terça-feira, março 31, 2009

Decisões anacrônicas mostram incapacidade de Ratzinger em guiar o Vaticano

O tantã dos tambores não para. Depois de seu périplo africano e da polêmica sobre a Aids e os preservativos, afirmar que Joseph Ratzinger é um papa cada vez mais questionado é uma obviedade. Fora da Igreja não param as críticas e os ataques. Na França e na Alemanha as pesquisas entre católicos já registram a palavra "demissão" e governos, cidadãos e ONGs demonstram claramente seu descontentamento. Dentro do Vaticano as coisas estão iguais ou piores. O papa alemão foi eleito pelos cardeais por sua alta inteligência. Mas, como diz o veterano vaticanista e escritor Giancarlo Zizola, "estes primeiros quatro anos de papado sugerem que, por mais que sua inteligência seja finíssima, ela não basta para governar a Igreja".

Por isso há muitos bispos em guerra. Enquanto Ratzinger salta de um pântano para outro, a Igreja moderada, progressista e conciliar não aguenta mais. Segundo Zizola, o poder da Opus Dei, como nos tempos de Wojtyla e Navarro Valls, continua enorme. Di Giacomo não acredita que seja tanto. Mas a máquina de enredar está funcionando. Com o perdão dos lefebvrianos, o papa desprezou as correntes de sinal oposto, especialmente a Teologia da Libertação, que o mesmo freou há 25 anos. Ao fundo, já se fala em um possível substituto, o cardeal de Honduras Óscar Andrés Rodríguez Maradiaga. Mas isso a cúria decidirá.

(Diário da Profecia)

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