quarta-feira, fevereiro 25, 2009

“Dias de Dores e Desgosto”

“Porque todos os seus dias são dores, e o seu trabalho, desgosto; até de noite não descansa o seu coração; também isto é vaidade”.Eclesiastes 2:23.
O ser humano foi criado para ser feliz, pleno de gozo, e completo em perfeição. Tão logo o pecado maculou nosso mundo, o próprio Deus proferiu as conseqüências da desobediência: “E à mulher disse: Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores darás à luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará... E a Adão disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses, maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida... No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes a terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás”. Gênesis 3:16, 17 e 19.
Se olharmos com atenção, os dias de dores e desgosto do homem começaram no Éden. Salomão é um exemplo vivo de cada um de nós: Ele levou muito tempo trabalhando e lutando para conseguir as coisas, para finalmente chegar à conclusão de que tudo nessa vida é vaidade. Deus já havia dito desde o início, que a vida do homem seria canseira e enfado, mas nós sempre vivemos com a ilusão de que alcançaremos sucesso aqui.
O que precisamos aprender é que o sucesso ou o êxito deste mundo, nunca será suficiente para nos satisfazer. Sempre que alcançarmos algo, nosso ego já se fixará em outro objetivo, e parece que estamos numa corrida que nunca acaba. O sábio fala que nossa ambição alcança níveis tão altos, que até involuntariamente o nosso coração não descansa a noite. Infelizmente a nossa luta pela sobrevivência pelo êxito da vida, tem trazido mais dores e desgostos, do que sucesso e alegria. A fadiga, o enfado da alma, tem levado o homem moderno a buscar prazeres para satisfazer o coração. A transitoriedade das coisas e da própria vida tem sido um inimigo mortal do ser humano. Nossa hereditariedade eterna nos compele a buscar a felicidade plena, mas o inimigo tenta nos enganar com as coisas terrenas.
O homem do século XXI tem encontrado alívio na religião. O número de igrejas e membros cresce de uma maneira extraordinária. Entretanto, filiar-se a uma religião, ou mesmo dizer-se seguidor de Cristo, não quer dizer que não teremos dores nesta vida. Há pessoas que pensam que porque se tornaram seguidores de Cristo já não terão mais problemas. Dores, tristeza, e sofrimento, são características da terra do pecado. Jesus disse: “No mundo, tereis aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”.S. João 16:33. Notem que a certeza da vitória de Cristo como nossa vitória, é um fator decisivo para suportar as angústias deste mundo. A Bíblia diz que Jesus foi um homem de dores e que sabe o que é padecer. Cada cristão hoje deveria saber o que é padecer. Salomão fala que o cotidiano é cheio de dores. Por mais que busquemos usufruir a plenitude do nosso viver com as coisas terrenas, nunca alcançaremos a satisfação completa. O aparente êxito que achamos possuir, o sábio chama de vaidade.
As aflições deste mundo estão minando a nossa confiança em Deus. Segui-Lo não é sinônimo de prosperidade, mas de submissão, amor e serviço. O conceito de cristão está sendo mudado por uma cultura religiosa comodista. Mais que nunca precisamos olhar para Cristo. Precisamos aprender dEle como enfrentar as adversidades, e entender que a grandeza desta nossa caminhada está em amar e servir como Ele amou. Os sofrimentos dos dias atuais é um preço muito baixo a ser pago, tendo em vista a glória que vamos receber quando Ele vier.
Pr. Dilson Bezerra

Nenhum comentário: