“Rancor” é uma daquelas palavras que se autodefine. Seus fonemas revelam seu significado.
Pronuncie-a lentamente: “R-r-r-a-a-n-n-c-o-o-r”.
Ela já começa com um rosnar: “R-r-r…” como um urso com mau hálito que sai da hibernação ou um vira-lata sarnento que defende seu osso: “R-r-r…”
Estar perto de uma pessoa rancorosa e acariciar um cachorro que rosna são coisas igualmente desagradáveis.
Você consegue ficar ao lado de pessoas que nutrem rancor? Acha bom ouvi-las cantar suas canções de mágoa? Compartilhar seu pessimismo? Vê-la deixar esvaírem-se suas esperanças? Elas expandem desânimo!
Você não é tolo! Sabe tão bem quanto eu que tudo o que ela expele, é ira. E se ela está cheia de alguma coisa, é de farpas e condenação para todas as pessoas que a magoaram. As pessoas rancorosas e os animais raivosos são muito parecidos. Os dois são irritáveis. Os dois procuram ser violentos. Alguém precisa fazer um lembrete que seja colocado no pescoço da pessoa que tem rancor: “Cuidado com o Rrrrrrancoroso”.
Uma pessoa rancorosa lança lama de si mesma. Não é suficiente acusar: o caráter da outra pessoa precisa ser atacado. Não é suficiente apontar o dedo: é necessário apontar um rifle. Arremessar calúnias. Xingar. Desenhar círculos. Construir muros. E assim se fazem os inimigos…
É assim que você lida com suas feridas?
(Max Lucado)
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