória extraordinariamente fulgurante, com a aparência de um trono em que Deus habitava. Jesus ficou ao lado da arca e, ao ascenderem para Ele as orações dos santos, o incenso ardia e, com o incenso, Ele oferecia as orações a Seu Pai”.
João (em Apocalipse 11:19) e Ellen White (em “Vida e Ensinos”, pág. 91) vêem a arca que faz parte do santuário atual.
2) A declaração de Apocalipse 21:22 está noutro contexto. João descreve a visão que teve da cidade na Nova Terra. E Ellen White em “Vida e Ensinos” não está falando de Apocalipse 21:22 (assim como João de Apocalipse 11:19).
Quando o pecado for destruído, a igreja poderá morar novamente com Deus (Apocalipse 21:3) e não terá necessidade de um edifício para simbolizar a morada do Criador. Os rituais do santuário (intercessão e juízo) não mais existirão; Cristo terá cumprido Suas funções sacerdotais e, assim, não haverá necessidade dEle continuar ministrando pelos pecadores já glorificados. É isso o que Apocalipse 21:22 quer dizer.
Tal ensino não significa que o santuário de Deus será “derrubado”, mas, apenas que não terá função alguma por Cristo já ter resgatado os Seus. Será ótimo para os salvos vislumbrarem o santuário no qual Cristo intercedeu por nós!
Oro para que estude a Bíblia e Ellen White com critérios hermenêuticos a fim de que desfrute da mesma alegria que sinto quando me aprofundo na Palavra de Deus e nos Escritos dela – que tratam da Bíblia.
Fique na paz de Cristo,
Leandro Quadros.

O Salmo 150 e o uso da percussão no louvor

“Aleluia! Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento, obra do seu poder. Louvai-o pelos seus poderosos feitos; louvai-o consoante a sua muita grandeza. Louvai-o ao som da trombeta; louvai-o com saltério e com harpa. Louvai-o com adufes e danças; louvai-o com instrumentos de cordas e com flautas. Louvai-o com címbalos sonoros; louvai-o com címbalos retumbantes. Todo ser que respira louve ao SENHOR. Aleluia!”(Sl 150 – Almeida, Revista e Atualizada).

