quarta-feira, dezembro 07, 2011

2300 ou 1150 DIAS? Jeová responde!



O folheto “As Duas Mil e Trezentas Tardes e Manhãs”, do Pastor Genésio Mendes, da Igreja Adventista da Promessa, diz à página 5 para se consultar a “Bíblia Católica dos Frades Beneditinos”, no intuito de abonar sua doutrina de Daniel 8: 14, ser 1150 dias.

Ele faz referência a I Macabeus 1: 45-47. (Pág. 6 do folheto).
Bem, não creio que seja correto firmar uma doutrina baseando-se em livros apócrifos. Isto é: Livros que os cristãos não aceitam como inspirados, e que todas as igrejas cristãs rejeitam. Macabeus é um deles.

Por isso, imagino que o Pastor Genésio se engana em sua doutrina dos 1150 dias, bem como se equivocou ao escrever em seu folheto o seguinte: “...a gentalha Adventista...alguns com asas de perú, empoleirados nas árvores, certamente para facilitar o vôo, outros de roupas brancas, feitas por eles mesmos, sei lá... iam voar para o Céu, em 22 de outubro de 1844.”
Isto não aconteceu! Foi provado e é reconhecido por pastores idôneos, de variadas denominações, que os mileritas (“gentalha Adventista”) não se trajaram desta maneira neste fatídico dia 22/10/1844 em que aguardavam a volta de Jesus. Portanto, não se credite mais esta maldade aos desapontados, mas sinceros mileritas. (Leia o capítulo GUILHERME MILLER PAI DO MOVIMENTO DO ADVENTO NOS EUA).
“A frase traduzida por ‘dias’ significa um período de 24 horas.

A frase em hebraico é ereb boqer, que significa literalmente: ‘tarde-manhã’.
Esse mesmo conjunto de palavras é usado 22 vezes no Antigo Testamento hebraico. Quando a intenção é indicar um período de 24 horas, sempre aparece ‘tarde-manhã’e nunca ‘manhã-tarde’... A relação entre Daniel 8 e 9 revela que os 2300 dias são anos e indica o ponto de início do período. A visão de Daniel 9 foi dada em 538 a.C., 13 anos depois da visão de Daniel 8 (551 a.C.). 
Gabriel disse a Daniel que ‘setenta semanas’ (‘setenta setes’, em hebraico), seriam cortadas dos 2.300 dias. 
Esses ‘setenta setes’ devem se referir a 490 anos, porque eles devem chegar até o tempo do Messias. Como 490 anos não podem ser tirados de 2.300 dias literais, esses dias devem ser símbolos proféticos de 2.300 anos.”
– Lição nº 4 Esc. Sab., 3º trim/96 p. 5, 24/7/96

“A teoria de Antíoco não teve origem cristã. Foi um pagão e inimigo do cristianismo chamado Porfírio, conhecido pela alcunha de ‘Sofista’ (que morreu no ano 304 d.C.) o inventor da teoria. Ele a forjou com o intuito de desacreditar o livro de Daniel, e tentar provar que aquele livro foi escrito depois de terem ocorrido os fatos apontados pela profecia.” Grifo meu. 

A.B. Christianini, Rev. Adventista 4/73, pág. 7.

A grande profecia de Daniel 8:14, a maior da Bíblia, tem sido especulada da maneira mais psicodélica. Deste folheto distribuído pela igreja que advoga a morte do Senhor na quarta-feira, o escritor tenta convencer que as sete tardes e sete manhãs da criação, são quatorze tardes e manhãs. Vamos conhecer a verdade bíblica.
GRÁFICO 3 – TARDE E MANHÃ
Pois bem, dentro desta premissa (7 dias = 14 tardes manhãs?), transforma-se 2300 tardes e manhãs, em 1150 dias, levando o leitor, não atento, à aceitar a teoria epifanista. (Quem desejar dissecar o assunto, com riqueza de detalhes, documentação farta em uma notável dissertação, leia as Revistas Adventistas de março, abril e outubro de 1973, onde o Pastor Arnaldo Christianini tritura esta teoria).
Bem, que a criação de todas as coisas se deu em seis dias, nenhum de nós, cristãos, duvidamos. Que Deus descansou no Sábado e que o dia é composto de uma tarde e uma manhã, também é irrecusável, mas... entender que sete tardes e sete manhãs, são quatorze tardes e manhãs é no mínimo, um sincero, para não dizer sutil, descuido matemático.
Se uma tarde e uma manhã perfazem um dia de 24 horas, como ensina a Bíblia, sete tardes e sete manhãs são claríssimamente 7 dias. Como quatorze tardes e quatorze manhãs são 14 dias. Da mesma forma vinte e oito tardes e vinte e oito manhãs são 28 dias. E assim sucessivamente.


