sábado, abril 12, 2014

Quantas vezes questiono



Será que a fé compensa?
Não estaríamos abandonados aqui?
Tenho certeza de que alguma vez você já se pegou olhando o céu numa noite estrelada e se perguntou: “Quem sou eu? O que estou fazendo aqui? Será que realmente há alguém lá em cima que se importa comigo?”. Muitos caem na descrença de que exista um ser supremo atento à vida de miseráveis seres humanos. Acreditam que estão aqui neste mundo sozinhos e por conta própria, e que tudo o que acontece é puramente obra do destino. Outros creem que, se existe realmente um Deus, Ele deve estar muito ocupado ou alienado ao que se passa na Terra. “Como pode alguém ter tempo para atender tudo e todos?”, é o questionamento de muitos.
Mas, independentemente do que pensemos, existe alguém que está acima de tudo, e ele é onisciente, onipresente e onipotente. Como? Não sabemos. E nossa inteligência limitada jamais poderá explicar! Mas há mistérios que não nos convém desvendar, apenas nos cabe acreditar, ter fé. Não estamos sozinhos. Não estamos abandonados. Não estamos por nossa própria conta e risco. Temos um Deus que governa o imenso Universo, mas ao mesmo tempo está ao nosso lado se preocupando com cada detalhe de nossa vida.
Deus cuida
Ele chama a cada criatura pelo seu próprio nome. Sabe exatamente onde estão e do que precisam. E, o mais incrível de tudo, é que Ele sabe o meu nome. Ele sabe onde moro. Ele sabe do que preciso. Cuida de cada detalhe de minha vida e tem sonhos incríveis para me tornar completa e feliz! Aquele que cuida de tudo ainda tem tempo para cuidar de mim, para cuidar de você. Está cheio de interesse em aliviar as minhas e as de suas dores, para solucionar os meus e os seus problemas e preocupações, pois somos “a menina de seus olhos”, a sua obra prima divina, a coisa mais linda que Ele um dia criou!
“Temos um Amigo num posto elevado,
e Ele está no controle” (Max Lucado)


Por Tia Ane (Bonita Adventista)

A cultura da morte por todos os lados


O diabo gosta da morte; Deus, dá vida
Fui comprar o material escolar das minhas filhas e fiquei espantado com a quantidade de produtos com temáticas relacionadas a zumbis, vampiros, múmias, caveiras, enfim, à morte. Em videogames, filmes, seriados e novelas, isso não é novidade. Os mortos e os “espíritos” ganharam as telas faz algum tempo. Mas há não muitos anos, as capas de cadernos eram estampadas com imagens da natureza, de personagens de desenhos animados, atores e atrizes, animaizinhos e coisas afins. Nos meus tempos de criança, zumbis sanguinolentos em capa de caderno ou em estojos seria algo, no mínimo, macabro. Mas as crianças foram sendo acostumadas aos poucos a esse tipo de conteúdo (com a grande colaboração recente das tais Monster High), de forma que, hoje, tratam o tema da vida após a morte, do ocultismo e da bruxaria como brincadeira inocente. Mas não é. A mentira da imortalidade incondicional teve início no Jardim do Éden, quando Lúcifer disse aos primeiros seres humanos que, independentemente do que eles fizessem, continuariam vivos (saiba mais sobre esse assunto aqui). A ideia básica é a de que as pessoas seriam imortais (ou teriam dentro delas uma entidade/essência imortal), mesmo que “desconectadas” da fonte da vida: Deus. E é aí que está o perigo. Desconectados dEle, não temos vida. E como os mortos não podem participar do mundo dos vivos, pois estão inconscientes, num estado de não existência, os que querem se passar por mortos-vivos não são humanos, são anjos caídos, demônios cujo objetivo é justamente afastar as pessoas de Deus. E nesse propósito vale tudo, até usar capas de cadernos.

Outro dia, minha amiga e colega jornalista Marcia Ebinger me disse que viu num aeroporto um livro intitulado Diário de um Vampiro Banana – Porque os mortos também têm sentimentos[!]. Uma das temáticas desse livro que embarca num sucesso literário recente é a seguinte: a frustração por ter toda a eternidade “entediante” pela frente. Que coisa, não?! A verdade é que os mortos não têm sentimentos (confira), mas os que fingem ser mortos brincam com os sentimentos dos vivos.

A eternidade com Deus será tudo, menos entediante. E a vida após a morte não tem nada a ver com zumbis, fantasmas, múmias. A vida após a morte depende de nossas escolhas em vida, e será aquilo que escolhermos: vida eterna ou morte eterna. Simples assim.

