Leia, reflita e tire suas conclusões!
"NUNCA SE DEVE ENSINAR AOS QUE ACEITAM O SALVADOR, CONQUANTO SINCERA SUA CONVERSÃO QUE DIGAM OU SINTAM QUE ESTÃO SALVOS"
Uma olhada mais cuidadosa nas admoestações de Ellen G. White a respeito deste assunto revela que, no contexto, ela não está falando contra a certeza da posição atual do crente diante de Deus. Ela está advertindo contra o presunçoso ensinamento de segurança eterna que diz "uma vez salvo, salvo para sempre" - daqueles que reivindicam "estou salvo" enquanto continuam a transgredir a lei de Deus. Aqui está sua declaração completa:
"A queda de Pedro não foi repentina, mas gradual. A confiança em si mesmo induziu-o à crença de que estava salvo, e desceu passo a passo a vereda descendente até negar a Seu Mestre. Jamais podemos confiar seguramente em nós mesmos ou sentir, aquém do Céu, que estamos livres da tentação . Nunca se deve ensinar aos que aceitam o Salvador, conquanto sincera sua conversão, que digam ou sintam que estão salvos. Isto é enganoso. Deve-se ensinar cada pessoa a acariciar esperança e fé; mas, mesmo quando nos entregamos a Cristo e sabemos que Ele nos aceita , não estamos fora do alcance da tentação. A Palavra de Deus declara: 'Muitos serão purificados, e embranquecidos, e provados' (Dan. 12:10). Só aquele que sofre a tentação receberá a coroa da vida (Tiago 1: 12)" (Parábolas de Jesus, p. 155, ênfase adicionada).
Que Ellen White compreendia a base adequada para a verdadeira segurança cristã é evidenciado pela seguinte declaração que ela fez diante da igreja na sessão da Associação Geral:
"Cada um de vocês pode saber por si mesmo que tem um Salvador vivo, que Ele é o seu auxiliador e seu Deus. Vocês não precisam estar na condição de dizer: 'Não sei se estou salvo'. Vocês acreditam em Cristo como seu Salvador pessoal? Se sim, então se regojizem" (General Conference Bulletin, 10 de abril de 1901).
Ellen White escreveu o seguinte para uma mulher que estava com dúvidas:
"A mensagem que Deus me enviou para ser dada a você é: 'O que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora' (João 6:37). Se você não tiver nada mais a pleitear diante de Deus a não ser esta única promessa de seu Senhor e Salvador, já tem aqui a garantia de que nunca, nunca será mandada embora. Pode lhe parecer que você está se agarrando a uma única promessa, mas aproprie-se dessa única promessa, e ela lhe abrirá o tesouro inteiro das riquezas da graça de Cristo. Apegue-se a essa promessa e você estará segura. 'O que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.' Apresente esta certeza a Jesus, e você estará tão segura como se já estivesse dentro da Cidade de Deus" (Manuscript Releases , vol. 10, p. 175).
“CINTURINHA DE VESPA” É HERDADA?
Uma olhada mais cuidadosa nas admoestações de Ellen G. White a respeito deste assunto revela que, no contexto, ela não está falando contra a certeza da posição atual do crente diante de Deus. Ela está advertindo contra o presunçoso ensinamento de segurança eterna que diz "uma vez salvo, salvo para sempre" - daqueles que reivindicam "estou salvo" enquanto continuam a transgredir a lei de Deus. Aqui está sua declaração completa:
"A queda de Pedro não foi repentina, mas gradual. A confiança em si mesmo induziu-o à crença de que estava salvo, e desceu passo a passo a vereda descendente até negar a Seu Mestre. Jamais podemos confiar seguramente em nós mesmos ou sentir, aquém do Céu, que estamos livres da tentação . Nunca se deve ensinar aos que aceitam o Salvador, conquanto sincera sua conversão, que digam ou sintam que estão salvos. Isto é enganoso. Deve-se ensinar cada pessoa a acariciar esperança e fé; mas, mesmo quando nos entregamos a Cristo e sabemos que Ele nos aceita , não estamos fora do alcance da tentação. A Palavra de Deus declara: 'Muitos serão purificados, e embranquecidos, e provados' (Dan. 12:10). Só aquele que sofre a tentação receberá a coroa da vida (Tiago 1: 12)" (Parábolas de Jesus, p. 155, ênfase adicionada).
Que Ellen White compreendia a base adequada para a verdadeira segurança cristã é evidenciado pela seguinte declaração que ela fez diante da igreja na sessão da Associação Geral:
"Cada um de vocês pode saber por si mesmo que tem um Salvador vivo, que Ele é o seu auxiliador e seu Deus. Vocês não precisam estar na condição de dizer: 'Não sei se estou salvo'. Vocês acreditam em Cristo como seu Salvador pessoal? Se sim, então se regojizem" (General Conference Bulletin, 10 de abril de 1901).
Ellen White escreveu o seguinte para uma mulher que estava com dúvidas:
"A mensagem que Deus me enviou para ser dada a você é: 'O que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora' (João 6:37). Se você não tiver nada mais a pleitear diante de Deus a não ser esta única promessa de seu Senhor e Salvador, já tem aqui a garantia de que nunca, nunca será mandada embora. Pode lhe parecer que você está se agarrando a uma única promessa, mas aproprie-se dessa única promessa, e ela lhe abrirá o tesouro inteiro das riquezas da graça de Cristo. Apegue-se a essa promessa e você estará segura. 'O que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.' Apresente esta certeza a Jesus, e você estará tão segura como se já estivesse dentro da Cidade de Deus" (Manuscript Releases , vol. 10, p. 175).
“CINTURINHA DE VESPA” É HERDADA?
Ellen G. White freqüentemente chamava a atenção para o assunto de como o cristianismo prático se relaciona com a moda. Ela afirmou que é uma obrigação o fato da pessoa vestir-se de maneira saudável e não ser um escravo dos ditames da "moda". Como outros reformadores da saúde de seus dias, Ellen White protestou energicamente contra a prática insalubre do "espartilho" associado ao uso do corpete. Ela escreveu:
"Os espartilhos que estão mais uma vez sendo usados para comprimir a cintura é um dos aspectos mais preocupantes no vestuário feminino. A saúde e a vida estão sendo sacrificadas no intuito de obedecer a uma moda que é desprovida de verdadeira beleza e conforto. A compressão da cintura enfraquece os músculos dos órgãos respiratórios; atrapalha o processo de digestão; o coração, o fígado, os pulmões, o baço, e o estômago são amontoados num pequeno espaço, impedindo a ação saudável destes órgãos. ...
"Ao amarrar o corpo, os órgãos internos das mulheres são comprimidos fora de suas posições. É raro encontrar uma mulher que esteja completamente saudável. A maioria delas têm várias doenças. Muitas têm enfrentado problemas de fraqueza e tem tido muita dor. Estas mulheres vestidas elegantemente não podem transmitir boa constituição para seus filhos. Algumas mulheres têm naturalmente cinturas pequenas. Mas ao invés de se considerar tais formas como bonitas, elas devem ser vistas como defeituosas. Estas "cinturas de vespa" podem ter sido transmitidas a elas por suas mães, como resultado de sua indulgência na prática corrompida do uso de espartilho, e em conseqüência de respiração imperfeita. As pobres crianças nascidas destas miseráveis escravas da moda têm diminuída a sua vitalidade, e estão predispostas a contrair doenças. As impurezas retidas no organismo em conseqüência da respiração imperfeita são transmitidas para sua descendência" (Review and Herald, 31 de outubro de 1871).
Alguns têm questionado a credibilidade de Ellen White por sugerir a possibilidade de que algumas mulheres podem ter herdado cinturas pequenas de suas mães - como se ela estivesse reivindicando revelação divina neste ponto. Sua declaração cautelosa, qualificada ("podem ter herdado") indica que ela não estava alegando revelação neste ponto. Mesmo que ela estivesse equivocada em sua compreensão de como algumas pessoas podem ter adquirido suas deformidades físicas, isto não nega os princípios de saúde que ela estava defendendo, ou a sabedoria de seu conselho para que as mulheres abandonassem tais práticas insalubres.
"Os espartilhos que estão mais uma vez sendo usados para comprimir a cintura é um dos aspectos mais preocupantes no vestuário feminino. A saúde e a vida estão sendo sacrificadas no intuito de obedecer a uma moda que é desprovida de verdadeira beleza e conforto. A compressão da cintura enfraquece os músculos dos órgãos respiratórios; atrapalha o processo de digestão; o coração, o fígado, os pulmões, o baço, e o estômago são amontoados num pequeno espaço, impedindo a ação saudável destes órgãos. ...
"Ao amarrar o corpo, os órgãos internos das mulheres são comprimidos fora de suas posições. É raro encontrar uma mulher que esteja completamente saudável. A maioria delas têm várias doenças. Muitas têm enfrentado problemas de fraqueza e tem tido muita dor. Estas mulheres vestidas elegantemente não podem transmitir boa constituição para seus filhos. Algumas mulheres têm naturalmente cinturas pequenas. Mas ao invés de se considerar tais formas como bonitas, elas devem ser vistas como defeituosas. Estas "cinturas de vespa" podem ter sido transmitidas a elas por suas mães, como resultado de sua indulgência na prática corrompida do uso de espartilho, e em conseqüência de respiração imperfeita. As pobres crianças nascidas destas miseráveis escravas da moda têm diminuída a sua vitalidade, e estão predispostas a contrair doenças. As impurezas retidas no organismo em conseqüência da respiração imperfeita são transmitidas para sua descendência" (Review and Herald, 31 de outubro de 1871).
Alguns têm questionado a credibilidade de Ellen White por sugerir a possibilidade de que algumas mulheres podem ter herdado cinturas pequenas de suas mães - como se ela estivesse reivindicando revelação divina neste ponto. Sua declaração cautelosa, qualificada ("podem ter herdado") indica que ela não estava alegando revelação neste ponto. Mesmo que ela estivesse equivocada em sua compreensão de como algumas pessoas podem ter adquirido suas deformidades físicas, isto não nega os princípios de saúde que ela estava defendendo, ou a sabedoria de seu conselho para que as mulheres abandonassem tais práticas insalubres.
OS ESCRAVOS NÃO HERDARÃO A SALVAÇÃO? OU ALGUNS ESCRAVOS NÃO SERÃO RESSUCITADOS?
