domingo, março 23, 2014

Vídeo do Papa cumpre Profecia - Pedido por união religiosa


Nota Gilberto Theiss: Há mais de 150 anos os adventistas têm advertido o mundo de uma futura união de igrejas cristãs em torno dos pontos em que lhes são mais comuns, a imortalidade da alma e a crença da santidade do domingo. No passado este feito era quase que impossível devido as largas diferenças éticas e doutrinárias. Era muito comum os discursos, especialmente do lado evangélico, sobre a impossibilidade de união entre evangélicos e católicos. No entanto, em nossos dias, esta predição que ultrapassa gerações, parece estar mais próxima do que se imagina. A base para tal declaração profética se encontra em Apocalipse 16:13 e 14, que, tradicionalmente tem sido interpretado pelos adventistas como sendo uma tríplice união, espiritismo, catolicismo e protestantismo. Vinculado a esta, também levamos em consideração a declaração de Ellen White, que para os adventistas, possui autoridade profética, e, assim revela: 

"Mediante os dois grandes erros - a imortalidade da alma e a santidade do domingo - Satanás há de enredar o povo em suas malhas. Enquanto o primeiro lança o fundamento do espiritismo, o último cria um laço de simpatia com Roma. Os protestantes dos Estados Unidos serão os primeiros a estender as mãos através do abismo para apanhar a mão do espiritismo; estender-se-ão por sobre o abismo para dar mãos ao poder romano; e, sob a influência desta tríplice união, este país seguirá as pegadas de Roma, desprezando os direitos da consciência." (O Grande Conflito, p. 588).

Esta nota, assim como outras, foi escrita há quase 130 anos, e hoje, pode ser claramente compreendida e aceita como verídica, pois, no tempo de sua escrita, falar em uniões de igrejas era atrair sobre si os piores deboches e ironias do mundo religioso. Portanto, tudo isto indica que, de fato, estamos vivendo nos últimos dias da história humana, e, em breve, o cumprimento da lei dominical predito e propagado pelos adventistas há mais de 130 anos. Que, viver verá...

Outras declarações proféticas de Ellen White sobre a lei dominical e união do mundo:

Os Estados Unidos Aprovarão uma Lei Dominical

Quando nossa nação renunciar os princípios de seu governo de tal forma que vote uma lei dominical, nesse próprio ato o protestantismo dará a mão ao papado. Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 318.

Os protestantes lançarão toda a sua influência e poder ao lado do papado. Por um ato nacional impondo o falso sábado, eles darão vida e vigor à corrompida fé de Roma, avivando sua tirania e opressão da consciência. Maranata (Meditações Matinais, 1977), pág. 179.

Mais cedo ou mais tarde serão aprovadas leis dominicais. Review and Herald, 16 de fevereiro de 1905.

Em breve serão impostas as leis dominicais, e homens em posições de confiança ficarão furiosos com o pequeno número do povo de Deus que guarda os mandamentos. Manuscript Releases, vol. 4, pág. 278.

A profecia do capítulo 13 do Apocalipse declara que o poder representado pela besta de chifres semelhantes aos do cordeiro fará com que a "Terra e os que nela habitam" adorem o papado, ali simbolizado pela besta "semelhante ao leopardo". ... Esta profecia se cumprirá quando aquela nação impuser a observância do domingo, que Roma alega ser um reconhecimento especial de sua supremacia. [...] A corrupção política está destruindo o amor à justiça e a consideração para com a verdade; e mesmo na livre América do Norte, governantes e legisladores, a fim de conseguir o favor do público, cederão ao pedido popular de uma lei que imponha a observância do domingo. O Grande Conflito, págs. 578, 579 e 592.

Argumentos Usados Pelos Defensores da Lei Dominical

Satanás dá sua interpretação aos eventos, e os homens pensam, como ele quer que o façam, que as calamidades que enchem a Terra constituem um resultado da transgressão do domingo. Tencionando aplacar a ira de Deus, esses homens influentes fazem leis impondo a observância do domingo. Manuscript Releases, vol. 10, pág. 239.

