sexta-feira, julho 03, 2009

Fé, não Sentimento

Sentimentos não são bom parâmetro para sua vida espiritual, e sim, a Palavra de Deus.
"Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé.” Ao ler esse texto, algumas pessoas conscienciosas começam imediatamente a criticar cada sentimento e emoção. Esse, porém, não é o autoexame correto. Os bons sentimentos e emoções não devem ser testados. A vida e o caráter devem ser comparados pelo único padrão de caráter: a santa lei de Deus. Os frutos revelam a natureza da árvore. Nossas obras, não os nossos sentimentos, testificam ao nosso respeito.
Os sentimentos, sejam eles encorajadores ou não, não devem ser o parâmetro da nossa condição espiritual. Devemos determinar nossa verdadeira posição diante de Deus por meio de Sua Palavra. Muitos estão confusos sobre essa questão. Quando estão felizes e alegres, pensam que são aceitos por Deus. Quando, porém, alguma mudança ocorre e se sentem deprimidos, concluem que Deus os abandonou.
Recebendo a Misericórdia de Deus Deus não vê favoravelmente os auto-suficientes que ruidosamente exclamam: “Estou santificado, sou santo e sem pecado.” Esses são fariseus que não têm qualquer fundamento para sua afirmação. Aqueles que, por causa de seu sentimento de total indignidade, dificilmente ousam levantar os olhos ao Céu, estão mais perto de Deus do que os que afirmam tanta devoção. Eles são representados pelo publicano que batia no peito e orava: “Ó Deus, sê propício a mim, pecador”, e, ao contrário do fariseu auto-suficiente, foi para casa justificado.
Não é desejo de Deus que passemos pela vida sem confiança nEle. Devemos ao nosso Pai celestial uma visão mais generosa de Sua bondade do que Lhe é conferido pela manifestação de nossa descrença em Seu amor. Temos a evidência de Seu amor, evidência que intriga os anjos e está muito além da compreensão dos mais sábios seres humanos.
“Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou e enviou o Seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.” Deus doou Seu Filho para morrer por nós, quando ainda éramos pecadores. Podemos duvidar de Sua bondade?
Jesus Faz a Diferença
Contemple a Cristo. Permaneça em Seu amor e misericórdia. Sua alma, assim, se aborrecerá com tudo que é pecaminoso e será inspirada por um intenso anelo de obter a justiça de Cristo. Quanto mais claramente observarmos o Salvador, mais claramente discerniremos nossos defeitos de caráter. Confesse seus pecados a Cristo e, com verdadeira contrição de alma, coopere com Ele, abandonando tais pecados. Creia que já foram perdoados. A promessa é positiva: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” Esteja certo de que a Palavra de Deus não falhará. Aquele que prometeu é fiel. Da mesma forma que é seu dever confessar os seus pecados, é também o acreditar que Deus cumprirá fielmente Sua Palavra e o perdoará.
Fé na Promessa
Exercite sua fé em Deus. Quantos há que passam pela vida sob uma nuvem de condenação! Não creem na Palavra de Deus. Não têm fé de que Ele fará o que disse que faria. Muitos que anseiam ver outros descansando no amor perdoador de Cristo, não conseguem desfrutar desse descanso. Como, porém, levarão outros a desenvolver uma fé simples, semelhante à de uma criança, no Pai celestial, se medem seu amor por seus sentimentos?
Creiamos na Palavra de Deus incondicionalmente, lembrando-nos de que somos Seus filhos e filhas. Exercitemos nossa confiança em Sua Palavra. Ferimos o coração de Cristo quando duvidamos, mesmo tendo Ele nos dado tantas evidências de Seu amor. Ele entregou Sua vida para nos salvar. Ele nos diz: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve.”
Você crê que Ele fará o que disse? Então, após cumprir as condições, abandone o fardo de seus pecados. Coloque-os sobre o Salvador. Confie nEle.
Por Ellen G. White - Advent Review and Sabbath Herald, 21 de maio de 1908.

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