GRÁFICO 4 – TARDE E MANHÃ GRANDE

ESCLARECENDO: – “Quarenta Dias e Quarenta noites” 
(Gên. 7:4, 12. Êxo. 24:18. I Reis 19:8. Mat. 4:2).
• São 20 dias ?! 
• São 40 dias ?! 
• São 40 ou 80 tardes e manhãs ?!
Ora, é evidente que são 40 dias completos (ciclos de 24 horas), compostos de quarenta tardes e quarenta manhãs. Como estamos fazendo juntos, busquemos na simplicidade das Escrituras, esta equação divina.

Uma tarde e uma manhã não podem ser duas tardes e duas manhãs. Será sempre um dia. Assim sendo, 2300 tardes e manhãs são 2300 dias literais, completos ciclos de 24 horas. E mais: Como se trata de tempo profético, são então 2300 anos, porque no estudo da profecia um dia equivale a um ano. É a Bíblia quem estabelece o dia-ano como “padrão para tempo profético”. Eis a prova: “Cada dia representa um ano...Quarenta dias te dei, cada dia por um ano.” Núm. 14: 34. Eze. 4: 6.
Diante da contundência do argumento bíblico, buscam-se uma saída dizendo que “tarde e manhã” siginifica holocaustos. Será verdade? O Pastor Adventista Arnaldo Christianini, de grata memória, nos dá, a respeito, esta luz: 
• “Nas ocorrências de ‘tarde e manhã’ no 1º capítulo de Gênesis ainda não havia sequer a idéia de holocaustos, os quais só aparecem posteriormente no código levítico, e nenhuma relação se pode estabelecer entre tarde e manhã e holocausto, e muito menos tentar designar ‘tarde e manhã’ como unidade separada de um todo. É contra a verdade, a exegese, a lógica, o bom senso e a razão.
• “Sempre que a Bíblia se refere a holocaustos de um dia, ela os indica em ordem inversa, isto é, em vez de ‘tarde e manhã’, diz ‘holocausto da manhã e da tarde’, sempre incluindo nescessariamente a palavra ‘holocausto’. Importante: vem sempre em primeiro lugar o holocausto da manhã, que era o mais importante, contínuo, e em segundo lugar o holocausto da tarde. Ler. Êxo. 29:39. Lev. 6: 20. Núm. 28: 4. II Crôn. 2: 4; 31: 3. Esdras 3: 3. II Crôn. 13: 11. etc.
• “O holocausto da manhã, como se disse, era o principal, contínuo e sua regularidade era absoluta (Núm. 28: 23. Lev. 9: 17. Amós 4: 4, etc). Portanto é precaríssimo o argumento de que ‘tardes e manhãs’ signifiquem holocaustos. Não tem a menor base, mesmo porque os holocaustos também se realizavam em horas intermediárias.” – Revista Adventista, 4/73, pág. 7. Grifos meus.
Tais argumentos por si só bastariam para os que sinceramente buscam a perfeição em Cristo, porém daremos a palavra ao poderoso Jeová: 
Daniel 8: 26 
“A visão da tarde e da manhã... se refere a dias ainda muito distantes.”
Percebe? – Se O criador diz “dias”, quem terá a coragem de dizer “holocaustos”? Quem contestará o Senhor? Que não sejamos nós, amados.