Ellen White aborda esse assunto no livro Primeiros Escritos, pág. 276, onde aparece a seguinte declaração: “Vi que o senhor de escravos terá de responder pela salvação de seus escravos a quem ele tem conservado em ignorância; e os pecados dos escravos serão visitados sobre o senhor. Deus não pode levar para o Céu o escravo que tem sido conservado em ignorância e degradação, nada sabendo de Deus ou da Bíblia, nada temendo senão o açoite do seu senhor, e conservando-se em posição mais baixa que a dos animais. Mas Deus faz por ele o melhor que um Deus compassivo pode fazer. Permite-lhe ser como se nunca tivesse existido, ao passo que o senhor tem de enfrentar as sete últimas pragas e então passar pela segunda ressurreição e sofrer a segunda e mais terrível morte. Estará então satisfeita a justiça de Deus.”
O próprio texto deixa claro que a Sra. White está se referindo aqui, não a todos os escravos de forma generalizada, mas somente àqueles que foram mantidos “em ignorância e degradação, nada sabendo de Deus ou da Bíblia, nada temendo senão o açoite do seu senhor, e conservando-se em posição mais baixa que a dos animais”. É interessante notarmos que um pouco mais para frente no mesmo livro Primeiros Escritos, pág. 286, são mencionados escravos entre os justos que receberão a vida eterna: “Vi o escravo piedoso levantar-se com vitória e triunfo, e sacudir as cadeias que o ligavam, enquanto seu ímpio senhor estava em confusão e não sabia o que fazer; pois os ímpios não podiam compreender as palavras da voz de Deus.”
Alguns fazem objeção a esta declaração porque a Bíblia diz que "todos os que se acham nos túmulos ... sairão" (João 5:28 e 29). Alguns capítulos mais tarde, João citou Jesus: "E Eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a Mim" (João 12:32). Aqui temos dois exemplos entre muitos onde os escritores bíblicos usaram linguagem todo-inclusiva mas com restrições bem definidas. Ninguém, senão os universalistas, afirma que todos, cedo ou tarde, serão redimidos, a despeito de seu caráter ou de seu desejo. Nem todas as pessoas serão atraídas a Jesus porque nem todas estão dispostas a ser atraídas!
Outro exemplo de uma declaração geral, todo-inclusiva, é a descrição que João faz do segundo advento: "... e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes, e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos da face dAquele que Se assenta no trono" (Apoc. 6:15, 16). Obviamente, nem todo escravo e nem todo livre irão se perder!
Os profetas, como todas as outras pessoas, usam às vezes linguagem inclusiva, e a maioria das pessoas entende as restrições que estão subentendidas. A pergunta seguinte é: como Deus lida com aqueles que não estão nem entre "os que tiverem feito o bem", nem entre "os que tiverem praticado o mal" (João 5:29)? O melhor que podemos fazer é nos unir a Abraão, o pai dos fiéis, e crer com confiança: "Não fará justiça o Juiz de toda a Terra?" (Gên. 18:25).
PERUCAS E INSANIDADE?
Na edição de outubro de 1871 de The Health Reformer, [1] Ellen White escreveu sobre "condescendências prejudiciais" que militam contra os mais elevados interesses e felicidade das mulheres. Entre essas "condescendências", ela incluía as perucas que, "cobrindo a base do cérebro, aquecem e estimulam os nervos espinhais que se centralizam no cérebro". Como resultado de "seguir esta moda deformadora", disse ela, "muitas perderam a razão e chegaram a um estado de insanidade sem esperança".
No contexto das perucas confortáveis de hoje, os críticos tendem a ridicularizar esta declaração. Mas a Sra. White fazia referência a um produto inteiramente diferente. As perucas que ela descrevia eram "ramalhetes monstruosos de cabelos encaracolados, algodão, plantas marinhas, lã, barba-de-velho, e outras numerosas abominações". [2] Certa senhora disse que sua cabeleira gerava "um grau antinatural de calor na parte posterior da cabeça", e produzia "uma incômoda dor de cabeça durante todo o tempo que era usada".
Um outro artigo de The Health Reformer (citando o Marshall Statesman e o Springfield Republican ) descrevia os perigos de se usar "perucas de juta" - perucas feitas da casca de uma árvore escura e fibrosa. Ao que parece, essas perucas estavam freqüentemente infestadas de "percevejos da juta", pequeninos insetos que se enterravam sob o couro cabeludo. Certa senhora relatou que sua cabeça ficou em carne viva, e seu cabelo começou a cair. Teve todo o coro cabeludo "perfurado por esses parasitas escavadores". "A mulher... é representada como quase louca devido ao terrível sofrimento, e à expectativa de morte horrível que os médicos parecem incapazes de evitar". [3]
Com relatos como este na imprensa, é fácil entender por que Ellen White advertia as mulheres contra os possíveis perigos de usar perucas e procurar "acompanhar a volúvel moda, apenas para criar sensação". [4]
Notas:
[1] The Health Reformer , outubro de 1871, pp. 120 e 121.
[2] Ibidem , julho de 1867.
[3] Ibidem , janeiro de 1871.
[4] Ibidem , outubro de 1871.
No contexto das perucas confortáveis de hoje, os críticos tendem a ridicularizar esta declaração. Mas a Sra. White fazia referência a um produto inteiramente diferente. As perucas que ela descrevia eram "ramalhetes monstruosos de cabelos encaracolados, algodão, plantas marinhas, lã, barba-de-velho, e outras numerosas abominações". [2] Certa senhora disse que sua cabeleira gerava "um grau antinatural de calor na parte posterior da cabeça", e produzia "uma incômoda dor de cabeça durante todo o tempo que era usada".
Um outro artigo de The Health Reformer (citando o Marshall Statesman e o Springfield Republican ) descrevia os perigos de se usar "perucas de juta" - perucas feitas da casca de uma árvore escura e fibrosa. Ao que parece, essas perucas estavam freqüentemente infestadas de "percevejos da juta", pequeninos insetos que se enterravam sob o couro cabeludo. Certa senhora relatou que sua cabeça ficou em carne viva, e seu cabelo começou a cair. Teve todo o coro cabeludo "perfurado por esses parasitas escavadores". "A mulher... é representada como quase louca devido ao terrível sofrimento, e à expectativa de morte horrível que os médicos parecem incapazes de evitar". [3]
Com relatos como este na imprensa, é fácil entender por que Ellen White advertia as mulheres contra os possíveis perigos de usar perucas e procurar "acompanhar a volúvel moda, apenas para criar sensação". [4]
Notas:
[1] The Health Reformer , outubro de 1871, pp. 120 e 121.
[2] Ibidem , julho de 1867.
[3] Ibidem , janeiro de 1871.
[4] Ibidem , outubro de 1871.
PODEM PESSOAS QUE JÁ FORAM ESPÍRITAS EXERCER CARGOS DE LIDERANÇA NA IGREJA?
O efeito negativo do espiritismo sobre o discernimento espiritual do ser humano é tratado por Ellen White no livro Primeiros Escritos, págs. 101 e 102, em que é dito o seguinte:
“Deus não confiará o cuidado do Seu precioso rebanho a homens cuja mente e discernimento tenham sido enfraquecidos por erros anteriores que acariciavam, tais como os assim chamados perfeccionismo e espiritismo, e que, por sua conduta quando nesses erros, infelicitaram-se a si mesmos e levaram opróbrio sobre a causa da verdade. Embora se sintam agora livres de erro e capacitados para ir e ensinar esta última mensagem, Deus não os aceitará. Ele não confiará almas preciosas aos seus cuidados; pois o seu juízo ficou pervertido enquanto estiveram no erro, e está agora debilitado. Aquele que é Grande e Santo é um Deus zeloso, e deseja que os homens que levam a Sua verdade sejam santos. A santa lei anunciada por Deus do Sinai é parte de Si próprio, e somente homens santos que sejam seus estritos observadores honrá- Lo-ão ensinando-a a outros.”
Quando a Sra. White diz que Deus não aceitaria pessoas envolvidas com o perfeccionismo e o espiritismo, isto não implica uma exclusão do acesso à salvação, mas apenas a não concessão de funções de liderança entre o povo de Deus. Ao mesmo tempo que ela diz que “embora se sintam agora livres de erro” (estado de salvação), ela também acrescenta que Deus “não confiará almas preciosas aos seus cuidados” (desqualificação para liderança). Tais pessoas não
deveriam exercer funções de liderança na igreja, “pois o seu juízo ficou pervertido enquanto estiveram no erro, e está agora debilitado”.
Não cremos, portanto, que todas as pessoas que já se envolveram com as falsas teorias acima mencionadas (incluindo o espiritismo) estejam automaticamente desqualificadas para cargos de liderança na igreja. Essa restrição se limita apenas àqueles cujo juízo continua “pervertido” e “debilitado” em decorrência de tais envolvimentos. Mas isso não limita de nenhuma forma o seu
acesso à salvação, pois no livro O Grande Conflito, pág. 665, é dito que “mais próximo do trono” estarão “os que já foram zelosos na causa de Satanás, mas que, arrancados como tições do fogo, seguiram seu Salvador com devoção profunda, intensa”.
O AMOR DE DEUS POR CRIANÇAS QUE ERRAM
Alguns têm ficado em dúvida quanto a certas expressões de Ellen White usadas em algumas cartas para seus filhos no princípio da década de 1860. Em seu terno amor, ela lhes apelava à alma de várias formas. Em 1860 ela estava falando a crianças entre 6 e 13 anos. Tentando dar uma idéia geral das coisas em linguagem simples, esta mãe de 33 anos usava linguagem que às vezes se parecia mais com taquigrafia teológica, especialmente quando escreveu que o Senhor ama crianças "que tentam fazer o que é correto" mas "Deus não ama crianças perversas".
Assim como precisamos considerar alguns textos bíblicos difíceis dentro do contexto bíblico total, precisamos fazer o mesmo com Ellen White. Por exemplo, em Deuteronômio 7:10 e 11 notamos que Deus "dá o pago diretamente aos que O odeiam, fazendo-os perecer: não será demorado para com o que O odeia; prontamente lho retribuirá. Guarda, pois, os mandamentos, os estatutos e os juízos que hoje te mando cumprir". No Salmo 11:5 lemos: "O Senhor põe à prova ao justo e ao ímpio; mas ao que ama a violência, a Sua alma o abomina". Em si mesmas estas declarações parecem severas, mas quando colocadas no contexto da Bíblia toda (inclusive textos como Isa. 1:18-20; Jer. 31:3; João 3:16, 17; João 14-17), seu verdadeiro significado se torna claro.