Esta mesma classe apresenta a alegação de que a corrupção que rapidamente se alastra é atribuível em grande parte à profanação do descanso dominical, e que a imposição da observância do domingo melhoraria grandemente a moral da sociedade. Insiste-se nisto especialmente na América do Norte, onde a doutrina do verdadeiro sábado tem sido mais amplamente pregada. O Grande Conflito, pág. 587.

O Protestantismo e o Catolicismo Agirão de Comum Acordo

O protestantismo dará a mão da comunhão ao poder romano. Então haverá uma lei contra o sábado da criação divina, e será nessa ocasião que Deus efetuará Sua "estranha obra" na Terra. SDA Bible Commentary, vol. 7, pág. 910.

Não conseguimos ver como a Igreja romana poderá desembaraçar-se da acusação de idolatria. ... E esta é a religião que os protestantes estão começando a encarar com tanto agrado e que finalmente se unirá com o protestantismo. Esta união não será, porém, efetuada por uma mudança no catolicismo, pois Roma não muda. Ela declara possuir infalibilidade. É o protestantismo que mudará. A adoção de idéias liberais, de sua parte, o conduzirá ao ponto em que possa apertar a mão do catolicismo. Review and Herald, 1º de junho de 1886.

O pretenso mundo protestante formará uma confederação com o homem do pecado, e a igreja e o mundo estarão em corrupta harmonia. SDA Bible Commentary, vol. 7, pág. 975.

O romanismo no Velho Mundo, e o protestantismo apóstata no Novo, adotarão uma conduta idêntica para com aqueles que honram todos os preceitos divinos. O Grande Conflito, págs. 615 e 616.

As Leis Dominicais Honram a Roma

Quando as principais igrejas dos Estados Unidos, ligando-se em pontos de doutrinas que lhes são comuns, influenciarem o Estado para que imponha seus decretos e lhes apóie as instituições, a América protestante terá então formado uma imagem da hierarquia romana, e a inflição de penas civis aos dissidentes será o resultado inevitável. ...
A imposição da guarda do domingo pelos protestantes é uma obrigatoriedade do culto ao papado. ...
No próprio ato de impor um dever religioso por meio do poder secular, formariam as igrejas mesmas uma imagem à besta; daí a obrigatoriedade da guarda do domingo nos Estados Unidos equivaler a impor a adoração à besta e à sua imagem. O Grande Conflito, págs. 445, 448 e 449.

Quando o protestantismo estender os braços através do abismo, a fim de dar uma das mãos ao poder romano e a outra ao espiritismo, quando por influência dessa tríplice aliança a América do Norte for induzida a repudiar todos os princípios de sua Constituição, que fizeram dela um governo protestante e republicano, e adotar medidas para a propagação dos erros e falsidades do papado, podemos saber que é chegado o tempo das operações maravilhosas de Satanás e que o fim está próximo. Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 151.

Roma Recuperará a Supremacia Perdida

Ao aproximar-nos da última crise, é de vital importância que existam entre os servos do Senhor harmonia e união. O mundo está cheio de tempestade, guerra e contenda. Contudo, ao mando de um chefe - o poder papal - o povo se unirá para opor-se a Deus na pessoa de Suas testemunhas. Essa união é cimentada pelo grande apóstata. Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 171.

Leis impondo a observância do domingo como o sábado ocasionarão uma apostasia nacional dos princípios do republicanismo em que se baseia o governo. A religião do papado será aceita pelos governantes, e será invalidada a lei de Deus. Manuscript Releases, vol. 7, pág. 192.

É evidente que uma época de grandes trevas intelectuais tem sido favorável ao êxito do papado. Ainda será demonstrado que uma época de grande luz intelectual também é favorável ao seu êxito. Spirit of Prophecy, vol. 4, pág. 390.

No movimento ora em ação nos Estados Unidos a fim de conseguir para as instituições e usos da igreja o apoio do Estado, os protestantes estão a seguir as pegadas dos romanistas. Na verdade, mais que isto, estão abrindo a porta para o papado a fim de adquirir na América protestante a supremacia que perdeu no Velho Mundo. O Grande Conflito, pág. 573.