A última etapa deste estudo é o cumprimento desta profecia. O livro Doutrinal (manual de fé da Igreja Adventista da Promessa), diz à página 146, que as 2300 tardes e manhãs, que foram reduzidas para 1150 dias (o que não confere com suas próprias interpretações); não é exata nos dias, nos números nem nos anos (*), se cumpriram em 168/165 a.C., na pessoa de Antíoco Epifânio, rei selêucida.
CONFIRAMOS: Graças a Deus já sabemos que se trata de dias, e não holocaustos. Que são 2300 dias e não 1150. Agora, quando isto se cumprirá? Em 168/165 a.C.?

Daniel 8: 17 

“...porque a visão se realizará no Fim do Tempo.”
Daniel 8: 19 

“...porque ela (a visão) se exercerá no determinado Tempo do Fim.”


O livro de Daniel, como é sabido, estava “selado” desde o sexto século a.C. (Daniel 12:9). E se está selado, está mesmo. Somente seria aberto no Tempo do Fim (Daniel 12: 4,9), e não pode haver dois tempos do fim, o dos selêucidas (Antíoco Epifânio) e o nosso (século XX).
Na época de Antíoco, o livro de Daniel estava no pergaminho, e “selado”, pois que, nesta ocasião não lhe deram especial atenção nem a ciência havia sido multiplicada, como são as características exigidas em Daniel 12: 4 e que ocorreriam matematicamente no Tempo do Fim.
Querido irmão, se a Bíblia afirma que o período profético dos 2300 anos teria cumprimento no Tempo do Fim, como pois se pode ensinar tenha-se cumprido no tempo dos selêucidas (168/165 a.C.), não é? (Deste período seriam tirados 490 anos, lembra-se? Como se pode tirar 490 anos de 2.300 dias?). Pior será tirar de 1150 dias!
(*) “Dizem alguns que dá 3 anos e 10 dias, o que seriam 1105 dias. Não dá 1150 dias de modo nenhum. O problema é o seguinte. Se se tomar o ano judaico de 360 dias, sem admitir que tivesse havido a inserção do 13º mês (o Ve-Adar) que destinava a acertar o tempo das estações e aproximar-se do ano solar, então teremos, de fato, apenas 1105 dias. Mas nunca 1150 que ‘seriam’ exigidos pela profecia dos epifanistas. Por outro lado, se se admite a inserção do13º mês (como se fazia, de quando em quando, obrigatoriamente, nos calendários lunares, e o judaico o era), então teremos, quem sabe, 1120 ou 1130 dias. Se se tomam os meses lunares que somam o ano de 354 dias, então dará menos ainda... nunca dará 1150 dias. Sempre ficarão faltando dias. Sempre. Nem colocando isto tudo num leito de Procusto, com amputações ou acréscimos, se conseguirá o total exato de 1150 dias.” – Revista Adventista 3/73, A.B. Christianini.


Estarmos vivendo hoje (2002), é uma prova de que este cumprimento está falido. E mais, fosse verdade, Jesus não teria nascido e assim ninguém se salvaria. Jesus nasceu aproximadamente 200 anos mais tarde, e já estamos vivendo 2000 anos depois Dele e o fim ainda não aconteceu.
– Logicamente, jamais poderia ter sido o “Tempo do Fim”, a época de Antíoco.
Estas, pois, são as razões bíblicas, claras e evidentes.
Com sinceridade não duvido que o “Tempo do Fim”, ou o “Determinado Tempo do Fim”, começou no século passado, quando se deram o cumprimento dos grandes sinais precursores da volta de Jesus (Joel 2: 30, 31. Isaías 13: 10. Amós 8:9. Mateus 24: 6-8, 11, 24, 29. Lucas 21: 9-11, 25, 26), corroborado com o grande avanço tecnológico e científico. Daniel 12: 4.
Não é por conseguinte, mais razoável, lógico e correto, aceitar que o cumprimento dos 2300 anos tenha sido em 1844 (leia o capítulo 32), quando de fato, tal data está dentro do contexto do final de todas as coisas? A ciência, os meios de comunicação e os próprios povos, indicam-nos que estamos vivendo os “Tempos do Fim”.

Por Lourenço Gonzáles

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