Note o contexto mais amplo do conselho de Ellen White para os pais (1892): "Jesus gostaria que os pais e mães ensinassem seus filhos ... que Deus os ama, que sua natureza pode ser mudada e colocada em harmonia com Deus. Não ensinem seus filhos que Deus não os ama quando procedem errado; ensinem-lhes que Ele os ama tanto que Seu terno Espírito Se entristece ao vê-los em transgressão, porque Ele sabe que estão prejudicando sua própria alma. Não aterrorizem seus filhos falando-lhes da ira de Deus, mas procurem impressioná-los com Seu inexprimível amor e bondade, deixando assim que a glória do Senhor seja revelada diante deles."[1]
Em outras circunstâncias, ela fez clara diferença entre Deus amar uma pessoa e endossar o que essa pessoa possa estar fazendo.[2] Em claros termos teológicos, ela apresentou o fato de que o caráter determina o destino. Mes mo um Deus amoroso não vai remodelar o caráter das pessoas após sua morte a fim de redimi-las.[3]
Contudo, quanta teologia pode uma criança de seis anos compreender? Deus enfrentou o mesmo desafio quando instruiu os recém-libertados israelitas após seu êxodo do Egito. Ele usou linguagem e métodos de jardim da infância - inclusive a ilustração do ritual do santuário no deserto - pois este era o único nível de linguagem que eles podiam entender. Às vezes a ameaça de desaprovação e castigo pode captar a atenção de crianças de seis anos e de israelitas recém-libertos quando a linguagem de amor não causaria impacto nenhum.
Ellen White usou ambos os métodos ao lidar com seus garotos, e aparentemente o efeito foi bom. Os registros contêm numerosas ocasiões em que ela falou a seus filhos sobre um Deus amigo, orando em muitas ocasiões com eles sobre seu crescimento espiritual. Se a jovem Ellen fosse confrontada com um possível mal-entendido sobre suas palavras, ela diria imediatamente o que, em substância, escreveria mais tarde de maneira mais completa: "O que eu queria dizer - e creio que os garotos entenderam - era que Deus não é conivente com a desobediência, embora sempre ame meninos e meninas, bons ou maus. A desobediência tem conseqüências duras, e Deus, em amor, não deseja que eles experimentem o preço da desobediência."[4]
Ellen White nem sempre expressava seus pensamentos de maneira perfeita na primeira tentativa, e sua declaração posterior indica que ela encontrou uma forma melhor de apresentar tanto o desagrado de Deus quanto o Seu amor.
Nota:
[1] Signs of the Times, February 15, 1892; "Seu coração [de Jesus] estende-se, não somente para as crianças bem- comportadas, mas para as que têm, por herança, traços objetáveis de caráter. Muitos pais não compreendem quanto são responsáveis por esses traços em seus filhos. ... Mas Jesus olha essas crianças com piedade. Ele segue da causa para o efeito" ( O Desejado de Todas as Nações, pág. 517).
[2] Ver Testemunhos para a Igreja, vol. 2, págs. 558-565, para uma carta sensível a um adolescente mimado.
[3] Parábolas de Jesus, págs. 74, 84, 123; Testemunhos para a Igreja, vol. 2, págs. 355, 356.
[4] Ver notas anteriores, citando Signs of the Times, 15 de fevereiro de 1892, e O Desejado de Todas as Nações, pág. 517.
[Adaptado de Herbert E. Douglass, Mes senger of the Lord: the Prophetic Ministry of Ellen G. White (Nampa, Idaho: Pacific Press Publishing Association, 1998), págs. 59, 60.]
A respeito de uma assembléia ocorrida em 1856 Ellen White declarou: "Foi-me mostrado o grupo presente à assembléia. Disse o anjo: 'Alguns servirão de alimento para os vermes, alguns estarão sujeitos às setes últimas pragas, outros estarão vivos e permanecerão sobre a Terra para serem transladados na vinda de Jesus'". Todos os que estavam vivos na época estão agora mortos. Isto implica que a Sra. White era uma falsa profetisa?
Numerosas declarações feitas por Ellen White nas décadas que se seguiram à visão de 1856 demonstram seu claro entendimento de que há uma qualidade condicional implícita nas promessas e ameaças de Deus - como Jeremias declarou - e que o aspecto condicional nas predições a respeito do advento de Cristo envolve a condição do coração dos seguidores de Cristo. A declaração seguinte, escrita em 1883, é especialmente relevante sobre este ponto:
"Os anjos de Deus apresentam o tempo como sendo muito breve. Assim me tem sempre sido apresentado. Verdade é que o tempo se tem prolongado além do que esperávamos nos primitivos dias desta mensagem. Nosso Salvador não apareceu tão breve como esperávamos. Falhou, porém, a Palavra de Deus? Absolutamente! Cumpre lembrar que as promessas e as ameaças de Deus são igualmente condicionais.
"Não era a vontade de Deus que a vinda de Cristo houvesse sido assim retardada. Não era desígnio Seu que Seu povo, Israel, vagueasse quarenta anos no deserto. Prometeu conduzi-los diretamente à terra de Canaã, e estabelecê-los ali como um povo santo, sadio e feliz. Aqueles, porém, a quem foi primeiro pregado, não entraram "por causa da incredulidade". Seu coração estava cheio de murmuração, rebelião e ódio, e Ele não podia cumprir Seu concerto com eles.
"Por quarenta anos a incredulidade, a murmuração e a rebelião excluíram o antigo Israel da terra de Canaã. Os mesmos pecados têm retardado a entrada do Israel moderno na Canaã celestial. Em nenhum dos casos houve falta da parte das promessas de Deus. É a incredulidade, a mundanidade, a falta de consagração e a contenda entre o professo povo de Deus que nos têm detido neste mundo de pecado e dor por tantos anos" (Ms 4, 1883, citado em Evangelismo, pp. 695, 696).
Podemos entender melhor a predição da Sra. White de 1856 ao examiná-la à luz das características condicionais das promessas proféticas encontradas nas Escrituras.
Assim como precisamos considerar alguns textos bíblicos difíceis dentro do contexto bíblico total, precisamos fazer o mesmo com Ellen White. Por exemplo, em Deuteronômio 7:10 e 11 notamos que Deus "dá o pago diretamente aos que O odeiam, fazendo-os perecer: não será demorado para com o que O odeia; prontamente lho retribuirá. Guarda, pois, os mandamentos, os estatutos e os juízos que hoje te mando cumprir". No Salmo 11:5 lemos: "O Senhor põe à prova ao justo e ao ímpio; mas ao que ama a violência, a Sua alma o abomina". Em si mesmas estas declarações parecem severas, mas quando colocadas no contexto da Bíblia toda (inclusive textos como Isa. 1:18-20; Jer. 31:3; João 3:16, 17; João 14-17), seu verdadeiro significado se torna claro.
Note o contexto mais amplo do conselho de Ellen White para os pais (1892): "Jesus gostaria que os pais e mães ensinassem seus filhos ... que Deus os ama, que sua natureza pode ser mudada e colocada em harmonia com Deus. Não ensinem seus filhos que Deus não os ama quando procedem errado; ensinem-lhes que Ele os ama tanto que Seu terno Espírito Se entristece ao vê-los em transgressão, porque Ele sabe que estão prejudicando sua própria alma. Não aterrorizem seus filhos falando-lhes da ira de Deus, mas procurem impressioná-los com Seu inexprimível amor e bondade, deixando assim que a glória do Senhor seja revelada diante deles."[1]
Em outras circunstâncias, ela fez clara diferença entre Deus amar uma pessoa e endossar o que essa pessoa possa estar fazendo.[2] Em claros termos teológicos, ela apresentou o fato de que o caráter determina o destino. Mes mo um Deus amoroso não vai remodelar o caráter das pessoas após sua morte a fim de redimi-las.[3]
Contudo, quanta teologia pode uma criança de seis anos compreender? Deus enfrentou o mesmo desafio quando instruiu os recém-libertados israelitas após seu êxodo do Egito. Ele usou linguagem e métodos de jardim da infância - inclusive a ilustração do ritual do santuário no deserto - pois este era o único nível de linguagem que eles podiam entender. Às vezes a ameaça de desaprovação e castigo pode captar a atenção de crianças de seis anos e de israelitas recém-libertos quando a linguagem de amor não causaria impacto nenhum.
Ellen White usou ambos os métodos ao lidar com seus garotos, e aparentemente o efeito foi bom. Os registros contêm numerosas ocasiões em que ela falou a seus filhos sobre um Deus amigo, orando em muitas ocasiões com eles sobre seu crescimento espiritual. Se a jovem Ellen fosse confrontada com um possível mal-entendido sobre suas palavras, ela diria imediatamente o que, em substância, escreveria mais tarde de maneira mais completa: "O que eu queria dizer - e creio que os garotos entenderam - era que Deus não é conivente com a desobediência, embora sempre ame meninos e meninas, bons ou maus. A desobediência tem conseqüências duras, e Deus, em amor, não deseja que eles experimentem o preço da desobediência."[4]
Ellen White nem sempre expressava seus pensamentos de maneira perfeita na primeira tentativa, e sua declaração posterior indica que ela encontrou uma forma melhor de apresentar tanto o desagrado de Deus quanto o Seu amor.
Nota:
[1] Signs of the Times, February 15, 1892; "Seu coração [de Jesus] estende-se, não somente para as crianças bem- comportadas, mas para as que têm, por herança, traços objetáveis de caráter. Muitos pais não compreendem quanto são responsáveis por esses traços em seus filhos. ... Mas Jesus olha essas crianças com piedade. Ele segue da causa para o efeito" ( O Desejado de Todas as Nações, pág. 517).
[2] Ver Testemunhos para a Igreja, vol. 2, págs. 558-565, para uma carta sensível a um adolescente mimado.
[3] Parábolas de Jesus, págs. 74, 84, 123; Testemunhos para a Igreja, vol. 2, págs. 355, 356.
[4] Ver notas anteriores, citando Signs of the Times, 15 de fevereiro de 1892, e O Desejado de Todas as Nações, pág. 517.
[Adaptado de Herbert E. Douglass, Mes senger of the Lord: the Prophetic Ministry of Ellen G. White (Nampa, Idaho: Pacific Press Publishing Association, 1998), págs. 59, 60.]
ALGUNS EM 1856 ESTARIAM VIVOS QUANDO JESUS RETORNASSE?
A respeito de uma assembléia ocorrida em 1856 Ellen White declarou: "Foi-me mostrado o grupo presente à assembléia. Disse o anjo: 'Alguns servirão de alimento para os vermes, alguns estarão sujeitos às setes últimas pragas, outros estarão vivos e permanecerão sobre a Terra para serem transladados na vinda de Jesus'". Todos os que estavam vivos na época estão agora mortos. Isto implica que a Sra. White era uma falsa profetisa?