Uma Lei Dominical Nacional Significa Apostasia Nacional

A fim de se fazerem populares e conquistarem a simpatia do povo, os legisladores hão de ceder ao desejo deste, de obter leis dominicais. ...
Por um decreto que visará impor uma instituição papal em contraposição à lei de Deus, a nação americana se divorciará por completo dos princípios da justiça. ...
Como a aproximação dos exércitos romanos foi um sinal para os discípulos da iminente destruição de Jerusalém, assim essa apostasia será para nós um sinal de que o limite da paciência de Deus está atingido. Testemunhos Seletos, vol. 2, págs. 150 e 151.

Precisamos tomar a firme posição de que não reverenciaremos o primeiro dia da semana como o sábado, pois ele não é o dia que foi abençoado e santificado por Jeová, e reverenciando o domingo nós nos colocaríamos ao lado do grande enganador. ...
Quando for invalidada a lei de Deus e a apostasia se tornar um pecado nacional, o Senhor agirá em favor de Seu povo. Mensagens Escolhidas, vol. 3, pág. 388.

O povo dos Estados Unidos tem sido um povo favorecido, mas quando eles restringirem a liberdade religiosa, renunciarem ao protestantismo e apoiarem o papado, a medida de sua culpa estará cheia, e nos livros do Céu será escrito: "apostasia nacional". Review and Herald, 2 de maio de 1893.

A Apostasia Nacional Será Seguida de Ruína Nacional

Quando nossa nação [Estados Unidos], em suas assembléias legislativas, promulgar leis que restrinjam a consciência das pessoas quanto ao seus privilégios religiosos, impondo a observância do domingo e exercendo poder opressor contra os que guardam o sábado do sétimo dia, a lei de Deus será, para todos os efeitos, invalidada em nosso país, e a apostasia nacional será seguida de ruína nacional. SDA Bible Commentary, vol. 7, pág. 977.

É ao tempo da apostasia nacional, quando, agindo segundo os métodos de Satanás, os governantes da Terra se enfileirarem ao lado do homem do pecado - é então que a medida da culpa se encherá; a apostasia nacional é o sinal para a ruína da nação. Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 373.

Princípios católicos romanos serão adotados sob o cuidado e a proteção do Estado. Esta apostasia nacional será rapidamente seguida pela ruína nacional. Review and Herald, 15 de junho de 1897.

Quando as igrejas protestantes se unirem com o poder secular para amparar uma religião falsa, à qual se opuseram os seus antepassados, sofrendo com isso a mais terrível perseguição, então o dia de repouso papal será tornado obrigatório pela autoridade mancomunada da Igreja e do Estado. Haverá uma apostasia nacional que só terminará em ruína nacional. Evangelismo, págs. 234 e 235.

Quando o Estado usar seu poder para impor os decretos e amparar as instituições da Igreja - então a América Protestante terá formado uma imagem do papado e haverá uma apostasia nacional que só terminará em ruína nacional. SDA Bible Commentary, vol. 7, pág. 976.

Legislação Dominical Universal

A História se repetirá. A religião falsa será exaltada. O primeiro dia da semana, um dia comum de trabalho que não possui santidade alguma, será estabelecido como o foi a estátua de Babilônia. A todas as nações, línguas e povos se ordenará que venerem esse sábado espúrio. ... O decreto impondo a veneração desse dia se estenderá a todo o mundo. SDA Bible Commentary, vol. 7, pág. 976.

Quando os Estados Unidos, o país da liberdade religiosa, se aliar com o papado, a fim de dominar as consciências e impelir os homens a reverenciar o falso sábado, os povos de todos os demais países do mundo hão de ser induzidos a imitar-lhe o exemplo. Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 373.

A questão do sábado será o ponto controverso no grande final conflito em que o mundo inteiro há de ser envolvido. Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 19.

As nações estrangeiras seguirão o exemplo dos Estados Unidos. Posto que ela seja a líder, a mesma crise atingirá todo o nosso povo em toda parte do mundo. Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 46.