Michelson Borges

Monster High, crianças e a Bíblia


Especialistas em pedagogia e psicologia explicam que os brinquedos têm papel importante no desenvolvimento cognitivo de uma criança em diferentes idades e de diferentes maneiras. Há quem pense que os brinquedos passam indiferentes pelos pequenos, mas é um engano. Por isso, o tipo de brinquedo adotado por um menino ou menina vai influenciar seu comportamento. E isso me leva a pensar em que tipo de bonecas (para usar um exemplo apenas) está nas mãos e no imaginário das garotinhas hoje. Segundo reportagem da revista Exame, em publicação online do dia 17 de abril de 2013, a franquia da marca Monster High aumentou em 50% o portfólio de bonecas da linha trazidas ao Brasil no segundo semestre de 2012. De maneira geral, a divisão da qual a Monster High faz parte registrou crescimento global de 56% durante os três primeiros meses deste ano. Mas o que é Monster High e, o mais importante, que conceitos estão por trás dessa linha de bonecas?

É preciso frisar que não se trata apenas de uma linha de bonecas com vendas em franca ascensão. Monster High é uma franquia multiplatafórmica composta de brinquedos, DVD, série na web, vídeos de música, videogames, livros, acessórios de vestuário e muito mais. Ou seja, é uma série de estímulos audiovisuais que inevitavelmente vai levar avante um ou mais conceitos que influenciarão o desenvolvimento de crianças, especialmente meninas na faixa etária específica que se pretende alcançar com esses produtos.

Não vou comentar sobre questões como consumismo e sensualismo, que também estão presentes em muitos produtos voltados para crianças. Comentários dessa natureza exigiriam um artigo específico. Vou me deter no fato de que a marca Monster High, que aqui figura como um exemplo apenas (pois há mais do mesmo e muito ainda se produzirá), é caracterizada predominantemente por apresentar personagens inspirados em filmes de monstros e terror. São monstrinhos mesmo, zumbis do estilo mortos-vivos e há personagens que são boneco de Vodu e existe até uma espécie de menina vampira.

Com total respeito às diferentes crenças religiosas ou míticas que existem e aos que creem assim, o enfoque aqui é comparar os conceitos dos produtos com o que ensina a Bíblia Sagrada, livro essencial do cristianismo. Os zumbis são tradicionalmente conhecidos como criaturas fictícias relacionadas a mortos reanimados ou seres humanos que não são dotados de razão. A Bíblia ensina, tanto para crianças quanto para adultos, que as pessoas são mortais, ou seja, estão sujeitas à morte por causa do pecado (Romanos 6:23). Além disso, na morte não há consciência do mundo dos vivos (Eclesiastes 9:5,6 e outros textos) e a comparação mais clara da condição da morte foi a do sono, feita por Jesus (João 11: 11). É por isso mesmo que Deus disse ao povo de Israel que não se voltasse ou considerasse os que diziam consultar os mortos para saber algo neste mundo (Deuteronômio 18:11).

Sobre o personagem representado por um boneco de Vodu, é necessário ressaltar um aspecto antibíblico aí presente. Esse personagem não tem mente própria, o que contraria totalmente o preceito bíblico de seres humanos que conscientemente adoram a Deus (Romanos 12:1, 2 e outros textos) e cuja mente não pode ser controlada por outros.

E o conceito de vampiros e vampirismo? Certamente vai de encontro ao que está claro no Livro Sagrado do cristianismo. Vampirismo, em sua origem, é muito mais do que a lenda popularizada em filmes e livros, feitos para vender. Tem relação direta com indivíduos que supostamente se alimentam de sangue das pessoas e com crenças sobre mortos que atuam no mundo dos vivos e geralmente praticam ações ruins contra as pessoas. Ocultismo e misticismo são os ingredientes principais; dois aspectos que se chocam frontalmente com o preceito bíblico de exemplos aprovados por Deus de pessoas que fazem o bem ao próximo, não bebem sangue humano nem possuem uma vida encoberta por mistérios nem escuridão ou trevas. Como disse Cristo, no registro bíblico de João 3:21, “mas quem pratica a verdade vem para a luz, para que se veja claramente que as suas obras são realizadas por intermédio de Deus”.

Esses aspectos, aqui apresentados, de maneira rápida e sucinta, são suficientes para se levar à reflexão sobre o tipo de influência que esse tipo de mensagem tem na mente de uma criança. Principalmente se essa criança receber ensinamentos cristãos que irão, em curto espaço de tempo, gerar um paradoxo em sua mente. Contradições que podem levá-la a dificuldades na tomada de decisões no futuro. Coerência é o caminho mais seguro. Ensino bíblico não coaduna com bruxaria, vodu, vampirismo, zumbis e tudo o que envolve produtos como Monster High. Parece brincadeira, mas não é.

