Os adventistas do sétimo dia acreditam que os escritos de Ellen White são iguais às Escrituras, ou constituem um acréscimo a elas? Se a Bíblia é todo-suficiente, por que precisamos dos escritos de Ellen White?
Os adventistas do sétimo dia acreditam que "os escritos de Ellen White não constituem um substituto para a Bíblia. Não podem ser colocados no mesmo nível. As Escrituras Sagradas ocupam posição única, pois são o único padrão pelo qual os seus escritos - ou quaisquer outros - devem ser julgados e ao qual devem estar subordinados" (Nisto Cremos, p. 305). Outro meio de enfocar esta questão é perguntando por que a igreja necessitaria de qualquer dos dons prometidos do Espírito Santo. Ellen White respondeu esta questão na introdução de seu livro O Grande Conflito Entre Cristo e Satanás: Em Sua Palavra, Deus conferiu aos homens o conhecimento necessário à salvação. As Santas Escrituras devem ser aceitas como autorizada e infalível revelação de Sua vontade. Elas são a norma do caráter, o revelador das doutrinas, a pedra de toque da experiência religiosa. "Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra." - II Tim. 3:16 e 17.
Todavia, o fato de que Deus revelou Sua vontade aos homens por meio de Sua Palavra, não tornou desnecessária a contínua presença e direção do Espírito Santo. Ao contrário, o Espírito foi prometido por nosso Salvador para aclarar a Palavra a Seus servos, para iluminar e aplicar os seus ensinos. E visto ter sido o Espírito de Deus que inspirou a Escritura Sagrada, é impossível que o ensino do Espírito seja contrário ao da Palavra. O Espírito não foi dado - nem nunca o poderia ser - a fim de sobrepor-Se à Escritura; pois esta explicitamente declara ser ela mesma a norma pela qual todo ensino e experiência devem ser aferidos. Diz o apóstolo João: "Não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus; porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo." - I João 4:1. E Isaías declara: "À lei e ao Testemunho! se eles não falarem segundo esta palavra, não haverá manhã para eles." - Isa. 8:20.
Em harmonia com a Palavra de Deus, deveria Seu Espírito continuar Sua obra durante todo o período da dispensação evangélica. Durante os séculos em que as Escrituras do Antigo Testamento bem como as do Novo estavam sendo dadas, o Espírito Santo não cessou de comunicar luz a mentes individuais, independentemente das revelações a serem incorporadas no cânon sagrado. A Bíblia mesma relata como, mediante o Espírito Santo, os homens receberam advertências, reprovações, conselhos e instruções, em assuntos de nenhum modo relativos à outorga das Escrituras. E faz-se menção de profetas de épocas várias, de cujos discursos nada há registrado. Semelhantemente, após a conclusão do cânon das Escrituras, o Espírito Santo deveria ainda continuar a Sua obra, esclarecendo, advertindo e confortando os filhos de Deus.
Jesus Cristo prometeu a Seus discípulos: O "Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em Meu nome, Esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito". - João 14:26. "Quando vier aquele Espírito de verdade, Ele vos guiará em toda a verdade; ... e vos anunciará o que há de vir." - João 16:13. As Escrituras claramente ensinam que estas promessas, longe de se limitarem aos dias apostólicos, se estendem à igreja de Cristo em todos os séculos. O Salvador afirma a Seus seguidores: "Estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos." - Mat. 28:20. E Paulo declara que os dons e manifestações do Espírito foram postos na igreja para "o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo". - Efés. 4:12 e 13. A favor dos crentes da igreja de Éfeso o apóstolo Paulo orava "para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dEle, iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento... e qual a suprema grandeza do Seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder". - Efés. 1:17-19. Era a ministração do Espírito na iluminação do entendimento e desvendação dos olhos do espírito humano para penetração das coisas profundas da Palavra de Deus, que o apóstolo suplicava para a igreja de Éfeso.
Depois da maravilhosa manifestação do Espírito Santo no dia de Pentecoste, Pedro exortou o povo a arrepender-se e batizar-se em nome de Cristo, para a remissão de seus pecados; e disse ele: "E recebereis o dom do Espírito Santo; porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar." - Atos 2:38 e 39. Em imediata relação com as cenas do grande dia de Deus, o Senhor, pelo profeta Joel, prometeu uma manifestação especial de Seu Espírito. (Joel 2:28).