Certa vez, estive em uma igreja no estado do Paraná onde a percussão era usada de forma sábia e equilibrada. O instrumento era elétrico e não ocupava o lugar central da programação, de modo que, ao entrar na igreja, você não tinha a impressão de estar num show de rock. Todos os instrumentos eram tocados harmonicamente, de modo que todos pudemos desfrutar de um culto racional (Rm 12:2) e alegre ao mesmo tempo (Fp 4:4).
Porém, não vi a mesma coisa em uma universidade fora do Brasil. Lá eles não se preocuparam com a imagética religiosa e o impacto que certas imagens podem causar na mente das pessoas. Especialmente daqueles que vieram para a igreja depois de terem tido uma vivência marcante num ambiente secular (Não descartemos que há subjetividade nisso, pois, as pessoas respondem de maneira diferente à imagens religiosas ou instrumentais).
Em tal lugar que visitei há cerca de um ano (início de 2011), o instrumento percussivo ocupava o lugar do púlpito (passou a ser o objeto central) e, ao entrar naquela igreja universitária, a sensação que tive (reconheço que outros não teriam a mesma reação) é que não estava em um culto, mas, numa programação totalmente secular.
Talvez esse disparate seja um dos fatores que gere tanta controvérsia no meio adventista quando o assunto é percussão. Alguns assistem a um culto onde o instrumento percussivo é usado com bom senso e se perguntam: “qual o problema com a percussão?” Outros, ao se depararem com uma programação de sábado onde os instrumentistas parecem roqueiros e nem mesmo se preocupam com o tipo de vestimenta para se apresentar diante do Senhor, respondem: “há muito problema na percussão, pois, nossas igrejas estão se pentecostalizando por causa dela!” (Veja 1 Crônicas 15:27, onde Deus orienta também os músicos a não se vestirem de qualquer jeito, ao ministrarem e dirigirem o louvor)
Creio que os dois lados têm suas razões particulares perfeitamente justificáveis. Porém, não estou aqui para tomar partido nesse assunto. Sendo que meus telespectadores e ouvintes “me cobram” uma resposta a respeito, pensei: se não sou especialista “especialmente” nesse tema, de que maneira posso dar alguma contribuição? Cheguei à conclusão de que deveria consultar a Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) – e foi o que fiz. Enviei um e-mail para os estudiosos dessa abençoada Instituição e pude contar com a intermediação do irmão Denis, da Secretaria de Tradução e Publicações, para manter contato com o Dr. Vilson Scholz, consultor de Traduções da SBB.
Fiz duas perguntas a ele e fui muito bem atendido. E, por se tratar da resposta mais equilibrada que já li sobre o assunto, irei publicá-la na íntegra, em forma de entrevista, com a devida autorização.
ESCLARECIMENTOS
Antes, permita-me fazer algumas observações muito importantes, para evitarmos mal-entendidos:
1) Não sou a favor de cultos no estilo pentecostal, os barulhentos, que não agradam ao Espírito Santo (Ef 4:30, 31). Isso nada tem a ver com os irmãos pentecostais, amigos queridos a quem amocom amor cristão;
2) Não sou liberal em questão de música. No momento (11/01/2012) estou na Argentina, e o culto conservador daqui me agrada bastante (não agrada alguns e eles devem ser respeitados por isso). Todavia, não creio ser correto opinar sobre a validade ou não de um instrumento na adoração com base nos meus gostos pessoais. Gostos particulares não deveriam ditar o que é e o que não é verdade, mas sim a Palavra de Deus (a não ser que sejamos relativistas).
3) Creio que toda a igreja deve decidir sobre o assunto em Comissão, devidamente nomeada, tendo a opinião de líderes e músicos consagrados. Mas, que isso não deve ocupar o primeiro lugar na lista de discussões, pois, a missão evangelística da igreja (Ap 14:6-12) não pode (e não o será) engessada por causa dessas questões.
