terça-feira, dezembro 07, 2010

É certo comemorar o Natal?

Quando chega esta época do ano, é comum surgirem algumas pessoas com dúvidas sobre se devemos ou não comemorar o Natal. Normalmente, estes irmãos têm receio em tomar parte de uma festa que é considerada como de origem pagã e blasfêma por alguns críticos.

Realmente, não há como dizer se Jesus nasceu em 25 de dezembro. E é quase certo que não tenha sido nesta data, em virtude de algumas "pistas" que são dadas no texto bíblico.

Já ouvi pessoas dizerem que não podemos comemorar o Natal porque ele foi criado para fazer reverência a deuses pagãos da Antigüidade, e até mesmo a árvore foi inventada para pendurar as cabeças dos cristãos, como aquelas bolas coloridas representam, segundo eles, apesar de que a Enciclopédia Virtual diz que a tradição de montar a Arvore de Natal, é atribuida a Lutero, o qual desejou mostrar a algumas crianças como estaria o céu na noite do nascimento de Jesus. Para fazer isso, Lutero apanhou uma árvore e a enfeitou com pequenas velas coloridas e maçãs vermelhas (para dar um aroma).

Nos dias atuais...

Eu e você não comemoramos o Natal para adorar qualquer deus pagão; tampouco enfeitamos as árvores para representar nossos irmãos degolados do passado. Para nós, o Natal é o momento de encerrarmos o ano com um espírito mais fraterno e solidário, unindo nossas famílias em laços de amor.

Se as comemorações do Natal verdadeiramente surgiram com objetivos pouco nobres, e os enfeites utilizados tenham algum significado místico ou blasfemo (o que parece ser mais lenda do que fato), isto não importa. O que vale é o espírito com que nós utilizamos esta data HOJE.

O mesmo ocorreu, por exemplo, com alguns hinos do nosso Hinário Adventista. Algumas composições que estão lá, e são cantadas para louvar a Deus centenas de vezes ao ano em nossos cultos, não foram criadas com o propósito de adoração litúrgica. Alguns eram cantados nos bares, ou são arranjos musicais de hinos nacionais, ou foram criados por pessoas que nunca guardaram os Mandamentos de Deus - e nem crentes eram!

Devemos, também, deixar de usar o Hinário por causa disso? É claro que não!

Fato curioso também ocorreu com as GRAVATAS. Há quem diga que elas foram criadas para serem um símbolo "fálico", ou seja, uma representação homossexual do órgão viril masculino. Você já parou para pensar que utilidade prática elas têm? Portanto, é provável que este "mito" tenha algum fundo de verdade...

Devemos, também, deixar de usar gravatas por causa disso? É claro que não!

Tanto com relação ao Hinário, quanto às gravatas... e o Natal... mesmo que sua origem seja duvidosa (e até obscura), o fato é que HOJE nós não os utilizamos como meio de blasfêmia, luxúrias, diversão ou representações homossexuais.

Para finalizar este comentário, quero apresentar algumas declarações inspiradas dos Testemunhos sobre a comemoração do Natal. Veja como Ellen White até incentiva o uso das comemorações e representações natalinas.

Citações do Lar Adventista, págs. 477-483:

"Para os jovens, de idade imatura, e mesmo para os de mais idade, é este [o Natal] um período de alegria geral, de grande regozijo".

"Sendo que o dia 25 de dezembro é observado em comemoração do nascimento de Cristo, e sendo que as crianças têm sido instruídas por preceito e exemplo que este foi indubitavelmente um dia de alegria e regozijo, será difícil passar por alto este período sem lhe dar alguma atenção. Ele pode ser utilizado para um bom propósito".

"Pelo mundo os feriados são passados em frivolidades e extravagância, glutonaria e ostentação. ... Milhares de dólares serão gastos de modo pior do que se fossem lançados fora, no próximo Natal e Ano Novo, em condescendências desnecessárias. Mas temos o privilégio de afastar-nos dos costumes e práticas desta época degenerada; e em vez de gastar meios meramente na satisfação do apetite, ou com ornamentos desnecessários ou artigos de vestuário, podemos tornar as festividades vindouras uma ocasião para honrar e glorificar a Deus".

"Deus muito Se alegraria se no Natal cada igreja tivesse uma árvore de Natal sobre a qual pendurar ofertas, grandes e pequenas, para essas casas de culto. Têm chegado a nós cartas com a interrogação: Devemos ter árvores de Natal? Não seria isto acompanhar o mundo? Respondemos: Podeis fazê-lo à semelhança do mundo, se tiverdes disposição para isto, ou podeis fazê-lo muito diferente. Não há particular pecado em selecionar um fragrante pinheiro e pô-lo em nossas igrejas, mas o pecado está no motivo que induz à ação e no uso que é feito dos presentes postos na árvore".