A Primazia da Palavra
A relação dos escritos de Ellen G. White para com a Bíblia reconhecida no primeiro livro
Recomendo-vos, caro leitor, a Palavra de Deus como regra de vossa fé e prática. Por essa Palavra seremos julgados. Nela Deus prometeu dar visões nos "últimos dias"; não para uma nova regra de fé, mas para conforto do Seu povo e para corrigir os que se desviam da verdade bíblica. Assim tratou Deus com Pedro, quando estava para enviá-lo a pregar aos gentios. Primeiros Escritos p. 78.
Recomendo-vos, caro leitor, a Palavra de Deus como regra de vossa fé e prática. Por essa Palavra seremos julgados. Nela Deus prometeu dar visões nos "últimos dias"; não para uma nova regra de fé, mas para conforto do Seu povo e para corrigir os que se desviam da verdade bíblica. Assim tratou Deus com Pedro, quando estava para enviá-lo a pregar aos gentios. Primeiros Escritos p. 78.
Não para tomar o lugar da Palavra
O Senhor deseja que estudeis a Bíblia. Ele não deu alguma luz adicional para tomar o lugar de Sua Palavra. Esta luz deve conduzir as mentes confusas a Sua Palavra, a qual, se for comida e assimilada, é como o sangue que dá vida à alma. Então serão vistas boas obras como luz brilhando nas trevas. Carta 130, 1901.
O Senhor deseja que estudeis a Bíblia. Ele não deu alguma luz adicional para tomar o lugar de Sua Palavra. Esta luz deve conduzir as mentes confusas a Sua Palavra, a qual, se for comida e assimilada, é como o sangue que dá vida à alma. Então serão vistas boas obras como luz brilhando nas trevas. Carta 130, 1901.
Obter provas da Bíblia
No trabalho público não torneis proeminente nem citeis o que a Irmã White tem escrito, como autoridade para apoiar vossas posições. Fazer isto não aumentará a fé nos testemunhos. Apresentai vossas provas, claras e simples, da Palavra de Deus. Um "Assim diz o Senhor" é o mais forte testemunho que podeis apresentar ao povo. Que ninguém seja instruída a olhar para a Irmã White, e, sim, ao poderoso Deus, que dá instruções à Irmã White. Carta 11, 1894.
No trabalho público não torneis proeminente nem citeis o que a Irmã White tem escrito, como autoridade para apoiar vossas posições. Fazer isto não aumentará a fé nos testemunhos. Apresentai vossas provas, claras e simples, da Palavra de Deus. Um "Assim diz o Senhor" é o mais forte testemunho que podeis apresentar ao povo. Que ninguém seja instruída a olhar para a Irmã White, e, sim, ao poderoso Deus, que dá instruções à Irmã White. Carta 11, 1894.
Não para proporcionar nova luz
A Palavra de Deus é suficiente para iluminar o espírito mais obscurecido, e pode ser compreendida de todo o que sinceramente deseja entendê-la. Mas, não obstante isto, alguns que dizem fazer da Palavra de Deus o objeto de seus estudos, são encontrados vivendo em oposição direta a alguns de seus mais claros ensinos. Daí, para que tanto homens como mulheres fiquem sem escusa, Deus dá testemunhos claros e decisivos, a fim de reconduzi-los à Sua Palavra, que negligenciaram seguir.A Palavra de Deus está repleta de princípios gerais para a formação de hábitos corretos de vida, e os testemunhos, tanto gerais como individuais, visam chamar a sua atenção particularmente para esses princípios. - Testemunhos Seletos , vol. 2, p. 279. Um dos dons do Espírito Santo é a profecia. Este dom é uma característica da Igreja remanescente e foi manifestado no ministério de Ellen G. White. Como a mensageira do Senhor, seus escritos são uma contínua e autorizada fonte de verdade e proporcionam conforto, orientação, instrução e correção à Igreja. Eles também tornam claro que a Bíblia é a norma pela qual deve ser aprovado todo ensino e experiência. Encontramos apoio para esta afirmação nas seguintes passagens bíblicas: Joel 2:28,29; Atos 2:14-21; Hebreus 1:1-3; Apocalipse 12:17; Apocalipse 19:10.