A substituição do verdadeiro pelo falso é o último ato do drama.

Quando esta substituição se tornar universal, Deus Se revelará. Quando as leis dos homens forem exaltadas acima das leis de Deus, quando os poderes da Terra procurarem obrigar os homens a guardar o primeiro dia da semana, sabei que chegou o tempo para Deus agir. SDA Bible Commentary, vol. 7, pág. 980.

A substituição da lei de Deus pelas dos homens, a exaltação, por autoridade meramente humana, do domingo, posto em lugar do sábado bíblico, é o derradeiro ato do drama. Quando essa substituição se tornar universal, Deus Se revelará. Ele Se erguerá em Sua majestade para sacudir terrivelmente a Terra. Testemunhos Seletos, vol. 3, págs. 142 e 143.

O Mundo Inteiro Apoiará a Legislação Dominical

Os ímpios... declaravam que tinham a verdade, que havia milagres entre eles; que anjos do Céu conversavam e andavam com eles, que grande poder e sinais e maravilhas eram realizados em seu meio, e que isso constituía o milênio temporal que aguardavam há tanto tempo. Todo o mundo se convertera e estava em harmonia com a lei dominical. Mensagens Escolhidas, vol. 3, págs. 427 e 428.

O mundo todo há de ser instigado à inimizade contra os adventistas do sétimo dia, porque eles não rendem homenagem ao papado, honrando o domingo, instituição desse poder anticristão. Testemunhos Para Ministros, pág. 37.

Os que calcam aos pés a lei de Deus fazem leis humanas que eles obrigarão as pessoas a aceitar. Homens imaginarão, deliberarão e planejarão o que irão fazer. O mundo inteiro guarda o domingo, dizem eles, e por que este povo, cujo número é tão pequeno, não haveria de proceder de acordo com as leis do país? Manuscrito 163.

O Conflito Concentra-se na Cristandade

O chamado mundo cristão será o palco de grandes ações decisivas. Homens com autoridade promulgarão leis para controlar a consciência, segundo o exemplo do papado. Babilônia fará que todas as nações bebam do vinho da ira de sua prostituição. Toda nação será envolvida. João, o Revelador, declara o seguinte sobre esse tempo: ... "Têm estes um só pensamento." (Apoc. 18:3-7; 17:13 e 14.) Haverá um laço de união universal, uma grande harmonia, uma confederação de forças satânicas. "E oferecem à besta o poder e a autoridade que possuem." Assim é manifestado o mesmo poder arbitrário e opressor contra a liberdade religiosa, contra a liberdade de adorar a Deus de acordo com os ditames da consciência, que foi manifestado pelo papado, quando no passado ele perseguiu os que ousaram recusar conformar-se aos ritos e cerimônias religiosas dos romanistas. Mensagens Escolhidas, vol. 3, pág. 392.

Todo o mundo cristão estará envolvido no grande conflito entre a fé e a incredulidade. Review and Herald, 7 de fevereiro de 1893.

Toda a cristandade estará dividida em duas grandes classes - os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, e os que adoram a besta e sua imagem, e recebem o seu sinal. O Grande Conflito, pág. 450.

Como o sábado se tornou o ponto especial de controvérsia por toda a cristandade, e as autoridades religiosas e seculares se combinaram para impor a observância do domingo, a recusa persistente de uma pequena minoria em ceder à exigência popular, fará com que esta minoria seja objeto de execração universal. O Grande Conflito, pág. 615.

Quando o decreto promulgado pelos vários governantes da cristandade contra os observadores dos mandamentos lhes retirar a proteção do governo, abandonando-os aos que lhes desejam a destruição, o povo de Deus fugirá das cidades e vilas e reunir-se-á em grupos, habitando nos lugares mais desertos e solitários. O Grande Conflito, pág. 626.
Fonte: Gilberto Theiss

sábado, março 22, 2014

Hoje é dia de voltar

Aprender com os homens é ignorar a realidade?