4) Nunca pense que, por mais sincero que seja meu esforço em contribuir, estou expressando a voz da Igreja. Nossa denominação – graças a Deus – define assuntos teológicos e administrativos com base na opinião de muitas pessoas, seguindo o conselho de Provérbios 11:14: “[...] na multidão de conselheiros, há segurança”. Há pessoas bem mais gabaritadas que eu para abordar esse tipo de tema e, por isso, recomendo que utilize esse texto apenas como uma contribuição aos seus estudos.
5) Desse modo, não seja infantil em utilizar meu texto para tentar forçar os outros a aceitarem suas ideias, pois, esse não é o propósito desse artigo (e nem da resposta do Dr. Scholz).
6) Não entro em discussões acirradas sobre o tema por que meu foco é outro (lido com as heresias que são disparadas contra nossa igreja e o farei até quando Deus o permitir). Respeito quem pensa diferente e quero ser respeitado.
7) O Dr. Vilson Scholz respondeu a minha segunda pergunta (sobre a presença ou não de instrumentos percussivos no Templo) com uma ressalva, segundo as palavras de Denis, funcionário da SBB: “[...] de que a questão extrapola suas funções e vai além da missão da SBB.”. Por isso, se alguém quiser discordar do doutor, saiba que a função dele na Sociedade Bíblica não é essa e que, portanto, ele não estará disponível para tal.
AO QUE MAIS INTERESSA
Vamos ao tema do artigo. A primeira questão que apresentei à SBB foi:
Necessito de uma explicação sobre o Salmo 150, pois, há teólogos questionando a tradução do mesmo. Eles alegam que o instrumento conhecido como “adufe” não está presente no original do texto. Porém, creio que a SBB tem razões linguísticas para traduzir assim o verso [...]
Dr. Scholz: [...] O texto hebraico traz a palavra “tôf” que, em Êxodo 15.20, foi traduzida por “tamborim”. Vejo que um grande número de traduções – a rigor, todas as que pude consultar rapidamente – trazem um termo parecido com “adufe” ou “tamborim”. Poderia ser, também, pandeiro. Às vezes essa palavra, que ocorre 17 vezes na Bíblia Hebraica, é traduzida por tambores, tamboril. O mesmo termo ocorre também em Jz 11.34, naquele episódio da filha de Jefté. Ali é traduzida por adufe. Não há nenhuma dúvida quanto ao significado desse termo. Quanto a “adufe”, o Dicionário Houaiss registra que se trata de “um tipo de pandeiro quadrado de origem árabe, usado por portugueses e brasileiros”. Portanto, algo do contexto oriental, bem ao sabor do mundo bíblico. E, além disso, algo que os portugueses e brasileiros supostamente conhecem.
Estranho que pessoas tenham dúvidas quanto a essa tradução. O que eu tenho ouvido – e recebido em forma de crítica – é a presença da palavra “danças”, em Sl 150.4, na Almeida Revista e Atualizada. Acontece que a Almeida Revista e Corrigida, por uma razão que ignoro, traz “flautas” naquele lugar. E há uma diferença entre dança e flauta! Mas o termo hebraico é, claramente, “dança”, por mais que isto incomode algumas pessoas. E as traduções tendem a seguir na linha da Revista e Atualizada.
Espero que isto o ajude na resposta àqueles que perguntam a respeito desse texto bíblico.
Grande abraço fraterno!
A segunda pergunta feita ao educado Dr. Scholz, foi esta:
[...] É verdadeira a afirmação de que, entre os instrumentos tocados no templo (inclusive no segundo), os adufes não mais estavam presentes?
Dr. ScholzEsta é uma argumentação baseada na diferença entre o que afirmam dois textos: 2Crônicas 29.25-26 (acrescido de Ed 3.1) e Salmo 150, colocados numa suposta ordem cronológica. Há dois problemas envolvidos nessa discussão: a questão da cronologia e os argumentos tirados do silêncio.
Comecemos com a questão da cronologia. Somos nós que colocamos os textos numa sequência cronológica (na medida em que eles se apresentam sem data, no cânone) e somos nós que interpretamos o silêncio dos textos neste ou naquele particular. Se a colocação de Sl 150 após 2Crônicas é vista como fruto de pré-concepção, não menos preconcebida (e difícil de sustentar, em termos históricos) é a ideia de que Sl 150 é anterior a 2Crônicas. (Será difícil encontrar um biblista que pensa que o Salmo 150 é de “algum período pré-Santuário”. O fato de encerrar o Livro de Salmos sugere que foi escrito mais adiante, na história de Israel. Mas, de novo, não há como comprovar isso.) A colocação de Sl 150 antes de 2Crônicas se deve, não a argumentos históricos, mas ao desejo de provar que, a partir de certo momento, os tambores foram excluídos do culto, mesmo que o texto não afirme isso.