Numerosas declarações feitas por Ellen White nas décadas que se seguiram à visão de 1856 demonstram seu claro entendimento de que há uma qualidade condicional implícita nas promessas e ameaças de Deus - como Jeremias declarou - e que o aspecto condicional nas predições a respeito do advento de Cristo envolve a condição do coração dos seguidores de Cristo. A declaração seguinte, escrita em 1883, é especialmente relevante sobre este ponto:
"Os anjos de Deus apresentam o tempo como sendo muito breve. Assim me tem sempre sido apresentado. Verdade é que o tempo se tem prolongado além do que esperávamos nos primitivos dias desta mensagem. Nosso Salvador não apareceu tão breve como esperávamos. Falhou, porém, a Palavra de Deus? Absolutamente! Cumpre lembrar que as promessas e as ameaças de Deus são igualmente condicionais.
"Não era a vontade de Deus que a vinda de Cristo houvesse sido assim retardada. Não era desígnio Seu que Seu povo, Israel, vagueasse quarenta anos no deserto. Prometeu conduzi-los diretamente à terra de Canaã, e estabelecê-los ali como um povo santo, sadio e feliz. Aqueles, porém, a quem foi primeiro pregado, não entraram "por causa da incredulidade". Seu coração estava cheio de murmuração, rebelião e ódio, e Ele não podia cumprir Seu concerto com eles.
"Por quarenta anos a incredulidade, a murmuração e a rebelião excluíram o antigo Israel da terra de Canaã. Os mesmos pecados têm retardado a entrada do Israel moderno na Canaã celestial. Em nenhum dos casos houve falta da parte das promessas de Deus. É a incredulidade, a mundanidade, a falta de consagração e a contenda entre o professo povo de Deus que nos têm detido neste mundo de pecado e dor por tantos anos" (Ms 4, 1883, citado em Evangelismo, pp. 695, 696).
Podemos entender melhor a predição da Sra. White de 1856 ao examiná-la à luz das características condicionais das promessas proféticas encontradas nas Escrituras.
A INGLATERRA DECLARARIA GUERRA AOS EUA DURANTE A GUERRA CIVIL AMERICANA?
Ellen G. White predisse que a Inglaterra declararia guerra contra os Estados Unidos? Aqui está o contexto da sua declaração:
"A Inglaterra está estudando se é melhor tirar proveito da atual condição fraca de nosso país, e se aventurar a fazer guerra contra ele. Ela está avaliando o assunto e tentando sondar outras nações. Teme que, se iniciar uma guerra no exterior, estaria fraca no próprio território, e outras nações tirariam proveito de sua fraqueza. Outros países estão fazendo preparativos silenciosos, todavia diligentes, para a guerra, e estão esperando que a Inglaterra entre em guerra contra nossa nação, para então terem a oportunidade de vingar-se da exploração e injustiças de que foram vítimas no passado. Uma parte dos países sujeitos à rainha está esperando por uma chance favorável para quebrar seu jugo; mas se a Inglaterra achar que valerá a pena, não vacilará um momento para aumentar as oportunidades de exercer seu poder e humilhar nossa nação. Quando a Inglaterra declarar guerra, todas as nações terão interesses próprios a atender, e haverá guerra e confusão generalizadas" (Testemunhos para a Igreja, vol. 1, p. 259).
Note o caráter condicional destas declarações: "Teme que, se iniciar uma guerra no exterior, estaria fraca no próprio território". "Mas se a Inglaterra achar que valerá a pena." Então prossegue: "Quando a Inglaterra declarar guerra. ..." É evidente que a Sra. White está usando aqui a palavra "quando" como um sinônimo para "se", o que é perfeitamente correto. De fato, se não entendermos deste modo a palavra "quando" nesta conexão, teremos uma situação complicada - uma série problemática de "se"s é seguida por uma simples declaração de que a Inglaterra irá declarar guerra. Assim a última sentença da Sra. White tornaria suas sentenças anteriores sem sentido.
Um emprego parecido da palavra "quando" é encontrado na página anterior em sua obra: "Quando nosso país observar o jejum que Deus escolheu, então Ele aceitará suas orações no que diz respeito à guerra". Ninguém vai achar que a palavra "quando" nesta conexão introduz uma declaração simples relativa a um fato futuro que indubitavelmente acontecerá.
Um paralelo inspirado desta construção com "se" e "quando" se encontra em Jeremias 42:10-19. O profeta fala a Israel sobre permanecer na Palestina ao invés de descer para o Egito:
> "Se permanecerdes nesta terra. ..." verso 10
> "Mas se vós disserdes: Não ficaremos nesta terra. ..." verso 13
> "Se tiverdes o firme propósito de entrar no Egito e fordes para morar. ..." verso 15
> "Quando entrardes no Egito. ..." verso 18
> É evidente que a frase "quando entrardes no Egito" é sinônima de "se entrardes no Egito".
Com a sentença "quando a Inglaterra declarar guerra", entendida como sinônimo de "se a Inglaterra declarar guerra", a declaração muda de uma predição para uma declaração de mera possibilidade, porém uma possibilidade cujas potencialidades totais muitos talvez não percebam.
[Adaptado de Francis D. Nichol, Ellen G. White and Her Critics, pp. 122, 123.]
"A Inglaterra está estudando se é melhor tirar proveito da atual condição fraca de nosso país, e se aventurar a fazer guerra contra ele. Ela está avaliando o assunto e tentando sondar outras nações. Teme que, se iniciar uma guerra no exterior, estaria fraca no próprio território, e outras nações tirariam proveito de sua fraqueza. Outros países estão fazendo preparativos silenciosos, todavia diligentes, para a guerra, e estão esperando que a Inglaterra entre em guerra contra nossa nação, para então terem a oportunidade de vingar-se da exploração e injustiças de que foram vítimas no passado. Uma parte dos países sujeitos à rainha está esperando por uma chance favorável para quebrar seu jugo; mas se a Inglaterra achar que valerá a pena, não vacilará um momento para aumentar as oportunidades de exercer seu poder e humilhar nossa nação. Quando a Inglaterra declarar guerra, todas as nações terão interesses próprios a atender, e haverá guerra e confusão generalizadas" (Testemunhos para a Igreja, vol. 1, p. 259).
Note o caráter condicional destas declarações: "Teme que, se iniciar uma guerra no exterior, estaria fraca no próprio território". "Mas se a Inglaterra achar que valerá a pena." Então prossegue: "Quando a Inglaterra declarar guerra. ..." É evidente que a Sra. White está usando aqui a palavra "quando" como um sinônimo para "se", o que é perfeitamente correto. De fato, se não entendermos deste modo a palavra "quando" nesta conexão, teremos uma situação complicada - uma série problemática de "se"s é seguida por uma simples declaração de que a Inglaterra irá declarar guerra. Assim a última sentença da Sra. White tornaria suas sentenças anteriores sem sentido.
Um emprego parecido da palavra "quando" é encontrado na página anterior em sua obra: "Quando nosso país observar o jejum que Deus escolheu, então Ele aceitará suas orações no que diz respeito à guerra". Ninguém vai achar que a palavra "quando" nesta conexão introduz uma declaração simples relativa a um fato futuro que indubitavelmente acontecerá.
Um paralelo inspirado desta construção com "se" e "quando" se encontra em Jeremias 42:10-19. O profeta fala a Israel sobre permanecer na Palestina ao invés de descer para o Egito:
> "Se permanecerdes nesta terra. ..." verso 10
> "Mas se vós disserdes: Não ficaremos nesta terra. ..." verso 13
> "Se tiverdes o firme propósito de entrar no Egito e fordes para morar. ..." verso 15
> "Quando entrardes no Egito. ..." verso 18
> É evidente que a frase "quando entrardes no Egito" é sinônima de "se entrardes no Egito".
Com a sentença "quando a Inglaterra declarar guerra", entendida como sinônimo de "se a Inglaterra declarar guerra", a declaração muda de uma predição para uma declaração de mera possibilidade, porém uma possibilidade cujas potencialidades totais muitos talvez não percebam.
[Adaptado de Francis D. Nichol, Ellen G. White and Her Critics, pp. 122, 123.]
JERUSALEM NUNCA SERIA RECONSTRUÍDA?
Ellen White escreveu em 1851 que a "velha Jerusalém jamais seria reconstruída". [1] Por si mesma, essa declaração parece insustentável. Mas quando o cenário é reconstruído descobrimos a Sra. White aconselhando ao crescente grupo de adventistas que tanto a marcação de datas [2] como o conceito de "era vindoura" [3] eram incompatíveis com a verdade bíblica. Ela salientava que as profecias do Antigo Testamento referentes ao estabelecimento de um reino judaico na Palestina eram condicionais à obediência e haviam sido envalidadas pela desobediência. As profecias não realizadas seriam cumpridas no "verdadeiro Israel" conforme o revela o texto do Novo Testamento.
Assim sendo, o movimento popular da década de 1840 e 1850 para promover um Estado sionista na Palestina não era cumprimento da profecia bíblica, nem uma cruzada na qual os adventistas deviam envolver-se. Suas advertências e instruções pretendiam desviar o interesse da Palestina para a obra que Deus havia aberto perante eles.
Numa visão recebida em setembro de 1850, ela viu que constituía "grande erro" crer que "é seu dever ir à antiga Jerusalém, entendendo que têm uma obra a fazer ali antes que o Senhor venha.; pois os que pensam que devem não obstante ir à velha Jerusalém terão seus pensamentos fixados nisso, e os seus recursos serão tirados da causa da verdade presente para permitir a eles e outros estar ali". [4]
Menos de um ano depois, em agosto de 1851, ela escreveu com maior ênfase "que a velha Jerusalém jamais seria reconstruída, e que Satanás estava fazendo o máximo para lever a mente dos filhos do Senhor para essas coisas agora, no tempo do ajuntamento, impedindo-os de dedicar todo o seu interesse à presente obra do Senhor, levando-os assim a negligenciarem a necessária preparação para o dia do Senhor". [5]
Como os leitores de Ellen White entenderam essa afirmação? Que não havia luz no ensino popular da "era vindoura", que não há importância bíblica na volta dos judeus à Palestina, que Jerusalém nunca seria reconstruída no período de um milênio futuro. Ela não falava sobre a possível reconstrução política de Jerusalém, mas de uma reconstrução profeticamente importante da antiga Jerusalém. Continuar pensando daquela maneira, enfatizava ela, era mergulhar mais uma vez nos enganos de Satanás e afastar-se da verdade presente.
Notas:
[1] Primeiros Escritos, p. 75. Esta frase aparece no capítulo "O Tempo do Ajuntamento", que combina duas visões e algumas linhas adicionais. A primeira visão, ocorrida em 23 de setembro de 1850, tratava do "tempo do ajuntamento" de "Israel", das datas do diagrama milerita de 1843, do "diário", da marcação de datas e do erro de ir à antiga Jerusalém. A segunda visão, ocorrida em 21 de junho de 1851, focalizava a mensagem do terceiro anjo, a marcação de datas e a não reconstrução da antiga Jerusalém.