Perguntas sem resposta
Quando li o texto abaixo, em que Isabel Clemente revela uma cena íntima de sua família (publicado no site darevista Época), fiquei pensando como é triste manter uma visão naturalista/secularista da realidade. Não há certeza da nossa origem (ou pior, crê-se que somos apenas animais evoluídos parentes de macacos), não se sabe o que é a morte e há um esforço mental para relativizá-la, e se encara o futuro da Terra como irremediavelmente fadado à destruição. Ponto final. Como essa conversa entre mãe e filhas poderia ser diferente se a mãe, conhecendo a Bíblia e aproveitando o “gancho” oferecido por uma das meninas (que leu a Palavra) lhes ensinasse que, de fato, somos especiais porque fomos especialmente criados por Deus; que a morte é apenas um intervalo entre a cessação da vida e a ressurreição, num estado de inconsciência comparado ao sono (confira) e que o fim não será de fato fim para aqueles que creem em Jesus e em Sua promessa de voltar a este mundo sofredor para resgatar os que aceitaram o plano de resgate. Infelizmente, a proposta de Isabel é deixar essas preocupações de lado e simplesmente dormir (como fez o marido), a fim de levantar no dia seguinte com todas as preocupações “mundanas” a ocupar a mente, como se pudéssemos evitar as grandes questões simplesmente ao fechar os olhos. As crianças, como sempre, se demonstram mais sensíveis aos dilemas da vida, mas nem sempre encontram as respostas adequadas. Mas vamos ao texto da Isabel, que reproduzo aqui com todo respeito ao ponto de vista dela [MB]:

“Uma depois da outra, minhas filhas chegam no meu quarto, luz apagada, e se infiltram na minha cama. Está tarde, o marido toma banho, elas já deviam estar dormindo, mas não conseguem. Eu, derrotada pelo cansaço, me rendo à presença delas, mas peço silêncio. Começa o falatório.

“– Se Deus criou o homem e a mulher, então todo mundo é parente? – questiona a mais velha.

“Silêncio. Preciso dar uma explicação. Resolvo falar.

“– Quem te falou isso? – pergunto.

“– Li na Bíblia.

“– Não é bem assim... Essa história bíblica é uma representação que Deus criou todas as coisas, mas você ouviu falar da teoria da evolução, que um macaco virou homem, daí vários macacos...

– Sim, eu sei.

“– Faz mais sentido. Mas não deixa de ser legal a gente imaginar que todos os seres humanos têm laços. Agora chega. Shhhh... gente.

“Silêncio. [...]

“– Mas mamãe, você vai morrer antes de mim? – pergunta a pequena.

“Antes que eu diga alguma coisa, a irmã se antecipa.

“– Claro, né, Carol, mas quando isso acontecer, você já será adulta, terá filhos, e terá acontecido um monte de coisa... – diz Letícia.

“Apesar do tema pesado, sorri. Quando a mais velha, hoje com oito anos, tinha quatro, veio com a mesma conversa. Agora, quatro anos depois, ela repete meu discurso com a explicação que me ocorrera dar naquela época.

“Na penumbra da noite, como um feijão encantado, eu flagro uma semente germinando. Não posso continuar calada.

“– A gente não sabe quem vai morrer quando, mas a gente espera que seja assim, primeiro os mais velhos – digo.

“– Eu não quero. Se todo mundo morrer, eu, você, todo mundo, aí acaba?

“– Não, Carol, os filhos têm filhos, eles também têm filhos, e assim vai, não acaba – continua Letícia, minha porta-voz para assuntos aleatórios.

“Silêncio.

“– Eu não quero que você morra, mamãe – diz Carol.

“– Filha, eu não quero morrer agora, só quero dormir. Esquece isso agora, por favor?
Letícia ri. O tema já não lhe afeta da mesma maneira.

“– Mas vai ter um dia, Carol, que o sol vai esquentar, esquentar, ficar muito quente e acabar com todo o planeta – diz Letícia, reluzente como uma explosão solar.

“– Que isso, Letícia, quem te falou isso? – pergunto.