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Veja que o problema não está em comemorar o Natal, ou colocar árvores enfeitadas, etc.
O erro está em usar esta data com o mesmo propósito que alguns não-crentes usam: ostentação, frivolidades, luxo, comilança, gastança, etc.

Se você utilizar o Natal como uma oportunidade de falar de Jesus para seus amigos e parentes, ou ajudando àqueles que tanto necessitam do nosso cuidado e amor... certamente você estará fazendo a coisa certa.

"O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor" - Lucas 2:10-11.
Fonte: Gilson Medeiros

4 comentários:

Anônimo disse...

Ah! finalmente eu encontrei o que eu estava procurando. Ás vezes é preciso muito esforço para encontrar ainda pequena peça de informação útil.

Anônimo disse...

Primeiro eu gostaria de saber qual é a utilidade prática das gravatas. Será que a pessoa fica mais bonito? Será para a possibilidade de um enforcamento?
Será que é para mostrar que temos pescoço?
Com relação a defesa de se comemorar o natal no sentido de confraternizar para que o amor entre as pessos prevaleça é maravilhoso. É exatamente isso que fazem as pessoas que cultuam a Deus no Domingo, elas cultuam por ser o domingo um suposto dia pagão, alias elas nem estão interessadas nisso. Elas cultuam um Deus que emana o amor, a paz e a união dos povos.
Agora tem gente que engole um camelo e se engasga com um mosquito.

Thaís Ottesen disse...

Gostei do texto Jacy, o assunto ao meu ver, foi bem exposto de forma simples e livre de pré-conceitos humanos.
Pessoalmente não gosto de árvores de natal, pois creio que tiveram origem nos povos que adoravam as árvores, como os Celtas, também não gosto dos enfeites, que além de ser um gasto de ostentação e não de caridade, eu creio que todos os anos são sacrificadas pessoas e sim suas cabeças são penduradas em árvores, pratica realizada inclusive pelos maçons, por isso todos os anos crianças, jovens e adultos desaparecem sem deixar rastro e nunca mais voltam.
Eu particularmente detesto o papai Noel, pois ele é um santo da igreja católica (São Nicolau),e eu acho bem estranho um velho colocar minha filha no colo para q ela fale ao ouvido dele o que ela quer de presente, isso mais me parece pedofilia, (coisa minha, por pesquisas que faço sobre pedofilia).
Também Jesus não nasceu dia 25/12, como nós sabemos.
Mas, sim, acho os enfeites dessa época lindos, não há como não achar, e noites em família são primordiais, mas não apenas no natal e sim o ano todo, evangelismo e caridade, como cristãos, deve ser nosso estilo de vida, isto é SEMPRE!
Mas acho também que não há nenhum mal em usar uma data especial para se alegrar por que um dia, há muitos anos, Jesus Cristo nasceu. Embora essa alegria deve ser constante, pois todos os dias devemos lembrar que Ele nasceu e morreu por nossa causa.
Em fim, sou uma defensora da NÃO COMEMORAÇÃO DO NATAL, mas concordo com seu texto. Sou livre de preconceitos, e não me prendo a doutrina de homens.
Parabéns pelo texto. Bjs
P.S. Vai ter peru em família esse ano??? rsrsr

Jacymara Gomes Ferreyra disse...

Olá, obrigada pelo seu comentário, respeito tua opinião, agradeço pela sinceridade!
Sobre árvores, não há nenhum pecado em ter arvores em casa ou na igreja, há igrejas que as usam como “árvore da bênção” para pendurar agradecimentos e ofertas. O pecado está em adorá-las. Se fosse assim, não poderíamos nem ter árvores plantadas em nossas casas, o pinheiro é apenas uma espécie de árvore.
O correto seria comemorar o natal em outra data, mas acho que o nascimento de Jesus não teria tanta repercussão entre as pessoas como na data 25 de dezembro. Mesmo entre adventistas do sétimo dia há divergências sobre a comemoração do natal. Mas prefiro ficar com o equilíbrio. Quando comemorei pela primeira vez o natal, me emocionei muito, pois sentia falta de relembrar um acontecimento tão lindo como este. Este deve ser o foco. Lembrar que Jesus veio a este mundo de pecado como um bebê indefeso para ser o nosso Salvador é grandioso!
Abraços!