[2] Muitos ex-mileritas estavam marcando diversas datas para o retorno de Jesus, com 1850 e 1851 sendo as últimas datas do fim da profecia dos 2.300 dias/anos. Embora os adventistas sabatistas fossem em geral imunes à marcação de datas, Hiram Edson e José Bates defendiam os anos de 1850 e 1851, respectivamente. Tiago White manteve os pontos de vista deles fora da Present Truth, da Advent Review e da Review and Herald.
[3] Os expoentes da Era Vindoura, liderados por Joseph Marsh, O. R. L. Crosier e George Storrs, criam, com diversas variações, que o Segundo Advento inauguraria o reino milenial na Terra durante o qual o mundo se converteria ao reino de cristo com os judeus desempenhando papel principal. Este grupo intimamente se relacionava com os literalistas (adventistas britânicos) que haviam crido que na década de 1840 os judeus literais dariam as boas-vindas a seu Messias (Cristo) na Palestina, cumprindo assim as profecias do Antigo Testamento com Jerusalém tornando-se a capital de Cristo durante o milênio. A maior parte dos mileritas havia rejeitado este aspecto de sua teologia adventista, tachando-o de judaísmo. (Ver Josiah Litch, "The Rise and Progress of Adventism," The Advent Shield and Review, maio de 1844, p. 92, citado em Seventh-day Adventist Bible Students' Source Book, p. 513.) Os primeiros apostates dos primitivos adventistas do sétimo dia foram H.S.Case e C.P.Russell, que haviam, entre outros conceitos, abraçado a teoria da "Era Vindoura". Ver The Seventh-day Adventist Encyclopedia , vol. 11, pp. 51 e 52.
[4] Primeiros Escritos, p. 75.
[5] Primeiros Escritos, pp. 75 e 76
[Extraído do livro: Mensageira do Senhor: O ministério profético de Ellen G. White, por Herbert E. Douglass, (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2001), pp. 488 e 489].
Assim sendo, o movimento popular da década de 1840 e 1850 para promover um Estado sionista na Palestina não era cumprimento da profecia bíblica, nem uma cruzada na qual os adventistas deviam envolver-se. Suas advertências e instruções pretendiam desviar o interesse da Palestina para a obra que Deus havia aberto perante eles.
Numa visão recebida em setembro de 1850, ela viu que constituía "grande erro" crer que "é seu dever ir à antiga Jerusalém, entendendo que têm uma obra a fazer ali antes que o Senhor venha.; pois os que pensam que devem não obstante ir à velha Jerusalém terão seus pensamentos fixados nisso, e os seus recursos serão tirados da causa da verdade presente para permitir a eles e outros estar ali". [4]
Menos de um ano depois, em agosto de 1851, ela escreveu com maior ênfase "que a velha Jerusalém jamais seria reconstruída, e que Satanás estava fazendo o máximo para lever a mente dos filhos do Senhor para essas coisas agora, no tempo do ajuntamento, impedindo-os de dedicar todo o seu interesse à presente obra do Senhor, levando-os assim a negligenciarem a necessária preparação para o dia do Senhor". [5]
Como os leitores de Ellen White entenderam essa afirmação? Que não havia luz no ensino popular da "era vindoura", que não há importância bíblica na volta dos judeus à Palestina, que Jerusalém nunca seria reconstruída no período de um milênio futuro. Ela não falava sobre a possível reconstrução política de Jerusalém, mas de uma reconstrução profeticamente importante da antiga Jerusalém. Continuar pensando daquela maneira, enfatizava ela, era mergulhar mais uma vez nos enganos de Satanás e afastar-se da verdade presente.
Notas:
[1] Primeiros Escritos, p. 75. Esta frase aparece no capítulo "O Tempo do Ajuntamento", que combina duas visões e algumas linhas adicionais. A primeira visão, ocorrida em 23 de setembro de 1850, tratava do "tempo do ajuntamento" de "Israel", das datas do diagrama milerita de 1843, do "diário", da marcação de datas e do erro de ir à antiga Jerusalém. A segunda visão, ocorrida em 21 de junho de 1851, focalizava a mensagem do terceiro anjo, a marcação de datas e a não reconstrução da antiga Jerusalém.
[2] Muitos ex-mileritas estavam marcando diversas datas para o retorno de Jesus, com 1850 e 1851 sendo as últimas datas do fim da profecia dos 2.300 dias/anos. Embora os adventistas sabatistas fossem em geral imunes à marcação de datas, Hiram Edson e José Bates defendiam os anos de 1850 e 1851, respectivamente. Tiago White manteve os pontos de vista deles fora da Present Truth, da Advent Review e da Review and Herald.
[3] Os expoentes da Era Vindoura, liderados por Joseph Marsh, O. R. L. Crosier e George Storrs, criam, com diversas variações, que o Segundo Advento inauguraria o reino milenial na Terra durante o qual o mundo se converteria ao reino de cristo com os judeus desempenhando papel principal. Este grupo intimamente se relacionava com os literalistas (adventistas britânicos) que haviam crido que na década de 1840 os judeus literais dariam as boas-vindas a seu Messias (Cristo) na Palestina, cumprindo assim as profecias do Antigo Testamento com Jerusalém tornando-se a capital de Cristo durante o milênio. A maior parte dos mileritas havia rejeitado este aspecto de sua teologia adventista, tachando-o de judaísmo. (Ver Josiah Litch, "The Rise and Progress of Adventism," The Advent Shield and Review, maio de 1844, p. 92, citado em Seventh-day Adventist Bible Students' Source Book, p. 513.) Os primeiros apostates dos primitivos adventistas do sétimo dia foram H.S.Case e C.P.Russell, que haviam, entre outros conceitos, abraçado a teoria da "Era Vindoura". Ver The Seventh-day Adventist Encyclopedia , vol. 11, pp. 51 e 52.
[4] Primeiros Escritos, p. 75.
[5] Primeiros Escritos, pp. 75 e 76
[Extraído do livro: Mensageira do Senhor: O ministério profético de Ellen G. White, por Herbert E. Douglass, (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2001), pp. 488 e 489].
PERIGOS FÍSICOS E ESPIRITUAIS DA MASTURBAÇÃO OU "ABUSO PRÓPRIO"
Poucos tópicos têm gerado mais ridicularização por parte dos críticos do que as declarações de Ellen White a respeito do "abuso próprio", "vício solitário", "auto-satisfação", "vício secreto", "poluição moral", etc. Ellen White nunca empregou o termo "masturbação".
A primeira referência que ela fez a este assunto apareceu num livreto de 64 páginas intitulado An Appeal to Mothers , em abril de 1864, nove meses depois de sua primeira visão abrangente sobre saúde. Dedicadas em grande parte à masturbação, as páginas 5 a 34 foram de sua própria pena; o restante consistiu de citações de autoridades médicas. [1]
Ellen White não disse que todas as conseqüências potencialmente sérias da masturbação, nem mesmo que a maior parte delas, aconteceriam a cada indivíduo que tivesse este hábito. Nem disse que o maior grau possível de uma grave conseqüência aconteceria à maioria daqueles que o praticavam.
Pesquisas modernas indicam que as veementes declarações de Ellen White podem ser confirmadas quando o que ela disse é devidamente compreendido. O ponto de vista geral hoje em dia, contudo, é que a masturbação é normal e saudável.
Dois médicos especialistas sugeriram uma ligação entre a masturbação e anormalidades físicas devido à deficiência de zinco. O Dr. David Horrobin, M.D. e Ph.D. pela Universidade de Oxford, declarou:
"A quantidade de zinco no sêmen é tanta que é possível uma ejaculação eliminar todo o zinco que pode ser absorvido pelos intestinos em um dia. Isto tem diversas conseqüências. A menos que a quantidade perdida seja substituída com uma dieta reforçada, as repetidas ejaculações podem levar a uma deficiência real de zinco e vários problemas podem ocorrer, incluisive a impotência".
"É até possível, dada a importância do zinco para o cérebro, que os moralistas do século dezenove estivessem corretos quando diziam que a masturbação repetidal poderia deixar alguém louco!" [2]
Uma pesquisa mais recente confirmou o papel fundamental do zinco como principal protetor do sistema imunológico, com inúmeras doenças físicas atribuídas à sua deficiência.
Dois profissionais na área de psicologia clínica e terapia familiar compararam as declarações de Ellen White sobre masturbação com o conhecimento médico atual. [3] O Dr. Richard Nies defendeu o conselho geral de Ellen White sobre masturbação, realçando quatro pontos principais:
01. A masturbação leva a "deterioração mental, moral e física. ... Não é a estimulação em si que é errada. É o que acontece com ... [as pessoas] quando elas se concentram em si mesmas e se tornam egocêntricas."
02. A masturbação "avaria as mais finas sensibilidades de nosso sistema nervoso. ... Não é difícil ver, em termos da mediação elétrica de nosso sistema nervoso, como a doença se torna um resultado natural para indivíduos que colocaram a satisfação própria no centro de seu ser. ... A doença é o resultado natural disto."
03. A masturbação é uma predisposição que pode ser "herdada, passada e transmitida de uma geração a outra, podendo levar mesmo à degeneração da raça".
04. Ao tratar com outros, especialmente com crianças, o conselho de Ellen White vai na direção de lidar com as conseqüências, de mostrar-lhes que devemos estar preparados para o amor e para a eternidade, e não para a gratificação própria com suas terríveis conseqüências. O Dr. Nies concluiu seu ensaio afirmando que "satisfação própria é sinônimo de destruição."
Alberta Mazat observou que a preocupação de Ellen White a respeito de masturbação se concentrava mais nas conseqüências mentais do que no "ato puramente físico. Ela estava mais preocupada com processos de pensamento, atitudes, fantasias etc." Mazat citou as referências de Ellen White para o fato de que "os efeitos não são os mesmos em todas as mentes", que "pensamentos impuros tomam e controlam a imaginação", e que a mente "adquire prazer em contemplar cenas que despertam paixões baixas".
Mazat observou também que alguns talvez fiquem embaraçados com as declarações chocantes de Ellen White a respeito de masturbação. Contudo, muitas outras declarações da Sra. White também pareciam "irrealistas e exageradas antes de a ciência confirmá-las, como por exemplo o câncer ser causado por vírus, os perigos do fumo, do comer em excesso, do consumo exagerado de gordura, açúcar e sal, para citar somente algumas. ... Parece que vale a pena lembrarmos que o conhecimento médico em qualquer assunto não é perfeito." [4]
Visto sob outra perspectiva, Deus sempre confirma o ideal para o Seu povo através de Seus mensageiros. Não importa como alguém reaja ao conselho específico de Ellen White, claramente a masturbação não era o que Deus tinha em mente quando Ele criou o homem e a mulher, uniu-os em casamento, e então instruiu-os para serem frutíferos e multiplicarem-se. O ideal de Deus no que diz respeito à sexualidade é o relacionamento de amor dentro do casamento entre marido e mulher. Qualquer outra coisa, incluindo a masturbação, fica aquém do ideal de Deus.