“– Na escola a gente pesquisa, mamãe.

“– Vai ficar muito quente? – Carol pergunta.

“– Pegando fogo! Mas só daqui a muuuuuito tempo. A gente nem vai estar aqui mais, nem nossos filhos, nem nossos netos... – responde a irmã que tudo-sabe-tudo-vê.

“– Pessoal, não é agora. O ar tá ligado, aqui nem tá quente, vamos dormir? – digo, para dar um fim ao clima apocalíptico.

“Chega o pai e encerra com a farra. Elas se vão. Resumo para ele os diálogos e ele ri.

“– Agora você vê, essa conversa do mundo terminar? – digo, sono indo embora.

“– Hum-hum.

“– E esse papo de morte? Sempre difícil – afirmo, mente a mil.

“– Hum-hum. Agora dorme, Bebel.

“– Coisa de quatro anos, né, lembra da Letícia? – insisto.

“– Shhhh... Pensa nisso agora não. Boa noite.

“Aí a gente fica pensando nos dramas existenciais dos filhos, na morte da bezerra, no planeta pegando fogo... e ele dorme!

“O sono, esse fujão...

“É por essas e outras que as mulheres têm mais insônia do que os homens.
Precisamos aprender com eles.”

Aluna vai à escola com vestido curto e é advertida

Geração sem regras; apoio dos pais

Inconformada por ser advertida pela direção da escola onde a filha estuda, a mãe de uma aluna de 16 anos da zona Norte de Joinville resolveu desabafar no Facebook e levantou uma discussão que envolveu mais de 3,6 mil pessoas em menos de 24 horas. Segundo ela, a menina estuda à noite em uma escola da rede pública e teria sido constrangida pela direção da instituição por usar um vestido considerado muito curto. “Concordo que deve haver bom senso, que há roupas que são próprias para usar em passeio, em casa ou nos shoppings. Não dou o direito para ninguém intervir na educação que dou para minhas filhas”, diz a mulher, que recebeu apoio de outros pais e de alguns dos integrantes do grupo. No post, a mãe lembra o caso da estudante universitária Geise Arruda, que foi hostilizada em 2009, em São Paulo, por causa de um vestido rosa-choque.

A confusão nos corredores da instituição ganhou proporções que fugiram do controle da universidade e a estudante só conseguiu sair da universidade com a ajuda da Polícia Militar. O caso ganhou repercussão internacional. “Aconteceu isso com aluna de faculdade, agora fazem com as do ensino médio. A troco de quê? Alegando estar moralizando-as?”, diz a mãe, que telefonou para a diretora.

Na foto que a mãe postou na rede social, a jovem aparece com um vestido quase na altura do joelho. A instituição garante que só chama os pais depois de pelo menos três advertências por escrito e depois de conversar diretamente com as alunas.

A diretora-geral da escola disse ontem que uma de suas assessoras apenas chamou a atenção da adolescente de 16 anos por ela estar com um vestido muito curto e pediu que baixasse um pouco a barra da roupa. “Estamos em um ambiente escolar e nada mais correto do que usar uma roupa decente”, reforça a diretora, lembrando que há um regimento interno da escola que deve ser seguido.


O ideal, segundo a diretora, é que o comprimento das bermudas, saias e vestidos seja do meio da coxa para baixo. A diretora lembrou ainda que outra aluna foi advertida várias vezes por usar bermudas curtas demais e que os pais foram chamados na escola.


Nota: A mãe disse: “Não dou o direito para ninguém intervir na educação que dou para minhas filhas.” Então por que colocou a filha numa escola? Essa é uma típica inversão de valores em que pais ficam do lado dos filhos contra a escola, mesmo em situações em que a instituição tem razão. [MB]