A questão do argumento do silêncio dos textos também é problemática. O fato de 2Crônicas não mencionar “adufes” não significa que não os houvesse naquele momento (tampouco que não vieram a existir ou a serem usados depois; é possível que, no período posterior a Ezequias, os adufes foram incluídos entre os instrumentos usados no culto).  Mas o mais importante é que um texto não “desmente” o outro abertamente. Se 2Crônicas dissesse, com todas as letras, “revogando o que havia anteriormente, conforme o Sl 150”, o problema estaria resolvido. Acontece, porém, que o texto não diz isso. Tampouco o Sl 150 diz: “aumentando a lista de 2Crônicas”. Assim, do mesmo modo como é possível argumentar a favor da sequência: “presença de adufes” (Sl 150) seguida de “ausência de adufes” (2Crônicas), é igualmente possível argumentar pela sequência “ausência de adufes” (2Crônicas) – “presença de adufes” (Sl 150). Os textos, em si, não estabelecem um diálogo; quem os coloca lado a lado é o intérprete. E, em termos históricos, a sequência 2Crônicas – Sl 150 é mais crível do que a sequência contrária.
A rigor, temos textos bíblicos que mencionam os adufes e textos que não os mencionam. E não temos nenhuma indicação no sentido de que, a partir de certo momento, adufes não podiam mais ser usados. Na medida em que esses instrumentos são citados, são lícitos (ou eram lícitos em determinado momento). E enquanto não se disser, no texto bíblico, que não são lícitos, não podemos concluir que não sejam.
É claro que existem duas maneiras de argumentar (e aqui já passo à aplicação disso aos nossos dias): Primeiro, que só se pode usar o que é citado (ou ordenado) na Bíblia. Neste caso, nenhum instrumento elétrico ou eletrônico poderia ser usado! Segundo, que tudo que não é proibido na Bíblia, é lícito para uso. (Eu me identifico com este ponto de vista.) Como a Bíblia não proíbe os adufes ou tambores, que sejam usados por quem entender que é bom e possível usá-los. (É claro, há quem argumente que o Novo Testamento não ordena o uso deste ou daquele instrumento, no culto, o que poderia sugerir que não se deve usar instrumento algum. Por outro lado, o Novo Testamento não proíbe o uso de nenhum instrumento. No Apocalipse, aparecem harpas e trombetas.)
 Diante do silêncio do texto, vale o princípio de que “Tudo é lícito, mas nem tudo convém”. E o que não convém é aquilo que destrói, em vez de edificar; que ofende, em vez de animar. Como saber? Isto depende de onde se está e quem está envolvido na situação. Em outras palavras, não existe como definir de antemão aquilo que “não convém”. Se as pessoas se sentirem mortalmente ofendidas com a presença de um pandeiro, a ponto de deixarem a igreja, é preferível que saia o pandeiro, pelo menos até que essa situação seja esclarecida e as pessoas possam entender por que o pandeiro faz parte da banda. Se as pessoas não estão “nem ligando” e falta animação na banda, por que não incluir um pandeiro ou dois? Mais do que ter argumentos, nestes casos é preciso ser sábio.
Dr. Vilson – SBB
PALAVRAS FINAIS
Gostei muito da resposta bem embasada do Dr. Scholz e poderia destacar vários aspectos dela. Porém, me atenho ao bom senso que ele apresentou, ao levar em conta (1) o princípio bíblico de que não devemos “escandalizar” nossos irmãos (1Co 8:1-13; 10:32, 33; 11:1), bem como (2) o contexto sócio-religioso em que cada cristão se encontra.
Se tanto tradicionalistas quanto liberais (inclusive eu, que tento ficar entre o meio termo) seguirem tal princípio, e não esquecerem que o amor é uma das características distintivas dos seguidores de Jesus (Jo 13:35), haverá nos debates menos disputa (para se ter razão) e mais preocupação com aquilo que o outro sente durante o debate.
Creio que Deus quer isso.