A primeira referência que ela fez a este assunto apareceu num livreto de 64 páginas intitulado An Appeal to Mothers , em abril de 1864, nove meses depois de sua primeira visão abrangente sobre saúde. Dedicadas em grande parte à masturbação, as páginas 5 a 34 foram de sua própria pena; o restante consistiu de citações de autoridades médicas. [1]
Ellen White não disse que todas as conseqüências potencialmente sérias da masturbação, nem mesmo que a maior parte delas, aconteceriam a cada indivíduo que tivesse este hábito. Nem disse que o maior grau possível de uma grave conseqüência aconteceria à maioria daqueles que o praticavam.
Pesquisas modernas indicam que as veementes declarações de Ellen White podem ser confirmadas quando o que ela disse é devidamente compreendido. O ponto de vista geral hoje em dia, contudo, é que a masturbação é normal e saudável.
Dois médicos especialistas sugeriram uma ligação entre a masturbação e anormalidades físicas devido à deficiência de zinco. O Dr. David Horrobin, M.D. e Ph.D. pela Universidade de Oxford, declarou:
"A quantidade de zinco no sêmen é tanta que é possível uma ejaculação eliminar todo o zinco que pode ser absorvido pelos intestinos em um dia. Isto tem diversas conseqüências. A menos que a quantidade perdida seja substituída com uma dieta reforçada, as repetidas ejaculações podem levar a uma deficiência real de zinco e vários problemas podem ocorrer, incluisive a impotência".
"É até possível, dada a importância do zinco para o cérebro, que os moralistas do século dezenove estivessem corretos quando diziam que a masturbação repetidal poderia deixar alguém louco!" [2]
Uma pesquisa mais recente confirmou o papel fundamental do zinco como principal protetor do sistema imunológico, com inúmeras doenças físicas atribuídas à sua deficiência.
Dois profissionais na área de psicologia clínica e terapia familiar compararam as declarações de Ellen White sobre masturbação com o conhecimento médico atual. [3] O Dr. Richard Nies defendeu o conselho geral de Ellen White sobre masturbação, realçando quatro pontos principais:
01. A masturbação leva a "deterioração mental, moral e física. ... Não é a estimulação em si que é errada. É o que acontece com ... [as pessoas] quando elas se concentram em si mesmas e se tornam egocêntricas."
02. A masturbação "avaria as mais finas sensibilidades de nosso sistema nervoso. ... Não é difícil ver, em termos da mediação elétrica de nosso sistema nervoso, como a doença se torna um resultado natural para indivíduos que colocaram a satisfação própria no centro de seu ser. ... A doença é o resultado natural disto."
03. A masturbação é uma predisposição que pode ser "herdada, passada e transmitida de uma geração a outra, podendo levar mesmo à degeneração da raça".
04. Ao tratar com outros, especialmente com crianças, o conselho de Ellen White vai na direção de lidar com as conseqüências, de mostrar-lhes que devemos estar preparados para o amor e para a eternidade, e não para a gratificação própria com suas terríveis conseqüências. O Dr. Nies concluiu seu ensaio afirmando que "satisfação própria é sinônimo de destruição."
Alberta Mazat observou que a preocupação de Ellen White a respeito de masturbação se concentrava mais nas conseqüências mentais do que no "ato puramente físico. Ela estava mais preocupada com processos de pensamento, atitudes, fantasias etc." Mazat citou as referências de Ellen White para o fato de que "os efeitos não são os mesmos em todas as mentes", que "pensamentos impuros tomam e controlam a imaginação", e que a mente "adquire prazer em contemplar cenas que despertam paixões baixas".
Mazat observou também que alguns talvez fiquem embaraçados com as declarações chocantes de Ellen White a respeito de masturbação. Contudo, muitas outras declarações da Sra. White também pareciam "irrealistas e exageradas antes de a ciência confirmá-las, como por exemplo o câncer ser causado por vírus, os perigos do fumo, do comer em excesso, do consumo exagerado de gordura, açúcar e sal, para citar somente algumas. ... Parece que vale a pena lembrarmos que o conhecimento médico em qualquer assunto não é perfeito." [4]
Visto sob outra perspectiva, Deus sempre confirma o ideal para o Seu povo através de Seus mensageiros. Não importa como alguém reaja ao conselho específico de Ellen White, claramente a masturbação não era o que Deus tinha em mente quando Ele criou o homem e a mulher, uniu-os em casamento, e então instruiu-os para serem frutíferos e multiplicarem-se. O ideal de Deus no que diz respeito à sexualidade é o relacionamento de amor dentro do casamento entre marido e mulher. Qualquer outra coisa, incluindo a masturbação, fica aquém do ideal de Deus.
Notas:
[1] An Appeal to Mothers foi reimpresso em 1870 como parte de uma obra maior, A Solemn Appeal Relative to Solitary Vice and Abuses and Excesses of the Marriage Relation. Uma reimpressão fac-similar aparece no Appendix de A Critique of Prophetess of Health (do Ellen G. White Estate).
[2] David F. Horrobin, M.D., Ph.D., Zinc (St. Albans, Vt.: Vitabooks, Inc., 1981), p. 8. Ver também Carl C. Pfeiffer, Ph. D., M.D., Zinc and Other Micro-Nutrients (New Canaan, Conn.: Keats Publishing, Inc., 1978), p. 45.
[3] Richard Nies, Ph.D. em psicologia experimental pela UCLA em 1964 (o equivalente a Ph.D. equivalente em psicologia clínica, incluindo exame oral, mas morreu durante a preparação da dissertação), Palestra "Dai Glória a Deus," Glendale, Calif., n.d.; Alberta Mazat, M.S.W. (professora de Terapia Conjugal e Familiar na Loma Linda University, Loma Linda, Calif.), Monografia, "Masturbação" (43 pp.), Biblical Research Institute.
[4] Mazat, Monografia, "Masturbação".
Adaptado de Herbert E. Douglass, Mensageira do Senhor: o ministério profético de Ellen White (Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 2001), pp. 493, 494, com comentários adicionais].
[1] An Appeal to Mothers foi reimpresso em 1870 como parte de uma obra maior, A Solemn Appeal Relative to Solitary Vice and Abuses and Excesses of the Marriage Relation. Uma reimpressão fac-similar aparece no Appendix de A Critique of Prophetess of Health (do Ellen G. White Estate).
[2] David F. Horrobin, M.D., Ph.D., Zinc (St. Albans, Vt.: Vitabooks, Inc., 1981), p. 8. Ver também Carl C. Pfeiffer, Ph. D., M.D., Zinc and Other Micro-Nutrients (New Canaan, Conn.: Keats Publishing, Inc., 1978), p. 45.
[3] Richard Nies, Ph.D. em psicologia experimental pela UCLA em 1964 (o equivalente a Ph.D. equivalente em psicologia clínica, incluindo exame oral, mas morreu durante a preparação da dissertação), Palestra "Dai Glória a Deus," Glendale, Calif., n.d.; Alberta Mazat, M.S.W. (professora de Terapia Conjugal e Familiar na Loma Linda University, Loma Linda, Calif.), Monografia, "Masturbação" (43 pp.), Biblical Research Institute.
[4] Mazat, Monografia, "Masturbação".
Adaptado de Herbert E. Douglass, Mensageira do Senhor: o ministério profético de Ellen White (Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 2001), pp. 493, 494, com comentários adicionais].
COMO SE EXPLICA ESTA MUDANÇA NOS CONCEITOS DE ELLEN WHITE ENTRE 1858 E 1863 SOBRE A CARNE DE PORCO?
O que dizer sobre sua aparente reversão na questão do comer carne de porco? Em 1858 ela escreveu para os Haskells (Irmão e Irmã A) sobre uma série de itens, repreendendo-os por insistirem que deveria ser feito um "teste" quanto a comer carne de porco: "Vi que suas idéias sobre a carne de porco não seriam prejudiciais se vocês as retivessem para si mesmos, mas, em seu julgamento e opinião, os irmãos têm feito dessa questão uma prova. ... Se Deus achar por bem que Seu povo se abstenha da carne de porco, Ele os convencerá a respeito. ... Se for dever da igreja abster-se da carne de porco, Deus o revelará a mais do que duas ou três pessoas. Ele ensinará a Sua igreja o dever dela" - (Testemunhos Para a Igreja , vol. 1, pp. 206, 207).
Em primeiro lugar, ela não havia recebido qualquer luz de Deus sobre a carne de porco antes de 1863. Sua visão em 1858 não a informou se era certo ou errado comer carne de porco. O que ela fez foi reprovar este irmão por criar divisão entre os adventistas ao fazer da questão uma prova naquela época. Em segundo lugar, ela deixou aberta a possibilidade de que se o consumo de carne de porco devesse ser descartada pelo povo de Deus, Ele iria, a Seu próprio tempo, "ensinar a Sua igreja o dever dela". Quando a visão realmente veio, quase cinco anos mais tarde, a igreja toda compreendeu claramente a questão e nunca mais houve divisão a respeito desta questão.
Na visão sobre a reforma de saúde de 6 de junho de 1863, foi revelada uma extensa lista de princípios de saúde. No ano seguinte ela publicou um capítulo de cinqüenta páginas intitulado "Saúde" no Spiritual Gifts , vol. 4. Em referência à carne suína, ela disse: "Deus nunca designou o porco para ser comido sob nenhuma circunstância" (p. 124), e em seus livros posteriores ela continuou a enfatizar as conseqüências prejudiciais do comer a carne de porco.
Em primeiro lugar, ela não havia recebido qualquer luz de Deus sobre a carne de porco antes de 1863. Sua visão em 1858 não a informou se era certo ou errado comer carne de porco. O que ela fez foi reprovar este irmão por criar divisão entre os adventistas ao fazer da questão uma prova naquela época. Em segundo lugar, ela deixou aberta a possibilidade de que se o consumo de carne de porco devesse ser descartada pelo povo de Deus, Ele iria, a Seu próprio tempo, "ensinar a Sua igreja o dever dela". Quando a visão realmente veio, quase cinco anos mais tarde, a igreja toda compreendeu claramente a questão e nunca mais houve divisão a respeito desta questão.