Fonte: Criacionismo

quarta-feira, março 12, 2014

Pessoas que se fazem de vítima

Aposto que todo mundo já se deparou com uma pessoa que se coloca como a injustiçada do mundo, se ainda não, há possibilidade de você ser essa pessoa. Reclamar, lamentar, lastimar se torna tão habitual a pessoas que se enxergam como vítimas do universo que quem convive junto a estas nem leva em consideração mais suas lamúrias. Afinal, o ocorrer de eventuais adversidades desperta a solidariedade dos colegas, amigos, familiares, mas quem transforma tudo em adversidade só angaria descrédito.
 As pessoas só têm defeitos, nenhum trabalho é bom, nenhuma amizade é verdadeira, nenhuma atividade é agradável, ninguém é admirável, nada dá certo, nada está legal, tudo é difícil, desprazeroso, chato, problemático, estressante, relatos contínuos de doenças, dores, sofrimento, infortúnios são comuns, enfim, encontrar motivos pra reclamar de tudo e de todos é um comportamento nítido de quem tem o mundo como inimigo. Estas pessoas constroem histórias tão convictas que passam a acreditar que realmente são coitadinhas e os outros carrascos, muitas vezes chegando a convencer alguém disso.
Se posicionando como vítima, além de desviar a culpa de si mesmo acerca das mazelas da qual reclama, existe a possibilidade de culpar um outro ser por tudo aquilo que se esta passando. É tão mais fácil culpar o funcionário e atribuir a ele erros do que assumir as próprias falhas enquanto chefe, é tão mais fácil culpar o outro por não nos amar do que assumir as atitudes nada amáveis que adotamos diante destas pessoas, é tão mais fácil julgar os alunos do que perceber a própria falha enquanto professor, é tão mais fácil apontar os marginais na rua do que assumir nossa própria contribuição para a marginalidade, é mais fácil culpar os colegas, a secretária, o motorista ao lado, o filho, os parentes por inúmeras coisas que não são muito agradáveis, mas que tem nossa parcela de culpa, ou total culpa pelo que vem a acontecer. Tudo que eclode em nossa vida esta sob nossa responsabilidade, se vitimizar é uma tentativa de fugir desta.
O ponto mantenedor do comportamento vitimizado é que este furta a atenção e misericórdia de pessoas que, mesmo que por pouco tempo, despende energia psíquica acreditando que a pessoa realmente foi injustiçada por alguém ou algo. Mesmo isso não sendo a verdade plena, ser vítima implica em um aglomerado de ganhos secundários, além da atenção das pessoas: o apoio, o amparo, a solidariedade, a disposição em lhe ajudar, enfim, muitas coisas satisfatórias. Se não existissem vantagens o comportamento não seria mantido.
Conviver com gente que se acostumou a ser ‘pobre coitada’ não é algo muito fácil, porque qualquer tentativa que tenhamos de lançar um olhar mais positivo para animá-la, confortá-la ou incentivo a ela sair deste movimento passivo de derrota logo é bombardeado pelas justificações das desgraças vividas. Concordar que a vida da pessoa é uma desgraceira mesmo é uma alternativa valida quando se cansa de vê-la tentando convencer de que é digna de pena. Afinal, chantagem emocional só comove o próprio chantagista, geralmente causa irritação no ouvinte.
Quem consegue identificar em si mesmo esta característica já esta em vantagem, pois não é algo muito fácil assumir os próprios pontos que merecem atenção. Se perceber é o primeiro passo em direção à mudança. A frase Lacaniana ‘Qual a tua contribuição na desordem da qual te queixas?’ é importante de ser lembrada continuamente diante das vicissitudes da vida.
As pessoas só colhem aquilo que plantam. Cada pensamento, ação, palavra que lançarmos ao mundo é uma semente que, querendo ou não, vai implicar em resultados. É má-fé ficar culpando aos outros, culpar o mundo, culpar o destino e se fazer de vítima. A culpa pelo que escolhemos projetar no mundo nunca é do outro, é só nossa. Cada um só é vítima de si mesmo. Quem não gosta do que está recebendo do “destino” deve refletir sobre o que fez lá no passado para estar hoje nesta situação, sem se fazer de coitadinho, porque isso é desprezível. A vida é apenas consequência do que fazemos ou que deixamos de fazer, ou seja, resultado de nossas escolhas pessoais.


Por Psicóloga Katree Zuanazzi