(Felipe Lemos, Realidade em Foco)

sábado, abril 05, 2014

“Noé” mistura evolucionismo com distorções da Bíblia


Em um dos grandes momentos do novo filme de Darren Aronofsky, Noé (Russell Crowe) conta para seus filhos a mesma história que ouviu de seu pai, que por sua vez ouviu de seu avô, sucessivamente até chegar no primeiro homem, Adão: a história da criação. O que se segue é uma sequência belíssima e assustadora, em que os sete dias da criação do mundo são narrados com a base do texto do Velho Testamento, integrado ao Big Bang que deu origem ao Universo e à Teoria da Evolução de DarwinOs “dias” divinos podem ser eras, encapsuladas no trabalho do Criador (e nunca Deus) em erguer um novo mundo, em fazer do nada, vida. Noé não é um “filme bíblico” na definição clássica do termo. Mas é um épico de fé e obsessão que coloca o profeta na posição de zelador, carcereiro e ativista, que atende a um chamado, entende sua função na Terra e não vai deixar que nada fique entre ele e a tarefa para a qual foi designado. [...] Religião, embora seja a matéria prima da história, não é a mola que impulsiona o projeto: é o fascínio em materializar um conto presente em escrituras de todas as religiões, uma metáfora para o fim de tudo e seu renascimento.Embora, como acredita o próprio Russell Crowe (em grande atuação), as evidências físicas e geológicas em todo o planeta corroborem que, um dia, fomos cobertos por água. [...]

Fora dos textos bíblicos surge Ila (Emma Watson), adotada pela família ao ser encontrada em um acampamento em ruínas quando bebê, com uma lesão que a deixou estéril. Ila se envolve romanticamente com Sem, deixando em Cam a esperança de que, quando chegar a hora, seu pai também permitirá que ele encontre uma esposa. Mas a obsessão de Noé em interpretar a tarefa apontada pelo Criador (suas visões vem em sonhos, também uma maneira esperta em mostrar essa comunicação divina) o coloca como zelador dos inocentes – ou seja, os animais aglomerados e colocados em hibernação na arca –, que seriam os únicos herdeiros da Terra depois de tomada pelas águas. [...]

Para auxiliar na tarefa de erguer a arca, o profeta tem o auxílio dos Guardiões, gigantes de pedra que, na verdade, são anjos caídos, cuja luz foi aprisionada nas entranhas da Terra – tudo porque ousaram ajudar o homem em sua jornada, desviando-se dos desígnios do Criador quando o fruto proibido pôs fim à harmonia no paraíso.

Darren Aronofsky teve cuidado em seu roteiro (escrito com Ari Handel) para ser respeitoso com qualquer crença. Ainda assim, o texto bíblico, apesar de importante e inspirador e até obsessivo para muitos que o seguem literalmente, é apenas mais um livro. Como tal, é passível de adaptação, de adequação narrativa, de receber o input do diretor – que, afinal, é quem tem a visão criativa para materializar uma história. Seja na personalidade do protagonista, seja nos personagens adicionados à trama, ou nas passagens alteradas para a fluidez narrativa, Noé é um trabalho impecável, ainda que de difícil empatia. [...]

Esta foto já mostra um "furo": a chuva cai sete dias depois de a arca ser fechada


(Roberto Sadovski, UOL)

Nota: Como não assisti (e agora nem sei se vou) ao filme “Noé”, tomo como base os comentários do Roberto Sadovski para tecer minhas opiniões. Mais uma vez Hollywood perdeu a chance de produzir um filme fidedigno ao relato que lhe serve de inspiração. É interessante notar como pessoas (e mesmo críticos de cinema) que leram livros depois adaptados para filmes quase sempre reclamam da falta de fidelidade à história original. Mas, quando se trata da Bíblia, parece ser virtude se afastar o máximo possível do texto. Parece até haver uma “agenda oculta”, nesse caso. Para que retratar as histórias bíblicas com precisão, se é possível misturá-las com conceitos antibíblicos, como o evolucionismo? Para que defender a ideia de que o dilúvio (e outros relatos bíblicos) são eventos históricos, se se pode compará-los a mitos (embora a existência de mais de 200 relatos do dilúvio em diversas culturas seja, na verdade, uma boa evidência a favor da historicidade do evento)? Outro “detalhe” curiosamente perturbador (para mim): Deus é apresentado como simplesmente o Criador. Será que a ideia é mostrar um Ser distante, não o Pai apresentado nas Escrituras? E se é assim, por que os anjos caídos são tão “simpáticos”, a ponto de ter ajudado o ser humano e até dado uma mãozinha na construção a arca? Que história é essa?! A única coisa boa que li na resenha acima foi a opinião de Crowe, para quem as evidências físicas e geológicas em todo o planeta corroboram que, um dia, fomos cobertos por água. [MB]


Fonte: Criacionismo