Na visão sobre a reforma de saúde de 6 de junho de 1863, foi revelada uma extensa lista de princípios de saúde. No ano seguinte ela publicou um capítulo de cinqüenta páginas intitulado "Saúde" no Spiritual Gifts , vol. 4. Em referência à carne suína, ela disse: "Deus nunca designou o porco para ser comido sob nenhuma circunstância" (p. 124), e em seus livros posteriores ela continuou a enfatizar as conseqüências prejudiciais do comer a carne de porco.
AMALGAMAÇÃO DE HOMENS E ANIMAIS
Críticos têm acusado Ellen White de haver escrito em 1864 (e publicado novamente em 1870) que seres humanos no passado coabitaram com animais e que sua descendência produziu determinadas raças que existem hoje em dia. A declaração reza "Mas se havia um pecado acima de outros que exigia a destruição da raça pelo dilúvio, era o nefando crime de amalgamação de homens e animal, que desfigurava a imagem de Deus, e causava confusão por toda parte. Era propósito de Deus destruir por um dilúvio aquela poderosa de longeva raça que havia corrompido seus caminhos diante do Senhor." [1]
Nenhum dicionário jamais usou a palavra "amalgamação" para descrever a coabitação de homem com animal. A acepção primária da palavra descreve a fusão de metais ou a mistura de elementos diferentes, como a usada para obturar os dentes. O emprego da palavra no século dezenove incluía a miscigenação de diversas raças.
Aceita como verdadeira, a declaração da escritora pode parecer ambígua: o que ela quer dizer com "amalgamação de homem com animal"? ou "amalgamação de homem e de animal"? Omite-se muitas vezes a repetição da preposição em construção semelhante. [2]
Em outras ocasiões, a Sra. White empregou a palavra "amalgamação". Utilizou-a metaforicamente para comparar crentes fiéis com mundanos . [3] E usou-a para descrever a origem das plantas venenosas e outras irregularidades no mundo biológico: "Cristo nunca plantou as sementes da morte no organismo. Satanás plantou essas sementes quando tentou Adão a comer da árvore do conhecimento, que implicava em desobediência a Deus. Nenhuma planta nociva foi colocada no jardim do Senhor, mas depois que Adão e Eva pecaram, nasceram ervas venenosas. ... Todo joio é semeado pelo maligno. Toda erva nociva é de sua semeadura, e por seus métodos engenhosos de amálgama ele corrompeu a Terra com joio." [4]
Reconhecendo que Satanás tem sido um agente ativo na corrupção do plano de Deus para o homem, para os animais, para as plantas, etc., podemos entender melhor o que Ellen White quis dizer quando descreveu os resultados da amalgamação. Aquilo que "desfigurou a imagem de Deus" no homem e que "confundiu as espécies [animais]" tem sido obra de Satanás em cooperação com os seres humanos. Essa "amalgamação de homem e [de] animal, conforme se pode ver nas quase infinitas variedades de espécies animais e em certas raças humanas", torna-se incompreensível.
A Sra. White nunca sugeriu a existência de seres subumanos ou qualquer tipo de relação híbrida animal/homem. Ela falou sobre "espécies animais" e "raças humanas", mas não sobre algum tipo de amálgama de animais com seres humanos. [5]
Reconhecemos, porém que estudantes sérios dos escritos de Ellen White divergem sobre o que ela queria dizer por "amalgamação." [6] "A responsabilidade da prova repousa sobre aqueles que afirmam que a Sra. White deu ao termo um novo e estranho significado." [7]
Notas:
[1]Spiritual Gifts, vol. 3, p. 64. "Cada espécie de animal que Deus criou foi preservada na arca. As confusas espécies que Deus não criou, mas que foram resultado de amalgamação, foram destruídas pelo dilúvio. Desde o dilúvio tem havido amalgamação de homem e animal, conforme se pode ver nas quase infinitas variedades de espécies de animais e em certas raças humanas" - p. 75.
[2] "Podemos falar da dispersão de homem e animal sobre a Terra, mas não queremos dizer com isso que no passado homem e animal estavam fundidos numa só massa num só ponto geográfico. Queremos dizer apenas a dispersão do homem sobre a Terra e a dispersão dos animais sobre a Terra, embora a localização original dos dois grupos possa ter sido em lados opostos da Terra. Em outras palavras, a dispersão de homem e de animal." Francis D. Nichol, Ellen G. White and Her Critics, p. 308.
[3] "Os que professam ser seguidores de Cristo devem ser instrumentos vivos, que cooperem com as inteligências celestiais; mas pela união com o mundo, o caráter do povo de Deus ficou embaciado; pela amalgamação com o que é corrupto, o puro ouro perde o seu brilho" Review and Herald, Aug. 23,1892; veja também The Spirit of Prophecy, vol. 2, p. 144; e Meditação Matinal (1983) Olhando para o Alto , p. 318.
[4] Mensagens Escolhidas, vol 2, p. 288.
[5] Não temos evidência de que Ellen White tenha lido o livro de Alexander Kimmount, Twelve Lectures on the Natural History of Man, publicado em 1839, pp. 152 e 153, que nos dá outro exemplo de como a palavra "amalgamação" era usada no tempo dela. "Outro tipo de mal resultante de misturar ciência com religião, para prejuízo de ambas, pode ser visto no argumento em favor da amalgamação das raças africanas e européias, na base de serem uma só família, pela descendência de Adão e Eva. ... Cabe à ciência, bem como aos instintos e sentimentos comuns da humanidade, dizer se não há uma raça de homens de temperamento tão diferente para se proibir como nefando e antinatural, a amalgamação delas".
[6] Para um exame contemporâneo das duas interpretações, ver Gordon Shigley, "Amalgamation of Man and Beast: What Did Ellen White Mean?", Spectrum, junho de 1982, pp. 10-19.
[7] Nichol, Ellen G. White and Her Critics, p. 308.
[Adaptado do livro: Mensageira do Senhor: O ministério profético de Ellen G. White, de Herbert E. Douglass (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2001), p. 498].
"A PORTA FECHADA"
Nenhum dicionário jamais usou a palavra "amalgamação" para descrever a coabitação de homem com animal. A acepção primária da palavra descreve a fusão de metais ou a mistura de elementos diferentes, como a usada para obturar os dentes. O emprego da palavra no século dezenove incluía a miscigenação de diversas raças.
Aceita como verdadeira, a declaração da escritora pode parecer ambígua: o que ela quer dizer com "amalgamação de homem com animal"? ou "amalgamação de homem e de animal"? Omite-se muitas vezes a repetição da preposição em construção semelhante. [2]
Em outras ocasiões, a Sra. White empregou a palavra "amalgamação". Utilizou-a metaforicamente para comparar crentes fiéis com mundanos . [3] E usou-a para descrever a origem das plantas venenosas e outras irregularidades no mundo biológico: "Cristo nunca plantou as sementes da morte no organismo. Satanás plantou essas sementes quando tentou Adão a comer da árvore do conhecimento, que implicava em desobediência a Deus. Nenhuma planta nociva foi colocada no jardim do Senhor, mas depois que Adão e Eva pecaram, nasceram ervas venenosas. ... Todo joio é semeado pelo maligno. Toda erva nociva é de sua semeadura, e por seus métodos engenhosos de amálgama ele corrompeu a Terra com joio." [4]
Reconhecendo que Satanás tem sido um agente ativo na corrupção do plano de Deus para o homem, para os animais, para as plantas, etc., podemos entender melhor o que Ellen White quis dizer quando descreveu os resultados da amalgamação. Aquilo que "desfigurou a imagem de Deus" no homem e que "confundiu as espécies [animais]" tem sido obra de Satanás em cooperação com os seres humanos. Essa "amalgamação de homem e [de] animal, conforme se pode ver nas quase infinitas variedades de espécies animais e em certas raças humanas", torna-se incompreensível.
A Sra. White nunca sugeriu a existência de seres subumanos ou qualquer tipo de relação híbrida animal/homem. Ela falou sobre "espécies animais" e "raças humanas", mas não sobre algum tipo de amálgama de animais com seres humanos. [5]
Reconhecemos, porém que estudantes sérios dos escritos de Ellen White divergem sobre o que ela queria dizer por "amalgamação." [6] "A responsabilidade da prova repousa sobre aqueles que afirmam que a Sra. White deu ao termo um novo e estranho significado." [7]
Notas:
[1]Spiritual Gifts, vol. 3, p. 64. "Cada espécie de animal que Deus criou foi preservada na arca. As confusas espécies que Deus não criou, mas que foram resultado de amalgamação, foram destruídas pelo dilúvio. Desde o dilúvio tem havido amalgamação de homem e animal, conforme se pode ver nas quase infinitas variedades de espécies de animais e em certas raças humanas" - p. 75.
[2] "Podemos falar da dispersão de homem e animal sobre a Terra, mas não queremos dizer com isso que no passado homem e animal estavam fundidos numa só massa num só ponto geográfico. Queremos dizer apenas a dispersão do homem sobre a Terra e a dispersão dos animais sobre a Terra, embora a localização original dos dois grupos possa ter sido em lados opostos da Terra. Em outras palavras, a dispersão de homem e de animal." Francis D. Nichol, Ellen G. White and Her Critics, p. 308.
[3] "Os que professam ser seguidores de Cristo devem ser instrumentos vivos, que cooperem com as inteligências celestiais; mas pela união com o mundo, o caráter do povo de Deus ficou embaciado; pela amalgamação com o que é corrupto, o puro ouro perde o seu brilho" Review and Herald, Aug. 23,1892; veja também The Spirit of Prophecy, vol. 2, p. 144; e Meditação Matinal (1983) Olhando para o Alto , p. 318.
[4] Mensagens Escolhidas, vol 2, p. 288.
[5] Não temos evidência de que Ellen White tenha lido o livro de Alexander Kimmount, Twelve Lectures on the Natural History of Man, publicado em 1839, pp. 152 e 153, que nos dá outro exemplo de como a palavra "amalgamação" era usada no tempo dela. "Outro tipo de mal resultante de misturar ciência com religião, para prejuízo de ambas, pode ser visto no argumento em favor da amalgamação das raças africanas e européias, na base de serem uma só família, pela descendência de Adão e Eva. ... Cabe à ciência, bem como aos instintos e sentimentos comuns da humanidade, dizer se não há uma raça de homens de temperamento tão diferente para se proibir como nefando e antinatural, a amalgamação delas".
[6] Para um exame contemporâneo das duas interpretações, ver Gordon Shigley, "Amalgamation of Man and Beast: What Did Ellen White Mean?", Spectrum, junho de 1982, pp. 10-19.
[7] Nichol, Ellen G. White and Her Critics, p. 308.
[Adaptado do livro: Mensageira do Senhor: O ministério profético de Ellen G. White, de Herbert E. Douglass (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2001), p. 498].
