quinta-feira, fevereiro 11, 2016

Como ajudar seu filho a não ser arrogante

A humildade e a modéstia são qualidades cada vez menos vistas por aí, e menos ainda valorizadas nos dias de hoje. Como ajudar um filho a não ser arrogante em ambientes em que o orgulho é considerado um forte atributo.
  • Há uma competição acirrada no trabalho, na escola, entre os amigos e em outros ambientes sociais, para determinar quem se destaca mais, quem é mais influente, mais admirado, mais popular. Parece que as pessoas precisam ficar em evidência, serem aplaudidas para se sentirem realizadas. Poucos estão propensos a aprender, a escutar, a reconhecer seu erro, a se desculpar, a correr atrás para uma reconciliação. A arrogância parece imperar.
    Segundo a Wikipédia, a “arrogância é o sentimento que caracteriza a falta de humildade. [ O arrogante] não deseja ouvir os outros, aprender algo de que não saiba ou sentir-se ao mesmo nível do seu próximo. São sinônimos, o orgulho excessivo, a soberba , a altivez , o excesso de vaidade pelo próprio saber ou o sucesso .
    Em vez de usar a si mesmo como um parâmetro para medir o seu progresso – procurando ser, dia após dia, uma pessoa melhor do que tem sido – o arrogante compara-se aos que estão à sua volta. Isso gera disputa e inveja. Ele encontra sérias dificuldades para se relacionar e acaba ficando sozinho e infeliz.
    Pessoas que se comprazam na simplicidade e defendem a frugalidade, desejam que sua família veja o mundo da mesma perspectiva.
    Você, que é pai ou mãe que preza a humildade, sabe que não é uma tarefa fácil ensinar seu filho a ser uma pessoa modesta – ainda mais se você tem condições financeiras para satisfazer seus desejos – principalmente quando os amigos dele têm aquilo que desejam e acabam desprezando quem não tem. Ou, então, se ele se destaca pela sua capacidade intelectual, ou por sua aparência, ou por seus talentos, pode ser muito difícil fazê-lo aceitar que não deve se sentir superior, quando é rodeado por bajuladores.
    Para auxiliá-lo na tarefa de ajudar seu filho a cultivar a simplicidade, daremos as sugestões a seguir:
  • 1. Ajude-o a desenvolver empatia em relação às necessidades alheias

    Desde muito cedo, faça-o compreender sobre a diversidade de condições a que muitas pessoas estão sujeitas, como miséria, deficiências, abandono, etc. Ajude-o a sentir compaixão por essas pessoas. Convide-o a visitá-las, compartilhar seus bens, dar-lhes atenção e carinho.
  • 2. Seja prudente ao elogiá-lo

    Seu filho pode tornar-se arrogante se você o coloca num pedestal por ele ter talentos, beleza física ou um QI elevado. Seja sábio ao elogiá-lo. Jamais o compare a outras crianças. A tendência é que ele se distancie delas ou as trate mal, pensando serem inferiores a ele.
  • 3. Mostre-lhe o que realmente tem valor

    Faça-o entender que não são os bens materiais, a beleza, os talentos, nem a popularidade que farão dele uma pessoa melhor. Mostre-lhe que seus maiores tesouros são a sua família, suas boas obras, sua integridade. Conte-lhe que muitas pessoas roubam, enganam, traem e participam de outros embustes motivados pela cobiça e para obter status.
  • 4. Evite dar tudo o que ele deseja

    Jamais deixe seu filho pensar que pode ter tudo o que ambiciona, no momento em que desejar. Se atender prontamente a todos os seus desejos, você estará encorajando-o a ser consumista e egocêntrico. No dia em que você não puder dar o que ele pede, ele poderá fazer coisas terríveis para demonstrar sua revolta ou para tentar conseguir aquilo que tanto deseja.
    Ainda que sua situação financeira lhe permite, procure não dar-lhe sempre roupas de marca, brinquedos caros ou tecnologias de ponta. Ter essas coisas produz certo status. E seu filho não só será tentado a sentir-se superior às crianças que não podem tê-las, como será alvo de amigos interesseiros.
    Não há problemas em comprar um bom par de tênis quando ele está precisando de calçados novos, por exemplo. No entanto, ajude-o a compreender a diferença entre o desejo e a necessidade.
  • 5. Dê-lhe responsabilidades

    Faça com que ele ajude nas tarefas da casa. Dê-lhe, também, alguns trabalhos remunerados (que não estejam relacionados às suas obrigações cotidianas). Ele precisa sentir na pele que não é fácil ganhar dinheiro. Isso o ajudará a entender melhor sobre trabalho e sacrifício.
  • 6. Encoraje-o a ter sempre disposição para aprender

    Faça-o entender esta lição: “Ninguém é tão ignorante que não tenha algo a ensinar. Ninguém é tão sábio que não tenha algo a aprender.” Blaise Pascal.
  • 7. Ajude-o a desenvolver gratidão

    Lembre-o de que sem o seu sacrifício, o do seu cônjuge, dos avós, dos seus colaboradores ou de qualquer outra pessoa que tenha contribuído direta e indiretamente para que ele pudesse ter a vida que tem, ele não estaria naquela situação. Incentive-o a expressar sua gratidão a essas pessoas.
    Segundo alguns psicólogos, as pessoas que sentem gratidão têm mais tendência a usar de empatia, a perdoar com mais facilidade, são mais agradáveis e menos narcisistas.
  • 8. Diga-lhe que a vida pode mudar

    Em vez de se sentir melhor que as outras pessoas, ele precisa saber que ninguém está livre de passar por situações difíceis, como perdas financeiras, acidentes ou doenças. Sendo assim, até mesmo ele pode ser privado de dinheiro, da beleza, dos talentos, ou de qualquer coisa que poderia ser motivo para que ele se sentisse superior aos demais.
  • 9. Encoraje-o a cultivar amizades verdadeiras

    Diga-lhe que os melhores amigos não precisam ser ricos, bonitos, inteligentes, talentosos ou populares. Eles precisam ser leais, dignos, honestos e virtuosos. Faça-o observar, acima de tudo, a conduta das pessoas. Previna seu filho contra pessoas interesseiras e as que podem desencaminhá-lo.
  • 10. Seja exemplo de simplicidade e simpatia

    Você pode dar-lhe grandes lições de simplicidade pela forma como trata as outras pessoas. Ao tratar todos com gentileza e educação, independente da classe social, da etnia, da aparência, da capacidade intelectual, você estará persuadindo-o a agir da mesma forma.
    Faça a diferença neste mundo ensinando seu filho a ser uma pessoa agradável, bondosa, empática e altruísta. Seja você mesmo o que espera dele. Os bons exemplos induzem à ação e surtem mais efeito que mil admoestações. 
  • Fonte: familia.com.br

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