quinta-feira, fevereiro 02, 2012

Com mais de 30 e solteira

Mulheres cristãs, lindas, inteligentes, bem sucedidas em suas carreiras profissionais, independentes, com 30 ou mais de 30 anos e… SOLTEIRAS.
Isso não seria um problema se não fosse cada vez mais latente, nessas mulheres, a necessidade de se ter ao lado um companheiro, alguém com quem dividir a vida e as suas conquistas, ter filhos e constituir uma família. Essa necessidade é extremamente natural e com o passar dos anos a idade começa a se tornar um peso, deixando a necessidade ainda maior. Mas saiba que essa necessidade é uma necessidade divina!
O amor é essencial para a sobrevivência do ser humano e o amor matrimonial é plano de Deus. No Éden, Deus mesmo celebrou solenemente o primeiro casamento. Assim como Adão foi o “filho de Deus”, também, Eva era a filha de Deus; e como Pai dela, estando ela pronta, Deus a levou a Adão e a entregou a ele, como na cerimônia de casamento que conhecemos hoje.  
Mas, a pergunta que fica é: por que mulheres com tantas qualidades permanecem solteiras? A resposta que ouvi foi: “Está faltando homem!”.  Confesso que essa resposta me fez rir. Eu tenho uma visão um pouco diferente dessa situação e gostaria de compartilhá-la com vocês.
A primeira coisa que precisa ser dita e entendida é que Deus te vê, te conhece e cuida de você. Ele conhece suas qualidades, seus defeitos, seus anseios e satisfações. Ele sabe o que realmente lhe faria feliz ou não e o mais importante, se você está ou não preparada para o casamento.
Pare, pense e responda: AOS OLHOS DE DEUS, você está preparada para o casamento? Note, eu não perguntei se você se considera preparada, ou se acha que está na hora, ou mesmo se daria conta dos afazeres domésticos. Provavelmente, você me responderia que já passou da hora e que se sente preparadíssima. Eu perguntei se você está preparada para o casamento AOS OLHOS DE DEUS.
Muitas bênçãos não nos são concedidas porque não estamos preparadas para recebê-las e o pior, não saberíamos nem mesmo o que fazer com elas. Ao longo de suas vidas a maioria das mulheres que hoje se enquadram na situação abordada se prepararam para serem profissionais bem sucedidas, donas de casa e até mães, mas não se prepararam para serem ESPOSAS. Então, se o seu sonho hoje é constituir uma família, comece hoje a se preparar para ser ESPOSA AOS OLHOS DE DEUS.
A melhor definição de casamento que já li é de um autor desconhecido e diz que o casamento é “a completa dedicação da pessoa no seu todo para alcançar um estilo de vida completo”.  Essa definição fica perfeita quando lemos Gênesis 2:24 “tornando-se os dois uma só carne”. Essas palavras expressam de maneira veemente a unidade entre o esposo e a esposa, a unidade de corpos, a comunidade de interesses e a reciprocidade afetiva.
Aí está o segundo ponto a ser entendido. O individualismo vivido até então terá que ser deixado de lado e você precisa estar pronta para isso.
Estude! Dedique-se a entender o que é ser esposa aos olhos de Deus. Prepare-se e entregue suas necessidades e sonhos ao Senhor.  Lembrando sempre que “vocês precisam ter paciência para poder fazer a vontade de Deus e receber o que Ele promete.” Hebreus 10:36.
Fonte: Mulher Adventista

A beleza da mulher segundo o coração de Deus



A beleza é um dos triunfos da mulher. Querer ser bela é inerente à feminilidade. Nestes dias em que a mulher anda reinando não apenas no lar, mas se projeta no cenário público, é bom que esteja apta para reinar com toda superioridade.

A Rainha Ester foi uma mulher que impressionou pela sua beleza, não apenas ao rei, mas ao guarda das mulheres e a todos que a cercavam (Ester 2). A beleza de Ester não era superficial e nos fala de muito preparo. Foram doze meses de embelezamento.
A receita para este tratamento começa com:
LIMPEZA INTERIOR – Do coração procedem às fontes da vida -(Pv 4.20-27).
Dele é necessário retirar todas as manchas, cicatrizes de amargura, frustrações, toda a sujeira que esteja poluindo a alma. Jesus adverte que o mal vem de dentro – (Mc 7.14-23) e Jeremias fala dos enganos do coração (Jr 17.9), por isso faz-se necessário permitir um trabalho profundo do Espírito Santo para a remoção de tudo que possa comprometer a beleza do caráter do Cristão. O Salmo 139.23-24 nos conduz à confissão e quebrantamento pela ação do espírito.