"A PORTA FECHADA"
O que é a "porta fechada" e o que Ellen White acreditava sobre esse assunto?
William Miller comparou sua mensagem da breve volta de Jesus ao "clamor da meia-noite" da parábola das virgens prudentes e néscias (Mat. 25:1-13). Ele interpretou as dez "virgens" como aqueles que são chamados a encontrar o Senhor que está voltando, o "casamento" como o reino eterno, e o fechamento da "porta" (verso 10) como o "encerramento do reino mediador, e o término do período do evangelho" - em outras palavras, o fechamento da "porta da salvação" ou o encerramento do período de graça para os seres humanos. De acordo com Mateus 25:10, "Chegou o noivo, e as que estavam apercebidas entraram com ele para as bodas; e fechou-se a porta" (Mat. 25:10).
Por esperarem que Cristo retornasse ao final dos 2.300 dias proféticos de Daniel 8:14, os adventistas mileritas haviam enfatizado que o tempo de graça terminaria no fim daquele período. Em conseqüência disso, por um curto período após a decepção de outubro de 1844, Miller e muitos dos seus seguidores, incluindo a jovem Ellen Harmon (mais tarde White), acharam que sua obra de advertir os pecadores havia terminado para o mundo. Enquanto a maioria dos mileritas logo desistiu de sua crença de que a profecia havia se cumprido em 1844, um pequeno grupo continuou a afirmar que o tempo estava correto, mas que eles haviam se enganado quanto ao evento esperado. Estavam convencidos de que o movimento era de Deus, que a profecia dos 2.300 dias havia se cumprido, e que a "porta" mencionada na parábola fora portanto fechada - o que quer que isso pudesse significar. Assim, acreditar na "porta fechada" tornou-se equivalente a acreditar na validade do movimento de 1844 como um cumprimento da profecia bíblica.
O que é importante reconhecer é que o termo "porta fechada" passou por uma mudança de significado entre aqueles que viram que a profecia dos 2.300 dias proféticos se referia a uma mudança no ministério de Cristo no santuário celeste. A "porta fechada" era vista como sendo aplicada ao encerramento da primeira fase e à abertura da segunda e final fase da intercessão de Cristo no céu. É errado ler em todas as declarações de Ellen White sobre a "porta fechada" a definição milerita inicial.
Ellen White afirma, e a evidência confirma, que, conquanto ela e outros crentes acreditaram por um tempo que não se converteriam mais pecadores depois de 1844, ela nunca foi instruída em visão de que a porta da salvação tivesse sido fechada para o mundo.
Aqui está a explicação de Ellen White sobre o que ela acreditava acerca da "porta fechada":
"Por algum tempo depois da decepção de 1844, mantive, juntamente com o corpo do advento, que a porta da graça estava para sempre fechada para o mundo. Este ponto de vista foi adotado antes de minha primeira visão. Foi a luz a mim concedida por Deus que corrigiu nosso erro, e habilitou-nos a ver a verdadeira atitude.
Creio ainda na teoria da porta fechada, mas não no sentido em que empregávamos a princípio o termo ou em que ele é empregado por meus oponentes.
Houve uma porta fechada nos dias de Noé. Houve naquele tempo uma retirada do Espírito de Deus da raça pecadora que pereceu nas águas do dilúvio. O próprio Deus deu a Noé a mensagem da porta fechada: Não contenderá o Meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos" (Gên. 6:3).
Houve uma porta fechada nos dias de Abraão. A misericórdia cessou de pleitear com os habitantes de Sodoma, e todos, com exceção de Ló, com sua esposa e duas filhas, foram consumidos pelo fogo enviado do Céu.
Houve uma porta fechada nos dias de Cristo. O Filho de Deus declarou aos incrédulos judeus daquela geração: "Eis que a vossa casa vai ficar-vos deserta" (Mat.23:38).
Olhando através da corrente do tempo aos últimos dias, o mesmo poder infinito proclamou por meio de João: "Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; o que fecha e ninguém abre" (Apoc. 3:7).
Foi-me mostrado em visão, e ainda o creio, que houve uma porta fechada em 1844. Todos quantos viram a luz das mensagens do primeiro e do segundo anjos e rejeitaram aquela luz, foram deixados em trevas. E os que aceitaram e receberam o Espírito Santo que assistiu à proclamação da mensagem do Céu, e que posteriormente renunciaram a sua fé e declararam engano sua experiência, rejeitaram assim o Espírito de Deus, e Ele não mais pleiteou com eles.
Os que não viram a luz, não tinham a culpa de sua rejeição. Era somente a classe que desprezara a luz do Céu que o Espírito de Deus não podia alcançar. E esta classe incluía, como declarei, tanto os que recusaram aceitar a mensagem quando ela lhes foi apresentada, como os que, havendo-a recebido, renunciaram posteriormente a sua fé. Esses podiam ter uma aparência de piedade, e professar ser seguidores de Cristo; não tendo, porém, viva ligação com Deus, seriam levados cativos pelos enganos de Satanás. Estas duas classes são apresentadas na visão - aqueles que declararam ser um engano a luz que haviam seguido, e os ímpios do mundo que, havendo rejeitado a luz, haviam sido rejeitados por Deus. Não é feita nenhuma referência aos que não haviam visto a luz, não sendo portanto culpados de sua rejeição" (Mensagens Escolhidas, vol. 1, pp. 63-64).
Site de Pesquisa nos Livros de Ellen White: http://www.ellenwhite.com.br/
William Miller comparou sua mensagem da breve volta de Jesus ao "clamor da meia-noite" da parábola das virgens prudentes e néscias (Mat. 25:1-13). Ele interpretou as dez "virgens" como aqueles que são chamados a encontrar o Senhor que está voltando, o "casamento" como o reino eterno, e o fechamento da "porta" (verso 10) como o "encerramento do reino mediador, e o término do período do evangelho" - em outras palavras, o fechamento da "porta da salvação" ou o encerramento do período de graça para os seres humanos. De acordo com Mateus 25:10, "Chegou o noivo, e as que estavam apercebidas entraram com ele para as bodas; e fechou-se a porta" (Mat. 25:10).
Por esperarem que Cristo retornasse ao final dos 2.300 dias proféticos de Daniel 8:14, os adventistas mileritas haviam enfatizado que o tempo de graça terminaria no fim daquele período. Em conseqüência disso, por um curto período após a decepção de outubro de 1844, Miller e muitos dos seus seguidores, incluindo a jovem Ellen Harmon (mais tarde White), acharam que sua obra de advertir os pecadores havia terminado para o mundo. Enquanto a maioria dos mileritas logo desistiu de sua crença de que a profecia havia se cumprido em 1844, um pequeno grupo continuou a afirmar que o tempo estava correto, mas que eles haviam se enganado quanto ao evento esperado. Estavam convencidos de que o movimento era de Deus, que a profecia dos 2.300 dias havia se cumprido, e que a "porta" mencionada na parábola fora portanto fechada - o que quer que isso pudesse significar. Assim, acreditar na "porta fechada" tornou-se equivalente a acreditar na validade do movimento de 1844 como um cumprimento da profecia bíblica.
O que é importante reconhecer é que o termo "porta fechada" passou por uma mudança de significado entre aqueles que viram que a profecia dos 2.300 dias proféticos se referia a uma mudança no ministério de Cristo no santuário celeste. A "porta fechada" era vista como sendo aplicada ao encerramento da primeira fase e à abertura da segunda e final fase da intercessão de Cristo no céu. É errado ler em todas as declarações de Ellen White sobre a "porta fechada" a definição milerita inicial.
Ellen White afirma, e a evidência confirma, que, conquanto ela e outros crentes acreditaram por um tempo que não se converteriam mais pecadores depois de 1844, ela nunca foi instruída em visão de que a porta da salvação tivesse sido fechada para o mundo.
Aqui está a explicação de Ellen White sobre o que ela acreditava acerca da "porta fechada":
"Por algum tempo depois da decepção de 1844, mantive, juntamente com o corpo do advento, que a porta da graça estava para sempre fechada para o mundo. Este ponto de vista foi adotado antes de minha primeira visão. Foi a luz a mim concedida por Deus que corrigiu nosso erro, e habilitou-nos a ver a verdadeira atitude.
Creio ainda na teoria da porta fechada, mas não no sentido em que empregávamos a princípio o termo ou em que ele é empregado por meus oponentes.
Houve uma porta fechada nos dias de Noé. Houve naquele tempo uma retirada do Espírito de Deus da raça pecadora que pereceu nas águas do dilúvio. O próprio Deus deu a Noé a mensagem da porta fechada: Não contenderá o Meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos" (Gên. 6:3).
Houve uma porta fechada nos dias de Abraão. A misericórdia cessou de pleitear com os habitantes de Sodoma, e todos, com exceção de Ló, com sua esposa e duas filhas, foram consumidos pelo fogo enviado do Céu.
Houve uma porta fechada nos dias de Cristo. O Filho de Deus declarou aos incrédulos judeus daquela geração: "Eis que a vossa casa vai ficar-vos deserta" (Mat.23:38).
Olhando através da corrente do tempo aos últimos dias, o mesmo poder infinito proclamou por meio de João: "Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; o que fecha e ninguém abre" (Apoc. 3:7).
Foi-me mostrado em visão, e ainda o creio, que houve uma porta fechada em 1844. Todos quantos viram a luz das mensagens do primeiro e do segundo anjos e rejeitaram aquela luz, foram deixados em trevas. E os que aceitaram e receberam o Espírito Santo que assistiu à proclamação da mensagem do Céu, e que posteriormente renunciaram a sua fé e declararam engano sua experiência, rejeitaram assim o Espírito de Deus, e Ele não mais pleiteou com eles.
Os que não viram a luz, não tinham a culpa de sua rejeição. Era somente a classe que desprezara a luz do Céu que o Espírito de Deus não podia alcançar. E esta classe incluía, como declarei, tanto os que recusaram aceitar a mensagem quando ela lhes foi apresentada, como os que, havendo-a recebido, renunciaram posteriormente a sua fé. Esses podiam ter uma aparência de piedade, e professar ser seguidores de Cristo; não tendo, porém, viva ligação com Deus, seriam levados cativos pelos enganos de Satanás. Estas duas classes são apresentadas na visão - aqueles que declararam ser um engano a luz que haviam seguido, e os ímpios do mundo que, havendo rejeitado a luz, haviam sido rejeitados por Deus. Não é feita nenhuma referência aos que não haviam visto a luz, não sendo portanto culpados de sua rejeição" (Mensagens Escolhidas, vol. 1, pp. 63-64).
Site de Pesquisa nos Livros de Ellen White: http://www.ellenwhite.com.br/
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