A Palavra de Deus é suficiente para iluminar o espírito mais obscurecido, e pode ser compreendida de todo o que sinceramente deseja entendê-la. Mas, não obstante isto, alguns que dizem fazer da Palavra de Deus o objeto de seus estudos, são encontrados vivendo em oposição direta a alguns de seus mais claros ensinos. Daí, para que tanto homens como mulheres fiquem sem escusa, Deus dá testemunhos claros e decisivos, a fim de reconduzi-los à Sua Palavra, que negligenciaram seguir.A Palavra de Deus está repleta de princípios gerais para a formação de hábitos corretos de vida, e os testemunhos, tanto gerais como individuais, visam chamar a sua atenção particularmente para esses princípios. - Testemunhos Seletos , vol. 2, p. 279. Um dos dons do Espírito Santo é a profecia. Este dom é uma característica da Igreja remanescente e foi manifestado no ministério de Ellen G. White. Como a mensageira do Senhor, seus escritos são uma contínua e autorizada fonte de verdade e proporcionam conforto, orientação, instrução e correção à Igreja. Eles também tornam claro que a Bíblia é a norma pela qual deve ser aprovado todo ensino e experiência. Encontramos apoio para esta afirmação nas seguintes passagens bíblicas: Joel 2:28,29; Atos 2:14-21; Hebreus 1:1-3; Apocalipse 12:17; Apocalipse 19:10.
A Bíblia é o padrão supremo
Os adventistas do sétimo dia apóiam plenamente o princípio da Reforma, sola scriptura, a Bíblia como seu próprio intérprete e a Bíblia sozinha, como base de todas as doutrinas. Os fundadores da igreja desenvolveram suas crenças fundamentais através do estudo da Bíblia; não receberam tais doutrinas através das visões de Ellen White. Seu principal papel durante o desenvolvimento das doutrinas da igreja foi orientar a compreensão da Bíblia e confirmar as conclusões às quais se chegava através do estudo da Bíblia.
Os adventistas do sétimo dia apóiam plenamente o princípio da Reforma, sola scriptura, a Bíblia como seu próprio intérprete e a Bíblia sozinha, como base de todas as doutrinas. Os fundadores da igreja desenvolveram suas crenças fundamentais através do estudo da Bíblia; não receberam tais doutrinas através das visões de Ellen White. Seu principal papel durante o desenvolvimento das doutrinas da igreja foi orientar a compreensão da Bíblia e confirmar as conclusões às quais se chegava através do estudo da Bíblia.
A própria Ellen White cria e ensinava que a Bíblia representa a norma final da igreja. Em seu primeiro livro, publicado em 1851, ela escreveu: "Recomendo-vos, caro leitor, a Palavra de Deus como regra de vossa fé e prática. Por essa Palavra seremos julgados." Ela jamais modificou esse ponto de vista. Anos mais tarde ela tornou a escreveu: "Em Sua Palavra, Deus conferiu aos homens o conhecimento necessário à salvação. As Santas Escrituras devem ser aceitas como autorizada e infalível revelação de Sua vontade. Elas são a norma do caráter, o revelador das doutrinas, a pedra de toque da experiência religiosa." Em 1909, durante sua última palestra perante uma sessão da Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia, ela abriu sua Bíblia, ergueu-a diante da congregação, e disse: "Irmãos e irmãs, eu vos recomendo este Livro."
Em resposta aos crentes que consideravam seus escritos como uma adição à Bíblia, ela escreveu, dizendo: "Tomei a preciosa Bíblia e circundei-a com os vários Testemunhos Para a Igreja, concedidos ao povo de Deus... Não estais familiarizados com as Escrituras. Se tivésseis feito da Palavra de Deus objeto de estudo regular, com o desejo de alcançar os padrões bíblicos e de atingir a perfeição cristã, não teria havido necessidade dos Testemunhos. É porque negligenciastes familiarizar-vos com o Livro inspirado de Deus, que Ele procurou alcançar-vos através de testemunho simples e direto, chamando a atenção para as palavras da inspiração que negligenciastes obedecer, insistindo em que a vossa vida se paute de acordo com esses puros e elevados ensinos."
Ellen White fez da aceitação de seu ministério profético um pré-requisito para alguém se unir à Igreja Adventista do Sétimo Dia?
Falando daqueles que "não se opunham" ao seu dom profético, mas que, por várias razões, ainda estavam indecisos quanto ao seu ministério, Ellen White escreveu:
Essas pessoas não devem ser privadas dos benefícios e privilégios da igreja, se no demais sua conduta cristã é correta e têm um bom caráter cristão...
