sábado, maio 12, 2012

Cuidado com a Marcação de Datas


Vez por outra aparece alguém tentando marcar datas para eventos futuros, em especial os relacionados às profecias distintivas dos Adventistas: saída do decreto dominicial, fechamento da porta da graça, chuva serôdia, etc. (clique aqui e veja mais).


Também costuma-se aparecer algum "vidente" de plantão tentando decifrar os "códigos proféticos", e determinar o dia da volta de Jesus. Em tempos de cumprimentos de sinais, como os que estamos vivenciando hoje, ai é que aparecem os "marcadores de datas"! Aliás, já tem gente dizendo que Jesus vai voltar agora no mês de junho de 2012 (veja a notícia)
No início do Movimento Adventista, logo após o desapontamento profético de 22-10-1844 d.C., alguns continuaram marcando datas, especialmente para o retorno de Cristo (destes, posteriormente, surgiram alguns que originaram o grupo cristão que afirma que Jesus "já" voltou, desde 1914). É uma pena que até hoje a Igreja Adventista do 7º Dia, que não defende qualquer tentativa de determinar temporalmente este tipo de evento, seja erroneamente conhecida como uma seita que realizou tais equívocos escriturísticos.
Pr. Demóstenes Neves (professor do Seminário do IAENE), exímio defensor das doutrinas Adventistas (em especial de temas como Trindade e Dízimos) fez um apanhado de 15 verdades sobre a marcação de datas para a volta de Jesus, segundo o Espírito de Profecia (veja mais em "Mensagens Escolhidas", vol. 1, cap. 23):
1. Fique claro que não nos pertence saber o tempo que Deus reservou para Si (Atos 1:3 a 8). E isso vale para os nossos dias (Mens. Escolhidas, vol. 1, p. 185-186).
2. Deus não revelou esse tempo.
3. Em vez de vivermos preocupados na expectativa de algum tempo especial de excitação ou exaurir as energias de nossa mente em especulações quanto ao tempo e as estações, devemos fazer o que é preciso para que as almas sejam salvas (Mens. Escolhidas, vol. 1, p. 186).
4. “Satanás está sempre pronto a encher a mente com teorias e cálculos que desviam homens da verdade presente, e inabilitam-nos para dar a mensagem do terceiro anjo ao mundo” (Idem).
5. “Jesus não veio assombrar os homens com alguns grandes pronunciamentos de um tempo especial em que havia de ocorrer algum grande acontecimento, mas veio instruir e salvar os perdidos” (Idem, p. 187).
6. Progredíssemos nós em conhecimento espiritual, e veríamos a verdade se desenvolvendo e expandindo em sentidos com que mal temos sonhado, porém ela jamais se desenvolverá em quaisquer direções que nos levem a imaginar que podemos saber os tempos e as estações que o Pai estabeleceu pelo Seu próprio poder (Idem, p. 188).
7. “Tenho sido repetidamente advertida com referência a marcar tempo. Nunca mais haverá para o povo de Deus uma mensagem baseada em tempo” (Idem).
8. “Não devemos saber o tempo definido nem para o derramamento do Espírito Santo nem para a vinda de Cristo” (Idem).
9. “O Senhor mostrou-me que a mensagem deve ir, e que não deve depender de tempo; pois o tempo nunca mais será uma prova [após 1844]” (Idem).
10. “Vi que alguns estavam ficando com uma falsa excitação, nascida de pregar-se o tempo; vi que a terceira mensagem angélica pode subsistir sobre seu próprio fundamento, e que não precisa nenhum tempo para fortalecê-la, e que ela irá com forte poder, e será abreviada em justiça” (Idem).
11. “Os tempos e estações, Deus estabeleceu por Seu próprio poder. E por que não nos deu esse conhecimento? - Porque não faríamos dele o devido uso, caso Ele assim fizesse. Desse conhecimento viria em resultado um estado de coisas entre o nosso povo, que retardaria grandemente a obra de Deus no preparar um povo para subsistir naquele grande dia que há de vir. Não devemos viver em excitação acerca de tempo” (Idem, p. 189). 
12. “Jesus disse aos Seus discípulos: ‘vigiai’, mas não para um tempo definido. Seus seguidores devem encontrar-se na posição dos que estão à escuta das ordens de seu Comandante; devem vigiar, esperar, orar, e trabalhar à medida que se aproxima o tempo da vinda do Senhor; ninguém, no entanto, será capaz de predizer exatamente quando virá aquele tempo; pois ‘daquele dia e hora ninguém sabe’. Não sereis capazes de dizer que Ele virá dentro de um, dois, ou cinco anos, nem deveis retardar Sua vinda, declarando que não será por dez ou vinte anos” (Idem).
13. “Deus não nos revelou o tempo em que esta mensagem será concluída, ou quando terá fim o tempo da graça. As coisas reveladas aceitaremos para nós e nossos filhos, não busquemos, porém, saber aquilo que foi mantido em segredo nos concílios do Todo-Poderoso” (Idem, p. 191).
14. “Têm-me chegado cartas perguntando se tenho qualquer esclarecimento especial quanto ao tempo da terminação do tempo de graça; e respondo que tenho apenas esta mensagem a dar: ‘que agora é tempo de trabalhar, enquanto é dia, pois a noite vem, quando ninguém pode trabalhar’”. (Idem, p. 189).
15. “Não há, porém, nenhum mandamento para ninguém pesquisar as Escrituras a fim de verificar, se possível, quando terminará o tempo da graça. Deus não tem tal mensagem para quaisquer lábios mortais. Ele não quer que nenhuma língua mortal declare aquilo que Ele ocultou em Seus secretos concílios” (Idem, p. 191)
Portanto, se aparecer alguém em sua igreja dizendo que "descobriu" alguma data referente aos eventos futuros, saiba que Deus não está guiando este "falso profeta".
"As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei" - Deut. 29:29.
"Respondeu-lhes [Jesus]: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade" - Atos 1:7.

Por Gilson Medeiros

Nenhum comentário: