Recentemente vi uma
mensagem de um programa de TV, onde o assunto era sobre a salvação, o vídeo
pode ser visto no youtube. O
apresentador do programa, citou o livro de Ellen White chamado "Primeiros
Escritos", Páginas 257 e 258, ele fez a
citação da seguinte maneira:
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"Ellen White vai dizer o
seguinte: que A salvação das almas humanas depende dos seus escritos".
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Meu querido leitor, o texto mencionado realmente existe, porém não da
maneira como foi citado e interpretado. Para que todos possam averiguar, coloco
abaixo o texto na íntegra e com sua verdadeira interpretação (o que realmente
nem seria necessário porque o texto é claro e não necessita de
reinterpretação). O texto diz:
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"Vi um grupo que permanecia bem
guardado e firme, não dando atenção aos que faziam vacilar a estabelecida fé da
comunidade. Deus olhava para eles com aprovação. Foram-me mostrados
três degraus - a primeira, a segunda e a terceira mensagens angélicas.
Disse o meu anjo assistente: "Ai de quem mover um bloco ou mexer num
alfinete dessas mensagens. A verdadeira compreensão dessas mensagens é
de vital importância. O destino das pessoas depende da maneira em que
são elas recebidas." De novo fui conduzida às três mensagens
angélicas, e vi a que alto preço havia o povo de Deus adquirido a sua
experiência." Ellen White, Primeiros Escritos - Páginas 257 e 258. (Grifos
meus).
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Portanto o texto foi sem dúvida mal interpretado no dito programa
televisivo. Embora Ellen White não tenha citado o capítulo e nem o versículo,
qualquer estudioso da bíblia e das profecias sabe que ela está se referindo ao
capítulo 14:6-11 de apocalipse, onde é mencionado as três mensagens angélicas e
não a seus escritos pessoais como norma de salvação das almas.
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Ellen White afirma neste texto que o destino das pessoas depende muito
da maneira de como elas receberão as advertências das três mensagens
angelicais.
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Quais são então essas mensagens angelicais? E qual o seu significado?
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Primeiro anjo - Apoc. 14:6 - "E vi
outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar
aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e
povo..."
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O verso 6 começa dizendo que João viu um anjo voar pelo meio do céu,
esse é o primeiro anjo numa série de três. O vôo do anjo pelo meio do céu, a
grande voz com que é proferida a advertência, evidenciam a rapidez e extensão
mundial em que esta mensagem seria levada a todos os povos, nação, tribo,
língua e povo. O evangelho eterno não representa apenas a validade,
autenticidade e a plenitude de toda a bíblia, mas também a boa notícia de que
Jesus nos salva do pecado e nos restaura à comunhão com Deus. A cruz de Cristo
é o ponto focal dessa boa notícia. Este primeiro anjo assim como os dois outros
anjos, são representados pelos verdadeiros cristãos que proclamam a verdade
pelo mundo. Não é difícil entender dessa maneira porque não são literalmente
anjos que estão pregando o evangelho pelo mundo mas mensageiros humanos que
foram comissionados por Cristo (Mateus 28:16-20). A palavra grega para
"anjo" às vezes significa um mensageiro humano (S. Mateus 11:10; S.
Lucas 9:52). Indubitavelmente, anjos do céu se acham intensamente envolvidos na
mesma obra, mas a proclamação do evangelho foi confiada a cristãos
comissionados por Cristo como descritos acima.
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Apoc. 14:7 - "Dizendo com grande
voz: Temei a Deus e dai-lhe glória; porque vinda é a hora do Seu juízo. E
adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas".
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Temer a Deus, segundo recomendado no texto acima, significa aproximar-se
dEle com reverência, respeito e lealdade. Também significa um alerta para a
importância da verdade divina apresentado nas mensagens desses versos para o
tempo do fim. A expressão "chegou a hora de seu juízo" nos leva
diretamente ao juízo descrito em Daniel 7:9-14; 8:9-14 e 9:22-27. Esses versos
tanto de Apocalipse quanto de Daniel chama o julgamento divino que precede o
segundo advento de Jesus, portanto que já ocorre em nossos dias. (Para uma
compreensão melhor, é necessário estudar sobre as 2300 tardes e manhãs e os
juízos no santuário terrestre e celestial).
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É importante lembrar que todo julgamento acontece porque determinadas
leis foram transgredidas. Não tem sentido um julgamente sem lei. Para que
julgar se não existe lei? Pela descrição do verso 12, fica evidente que os que
são absolvidos consequentemente chamados de santos são os que guardam os
mandamentos de Deus. A lei de Deus em seus mandamentos (Êxodo 20), é que serão
as normas de julgamento para todo ser humano.
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"Dai-Lhe Glória", Existe um paralelo entre essa frase do
primeiro anjo de Apocalipse e I Cor. 6:20 - "Porque fostes comprados por
bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais
pertencem a Deus".
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A glória de Deus é revelada no corpo e no espírito (caráter). Um
relacionamento de entrega contínua a Deus resulta em vida completamente
transformada, renovada até mesmo no corpo. Glorificamos a Deus de duas formas,
sendo em conservar o corpo na mais perfeita condição saudável possível e no
caráter, para a habitação do Espírito Santo (I Cor. 10:31; I Cor. 16:17). Uma
vida de submissão a Deus resulta em uma vida de vigor, saúde não apenas no
corpo mas também de um caráter renovado a semelhança do caráter de Jesus. A
mensagem de saúde e de renovação da mente e do caráter são condições
importantes para honrar e glorificar a Deus em nossas vidas. Uma pessoa que
desrespeita as leis do organismo e da saúde sentenciando seu sofrimento e morte
não pode estar em condições de viver num céu maravilhoso onde essa indiferença
não poderá existir. Da mesma forma que não poderá viver no céu ao lado de Deus
alguém que diz amá-Lo mas continua praticando atos imorais tendo assim um
caráter ainda maculado. Esta mensagem é significativa porque apela para
renuncias e entrega completa de nossas vidas a Deus.
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"Adorai aquele que fez o céu, e
a terra, e o mar, e as fontes das águas".
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O significado da vida está e é expresso na verdadeira adoração ao
Criador. O apelo do primeiro anjo para adorar "Aquele que fez" todas
as coisas destina-se a conduzir-nos de volta à perfeita comunhão com o nosso
Criador". Este verso nos leva diretamente ao texto de Êxodo 20:8-11 nos
fazendo lembrar que Deus criou a vida na terra como o céu, a terra, o mar e
tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou dessas obras. Assim o texto apela
para descansarmos também de nossas obras com o objetivo de O adorar como o
Criador de todas as coisas. A mensagem do primeiro anjo é sem dúvida alguma um
apelo para que a humanidade se lembre novamente do dia de sábado para o separar
a Deus como memorial da existência humana e de toda vasta criação. É
interessante analisar este texto e sua importância para os dias atuais, num
contexto de evolucionismo e ateísmo crescente e de um falso sábado (domingo)
sendo introduzido e defendido com força até mesmo políticamente.
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Um dos temas centrais do Apocalipse, e também de toda a bíblia, é o
conflito da adoração e o contraste entre o verdadeiro e o falso culto.
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No estágio final da história humana, antes do retorno de Cristo, esse
conflito deve atingir o seu ponto mais alto. As opções disponíveis são um
dedicado culto a Deus ou um arremedo de culto à besta (Mat. 24:24; João 4:23,
24; Apoc. 13:8, 11-18). O sábado será indiscutivelmente a pedra de toque entre
os que servem a Deus e os que não o servem. Sinal de Deus (Ezequiel 20:12,20) X
sinal da besta (Apocalipse 13:15-17). (Sinal ou marca)
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Segundo anjo - Apocalipse 14:8 - "E
outro anjo seguiu dizendo: Caiu, caiu babilônia, aquela grande cidade, que a
todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição".
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Deus proclama na mensagem do segundo anjo um apelo urgente motivado pelo
amor e pela intransigente verdade expressa em Sua palavra. Essa mensagem toma a
forma de uma denúncia e punição porque falsos sitemas religiosos de salvação em
geral e de filosofias têm rejeitado a luz da mensagem do primeiro anjo levando
o mundo a deslealdade a Deus.
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O termo babilônia é derivado de babel e significa confusão. É empregado
nas Escrituras para designar as várias formas de religião falsa ou apóstata. Em
Apocalipse 17:1-6, babilônia é representada por uma mulher, figura que a bíblia
usa como símbolo de igreja (Efésios 5:25), sendo uma mulher vestida do sol
(Apoc. 12:1), representando a igreja verdadeira, e a mulher embriagada, mãe das
prostituições, representando a babilônia ou sistemas religiosos falsos. No
verso 5 do capítulo 17 de Apoc. pode-se entender que existe uma igreja falsa
com muitas filhas, uma igreja denominada como mãe e muitas outras denominadas
como filhas. Igreja falsa são muitas (Apoc. 17:5), e igreja verdadeira é apenas
uma (Apoc. 12:1). Para conseguirmos compreender quais os sistemas religiosos
falsos é necessário compreender bem a mensagem dos três anjos por serem elas as
mensagens finais de advertência ao mundo religioso.
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Embora babilônia simbolize todos os falsos sistemas religiosos, nos
últimos dias envolverá especifcamente a união mundial do papado, do
protestantismo apostatado, e do espiritismo moderno, em defesa total ao domingo
em oposição ao sábado bíblico que é o sinal de Deus (Ezequiel 20:12,20). Sinal
de Deus x sinal da besta. Por ordem de Deus, essa união perderá o seu poder,
como aconteceu com a primeira cidade de babel. Por esta razão é que se usa a expressão
"caiu, caiu, a grande babilônia (Apoc. 16:13,17; 17:17).
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Terceiro anjo - Apocalipse 14:9-10 "E
seguiu-os o terceiro anjo, dezendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e
a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, também o tal
beberá do vinho da ira de Deus..."
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A mensagem do terceiro anjo é uma séria advertência aos que aceitarem o
sinal da besta em lugar do sinal de Deus. Pelo fato do sinal de Deus ser o
Sábado (Ezeq. 20:12,20), o sinal da besta deve também ser um dia da semana
contrário ao de Deus. O domingo é a marca distintiva da apostasia (Apoc.
13:16-17). A alternativa do selo de Deus é a marca da besta - o sinal
distintivo da autoridade do cristianismo apóstata, exercida sem levar em
consideração a escolha ou a consciência individual.
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O domingo que é defendido por muitas igrejas evangélicas nada mais é do
que o sinal da autoridade católica. A própria igreja romana assume
históricamente em numerosas declarações oficiais que não foi Jesus quem mudou o
sábado para o domingo, mas a igreja. O trecho que se segue foi extraído de The
Convert's Cathecism of Catholic, edição de 1977, veja abaixo:
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"Pergunta: Qual é o dia de repouso?
Resposta: O sábado é o dia de repouso.
Pergunta: Porque observamos o domingo em lugar do sábado?
Resposta: Observamos o domingo em lugar do sábado porque a igreja
católica transferiu a solenidade do sábado para o domingo". Peter
Geiermann (Rockford: Tan Books and Publishers), Pág. 50.
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O erudito católico romano, John A. O'Brien, em seu livro de sucesso>
The Faith of Millions, decalra o seguinte:
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"Visto que o sábado, e não o domingo, é especificado na bíblia, não
é curioso que os não-católicos, que alegam extrair sua religião diretamente da
bíblia, e não da igreja, observem o domingo em lugar do sábado?" E
prossegue dizendo que o costume de guardar o domingo "se baseia na
autoridade da igreja católica, e não num texto explícito na bíblia".
Edição revista (Huntington: Our Sunday Visitor, Inc., 1974), págs. 400,401.
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A aberta admissão da igreja católica romana de que, como instituição,
foi responsável pela mudança do sábado pelo domingo como dia de guarda
claramente indica o espírito de apostasia dessa organização. Que direito têm os
homens de mudar a lei de Deus? O próprio Jesus disse que era mais fácil acabar
o céu e a terra do que tirar um i ou um acento da lei de Deus (luc. 16:17). É
válido lembrar que as Escrituras predisseram, mas não aprovam, essa tentativa
de mudar a lei de Deus (Dan. 7:25). A advertência do terceiro anjo é clara
contra aqueles que defenderem a mentira contra a verdade de Deus expressa em
sua palavra. Os que adoram a Deus ficarão do lado da verdade e os que adoram a
besta irão preferir ficar do lado do falso sábado. O sábado será sem dúvida a
pedra de toque da lealdade a Deus; pois é o ponto da verdade especialmente mais
controvertido.
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O termo Mão e fronte ou testa são figurativos e representam: Mão
(Trabalho, poder - Eclesiastes 9:10), fronte (Decisão, escolha, entendimento -
Romanos 7:25). Portanto significam exercer o poder da escolha a favor de Deus
ou da besta.
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Basicamente essas são as mensagens dos três anjos para os dias finais da
história deste mundo. Ellen White estava mencionando a importância que essas mensagens
teriam para o destino de toda raça humana. Advertência e salvação é o tema da
mensagem.
Por Gilberto Theiss
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