terça-feira, maio 12, 2009

10 Doenças mortíferas que contraímos de outras espécies (ou passamos para elas)

Algumas bactérias e alguns tipos de vírus, letais para uma espécie de animal, podem evoluir rapidamente e adquirir a capacidade de infectar uma outra espécie. Apesar do vírus da gripe ser uma infecção herdada dos pássaros, a gripe suína é o exemplo mais recente deste tipo de acontecimento – no entanto, há outras doenças que passaram de animais para humanos e de humanos para animais.
As infecções de espécies cruzadas podem ser originadas em fazendas ou em mercados (aqueles que vendem os animais vivos), onde o vírus de um animal pode ter contato com informações genéticas de outra espécie, podendo ocorrer uma mutação, para que o vírus possa infectar a espécie da qual “roubou” a informação genética.
Doenças passadas de animais para humanos são chamadas zoonoses. Mas não são apenas animais que podem infectar humanos. Com atividades aparentemente inocentes, como o ecoturismo, podemos dizimar populações de animais inteiras.
1. Gorilas passaram “Chato” para humanos

Humanos contraíram piolhos que se alojam nos pêlos pubianos de gorilas, ao que tudo indica. Mas não pegamos esse tipo de parasita dormindo com gorilas, no sentido sexual, sim dormindo nos mesmos locais que eles, estando próximos a eles. Aliás, os humanos são os únicos primatas que têm piolhos no cabelo e nos pelos pubianos (chimpanzés têm apenas os de cabelo e você já sabe quais são os parasitas dos gorilas).

2. Vírus humanos matou chimpanzés
O ecoturismo foi um combustível para verdadeiras epidemias de doenças respiratórias entre os chimpanzés. Os vírus chamados de metapneumovírus humano (HMPV) e o vírus sincicial respiratório (HRSV) chegaram a matar crianças de países em desenvolvimento. Praticamente todos nós temos contato com esses vírus e, naturalmente, desenvolvemos anticorpos para lutar contra eles. No entanto, no primeiro caso comprovado de vírus transmitidos de humanos para animais, foram mortos populações inteiras de primatas africanos, desde 1999 até 2006.

3. Pólio e Antrax

Estudar populações de animais selvagens pode ser complicado. Mas cientistas especulam que alguns chimpanzés de uma região na Tanzânia contraíram Pólio de humanos. Também há indícios que os chimpanzés contraíram uma espécie de sífilis, que não é transmitida sexualmente, dos humanos. E gorilas e chimpanzés do oeste africano foram mortos por uma onda de Antrax, que provavelmente originou-se no gado criado pelos humanos – ainda há cientistas que acreditam que ele pode ter se originado, naturalmente, na floresta.

4. Ebola

O ebola é uma ameaça aos gorilas e chimpanzés da África Central e pode ter sido espalhado entre os humanos por pessoas que comeram a carne de animais infectados. A doença evoluiu e agora pode ser transmitida de humano para humano, e matou centenas de pessoas. Os sintomas são febre, fraqueza, dor de cabeça e dor de garganta, vômito, diarréia, problemas nos rins e no fígado, e, na maior parte dos casos, sangramento interno e externo. Dependendo do tipo do vírus pode ser mortal em até 90% dos casos.

5. Úlceras felinas

Um grande felino (provavelmente uma espécie de tigre) que estava “jantando” as entranhas de um dos nossos ancestrais contraiu a bactéria causadora da úlcera - a Helicobacter pylori. Agora, o problema é comum entre onças, tigres e leões.

6. A vingança dos felinos: parasita da insanidade

O parasita bizarro Toxoplasma gondii infecta o cérebro de mais da metade da população humana mundial. Cientistas acreditam que ele possa aumentar o risco de esquizofrenia e de neuroses. No entanto, seu hospedeiro primário são gatos domésticos – e você pode virar o hospedeiro secundário quando tem contato com as fezes do animal.

7. HIV/Aids

O HIV, o vírus da Aids, se originou em chimpanzés e em outros primatas. Supõe-se que o primeiro humano a ter contraído a doença viveu há mais de um século atrás. A Aids destrói o sistema imunológico do organismo, deixando-nos suscetíveis a infecções letais ou a câncer. Um exemplo? A tuberculose mata 250 mil pessoas que possuem o HIV por ano.

8. Doenças que picam

Inúmeras zoonoses (e o número está crescendo) são contraídas por mordidas ou picadas de animais. Os campeões da “transmissão” são os mosquitos. A malária, por exemplo, transmitida pela picada de um mosquito, infecta 350 milhões de pessoas (ou mais) todos os anos. A dengue, por sua vez, infecta 50 milhões de pessoas anualmente. O problema está crescendo, e os cientistas avisam que o aquecimento global não vai contribuir para a diminuição do problema – já que os mosquitos transmissores dos vírus preferem climas quentes. Se contarmos os nossos animais domésticos na lista de transmissores de doença, sabe-se que 55 mil pessoas morrem de raiva (hidrofobia), todos os anos, e ela é contraída através de mordidas, principalmente de cachorros. E, de vez em quando, você não precisa nem ser mordido ou picado para ser infectado. O hantavírus pode ser contraído através do ar que respiramos, se este estiver contaminado por fezes de rato.

9. A peste bubônica

Nenhuma epidemia consegue “quebrar o recorde” da peste bubônica, ou peste negra, em termos de impacto global. Cadáveres eram empilhados nas ruas da Europa e do Egito e pela Ásia. 75 milhões de pessoas morreram - em um tempo onde só existiam 360 milhões de pessoas no planeta (lá por 1300). A morte chegava em poucos dias e era incrivelmente dolorosa. A praga é uma doença causada por uma bactéria que, por sua vez, é carregada por roedores e gatos – mas ela se torna mais mortal quando é transmitida de humano para humano. Os sintomas incluem febre, calafrios, fraqueza e nódulos doloridos na pele. Mesmo nos dias de hoje, se não for tratada rapidamente, pode ocasionar morte.

10. Pandemias de Influenza

A gripe suína, em termos de contágio, não é nada perto de outras “gripes” que aconteceram na história da humanidade. Mas, com mais pessoas no mundo e com a maioria delas agrupadas em cidade, ainda devemos temer essas doenças. A história da gripe é assustadora. A pandemia de 1918, Gripe Espanhola, se espalhou pelo mundo em questão de meses e matou entre 50 e 100 milhões de pessoas (a doença que matou mais pessoas em menos tempo, de acordo com os registros). Em um ano, a expectativa de vida mundial caiu 12 anos. Atualmente, os governos estão mais preparados cientificamente e logisticamente para lidar com as gripes. Mesmo assim, ainda não há vacina para a gripe suína e pode levar meses, ou mais, para desenvolvermos uma.

Fonte: Hypescience

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