ELIXIR DE REJUVENESCIMENTO – A mente exerce um grande poder sobre nós. Somos, realmente, aquilo que pensamos – belas ou feias, novas ou velhas. Paulo fala em transformação pela renovação da mente (Rm 12.2). Faz mais efeito que as operações plásticas que concertam ou pioram apenas o que é exterior. Encher a mente de pensamentos positivos (Fp 4.8) e preenchê-la com a Palavra de Deus (Cl 3.15). Aí se encontra o verdadeiro segredo da força da juventude.
ÓLEO PARA A CABEÇA – O óleo que nos leva a amar as pessoas, aceitá-las como são. Óleo que lubrifica os relacionamentos, fluindo como ingredientes para uma convivência saudável. Também o óleo da unção do Espírito que ungindo a cabeça, faz transbordar o coração (Sl 23.5).
BATOM PARA OS LÁBIOS – É o louvor. Salmo 34.1 nos recomenda a usá-lo constantemente. Evitemos palavras ferinas, negativas ou hábitos da murmuração. Enfeitar os lábios com palavras de louvor, de conforto, que levante os abatidos e glorifiquem ao nosso Rei (Sal 19.14).
MAQUIAGEM – Não há processo mais eficaz para embelezar a face do que a alegria. “O coração alegre aformoseia o rosto…” ( Pv 15.13 ).
BRILHO – O tempo que passamos com Deus dá brilho a vida. Que o diga Moisés (Ex 34.29). “Para ser bela pára um minuto diante do espelho, cinco minutos diante da sua alma e quinze minutos diante de Deus” – Michel Quoist.
CREME PARA AS MÃOS – (Ec 9.10 e Pv 31.20) Mãos adornadas com o serviço ao próximo. Mãos que trabalham, mãos que constroem, mãos que ajudam, mãos que sustentam os debilitados.

CALÇADOS PARA OS PÉS – (Pv 4.26-27) – Pés que andam por caminhos direitos ( Is 52.7 ) – Pés formosos que levam boas notícias, as boas novas da salvação.
TRAJE – Alta costura do Atelier do senhor – (1Pe 3.3-4) apresenta o traje do espírito manso e suave. E é a única fórmula bíblica para conquistar o esposo para Cristo.
PERFUME – Mais precioso que o “Chanel 5 “, pois é da “grife” do Senhor –  ( 2 Co 2.14-15 ) – O perfume de Cristo. É um pouco diferente das famosas essências francesas cujos frascos precisam ser bem lacrados para não exalar o aroma; neste, o “vaso de alabastro” ( a nossa casca grossa) tem que ser quebrado para perfumar o ambiente.
CONCLUSÃO: ETIQUETA SOCIAL – Aulas de etiqueta social não podem faltar ao tratamento de beleza, pois completam o trabalho realizado. Define-se apenas numa palavra AMOR. Sem ele nada tem valor. E com ele é possível nos apresentarmos com nobreza em qualquer ambiente. ( 1 Co 13.5 ) ” O amor comporta-se bem e não busca vantagens próprias”.
Fonte: Esposa Virtuosa.

A oração do casamento

Crie em nós um amor, ó Senhor.
Um amor eterno…
Seu amor. 
Um amor que
Perdoa qualquer falha,
Atravessa qualquer distância,
Resista a qualquer tempestade.
Crie em nós um amor, ó Senhor.
Um amor novo.
Um amor fresco.
Um amor com a ternura de um cordeiro,
A grandeza de uma montanha,
A força de um leão. 
E faça com que sejamos um. Intimamente um.
Como o senhor tornou cem cores em um pôr-do-sol,
Mil cedros em uma floresta,
E inúmeras estrelas em uma galáxia… 
Faça nossos dois corações como um, Pai, para sempre…
Que o senhor possa ser louvado, Pai,
Para sempre.

Por Max Lucado.
Fonte: Rádio Novo Tempo