Talvez alguns de nós, principalmente aqueles que tiveram a felicidade de serem educados desde o berço na nossa Igreja, nunca se tenham questionado acerca do assunto; mas valerá a pena parar um pouco para pensar nas razões pelas quais escolhemos ser e manter-nos como Adventistas do Sétimo Dia.
É evidente que quando alguém decide tornar-se membro desta igreja não tendo nela crescido, torna-se um pouco mais fácil perceber e identificar essas razões: afinal,grandes mudanças foram efetuadas, houve decisões que implicaram séria rutura e foi adquirida toda uma série de comportamentos (não apenas os visíveis, mas também os internos) que, normalmente, não deixam margem para dúvidas.
Por outro lado, quando alguém desde sempre fez parte da igreja, nunca viveu (e graças a Deus por isso!) uma outra experiência de vida religiosa que não esta, corre o risco de tudo parecer excessivamente natural, um processo rotineiro no qual nos integramos sem refletir nas razões exatas pelas quais essa pertença existe e se mantém.
Não poucas vezes, ouvi alguns amigos (não necessariamente Adventistas) explicarem a sua filiação religiosa nos seguintes termos: "os meus pais já tinham esta crença, foi assim que me ensinaram, e desde sempre fui assim...". Pois bem, respeitando as decisões que cada um queira invocar, esta não é uma razão válida, objetiva, que demonstre substrato e conteúdo - é apenas uma evidência que também serviria para explicar porque razão os peixes nadam...
Assim, cabe elaborar algum pensamento à volta do porquê de sermos Adventistas do Sétimo Dia. Por isso, quero partilhar a minha visão sobre este assunto.
Quando olho para a nossa Igreja, encontro imensas razões para dela fazer parte - as nossas crenças fundamentadas na Bíblia e só na Bíblia; o Espírito de Profecia que nela existe; a defesa dos Dez Mandamentos; a proclamação da breve volta de Jesus; a comissão evangélica, reforçada em Apocalipse 14; o envolvimentos e as atividades dos jovens; o trabalho humanitário que desenvolvemos, a assistência e serviço social que prestamos; a reforma da saúde; etc..
Se quiser, reveja os pontos do parágrafo anterior (e outros que lhe tenham surgido) e repare que os podemos dividir em dois grupos: aqueles que nos são como que exclusivos(principalmente se vistos como um todo); e, aqueles que podemos indentificar também em outras confissões religiosas.
Isto para dizer que, à boa maneira protestante, eu sou Adventista do Sétimo Dia, não porque nós somos mais uma Igreja que existe e, simplesmente, desenvolve a sua atividade, mas sim porque temos algo de distinto, de específico a experimentar, viver e partilhar. E, por muito valor que lhes reconhecemos, não são os serviços que a Igreja presta que nos fazem Adventistas do Sétimo Dia - antes, é a NOSSA MENSAGEM ADVENTISTA distinta e concreta que define quem somos, que incute razão e propósito à nossa existência!
Eu valorizo o trabalho da ADRA e espero que continue sempre e cada vez com mais intensidade; mas não é por isso que eu sou Adventista! Eu admiro a dedicação dos nossos jovens que progridem moral e espiritualmente nos grupos de Desbravadores, e espero que assim sigam sempre; mas não é por isso que eu sou Adventista! Eu aprecio o esforço das nossas irmãs que desenvolvem e partilham os seus dons na cozinha vegetariana e sei que essa obra avançará sem parar; mas não é por isso que eu sou Adventista!
Eu sou Adventista do Sétimo por aquilo que torna esta Igreja única aos olhos de Deus: a Bíblia e só a Bíblia! Os Dez Mandamentos, em particular o Sábado! A breve volta de Jesuse a sua proclamação! A nossa interpretação da profecia de Daniel, especialmente 8:14! Arevelação de Apocalipse, com grande relevância no verso 14:7! E sim, eu sou Adventista do Sétimo Dia também devido a Apocalipse 13!
Ou seja, é a MENSAGEM que temos - e não devemos nunca alterar, nem sequer afrouxar ou diminuir de intensidade - e a aceitação que dela faço, que faz de mim um Adventista do Sétimo Dia! Centrar as razões dessa filiação e mesmo visibilidade para o exterior em tudo o resto, é perder propósito e razão de existir...
Fonte: O Tempo Final
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