Alguns, foi-me mostrado, poderiam receber as visões publicadas, julgando a árvore pelos seus frutos. Outros são como o duvidoso Tomé; não podem crer nos Testemunhos publicados, nem receber evidências através do testemunho de outros, mas precisam ver e ter evidências por si mesmos. Estes não devem por isso ser postos de lado, mas deve ser exercida para com eles longa paciência e amor fraternal até que tomem posição e assumam opinião definida contra ou a favor. Se, porém, passarem a combater as visões, das quais não têm nenhum conhecimento; se levarem a sua oposição ao ponto de opor-se àquilo em que não têm nenhuma experiência, e se sentirem contrariados quando aqueles que crêem que essas visões são de Deus falarem delas nas reuniões, e se os confortarem com a instrução dada através delas, a igreja pode saber que eles não estão certos" - (Testemunhos Para a Igreja , vol. 1, p. 328).
Algumas regras básicas para interpretar corretamente os escritos de Ellen White
“Muitos homens tomam os testemunhos que o Senhor tem dado, e aplicam-nos como lhes parece que deviam ser aplicados, pegando uma sentença aqui e ali, tirando-a de sua devida ligação, e aplicando-a segundo a sua idéia. Assim ficam pobres almas perplexas quando, pudessem elas ler em ordem tudo quanto foi dado, veriam a verdadeira aplicação, e não ficariam confundidas.”
“Muitos homens tomam os testemunhos que o Senhor tem dado, e aplicam-nos como lhes parece que deviam ser aplicados, pegando uma sentença aqui e ali, tirando-a de sua devida ligação, e aplicando-a segundo a sua idéia. Assim ficam pobres almas perplexas quando, pudessem elas ler em ordem tudo quanto foi dado, veriam a verdadeira aplicação, e não ficariam confundidas.”
As oito regras básicas de interpretação que abrangem o contexto mais amplo de um documento incluem:
· Regra Um: Inclua tudo que o profeta disse sobre o assunto antes de tirar uma conclusão.
· Regra Dois: Cada declaração deve ser compreendida dentro de seu contexto histórico. Devem-se estudar o tempo, o lugar e as circunstâncias sob as quais a declaração foi feita, a fim de compreender-se o seu sentido.
· Regra Três: Deve-se reconhecer o princípio básico de cada declaração de conselho ou instrução a fim de entender sua relevância para os que se acham em diferentes tempos e lugares.
· Regra Quatro: Devemos usar o bom senso e a razão santificada ao analisarmos a diferença entre princípios e normas. Durante os comentários que fez na reunião de diretoria da escola de Santa Helena em 1904, Ellen White voltou a enfatizar um princípio de hermenêutica que serviria de ajuda para eles e para outros quando tentassem aplicar o princípio à norma. Ela observou que os membros da igreja estavam entendendo as palavras dela de maneira legalista e irrefletida: “Ora, a irmã White disse assim e assim, e a irmã White falou isto ou aquilo; e portanto, procederemos exatamente de acordo com isso”.
Sua resposta: “Deus quer que todos nós sejamos sensatos, e deseja que raciocinemos movidos pelo bom senso. As circunstâncias modificam a relação das coisas”.
Sua resposta: “Deus quer que todos nós sejamos sensatos, e deseja que raciocinemos movidos pelo bom senso. As circunstâncias modificam a relação das coisas”.
· Regra Cinco: Devemos estar certos de que supostas citações foram de fato escritas pelo autor a quem são atribuídas.
· Regra Seis: Embora sem contradizê-los, devemos levar em consideração a experiência de amadurecimento dos escritores, e até mesmo dos profetas, já que para eles a verdade se desdobra somente tão rápido quanto eles são capazes de entendê-la.
· Regra Sete: Em alguns casos, uma pessoa deve compreender a experiência de um acontecimento, direta ou indiretamente, antes de compreender a verdade do acontecimento.
Este pensamento pode soar estranho para a mente indagadora. Mas pense nos astrônomos e nos neurocirurgiões (ou pesquisadores de código genético, especialistas em microchips, etc.) que passam toda a vida ampliando seu conhecimento, e ainda assim se sentem extremamente admirados ante o que se abre perante eles.
· Regra Oito: Nem tudo na Bíblia e nos escritos de Ellen White pode ser compreendido à primeira vista, ou mesmo após anos de estudo.
Este pensamento pode soar estranho para a mente indagadora. Mas pense nos astrônomos e nos neurocirurgiões (ou pesquisadores de código genético, especialistas em microchips, etc.) que passam toda a vida ampliando seu conhecimento, e ainda assim se sentem extremamente admirados ante o que se abre perante eles.
Fonte: Centro White
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